Gangrena Diário Ed 11 Eu prometi que não escreveria sobre música, mas não dá.......
Bom eu prometi a mim mesmo na semana passada, que não iria mais escrever essa semana sobre música, que iria apenas fazer alguns apontamentos sobre tormentos, coisas que se passam nesse claustrofóbico homúnculo de Penfield que tenho sobre as vérteberas cervicais, mas não deu. Uma banda me fez desistir de tudo isso.
Vamos à uma pequenina explicação, existem músicas e bandas que te fazem sair do lugar comum, mesmo você sabendo que estamos ouvindo o mesmo gênero musical. Quando vi o videoclip de Smells like teen spirit, sabia que o Nirvana tocava o bom e velho rock, mais depois daquilo também sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. Lembro que quando ouvi os Beatles a primeira vez, quando era criança e um vizinho, Dagoberto, me mostrou um disco do pai dele que se chamava Revolver, meus caros e ouvintes leitores, nada ficou no lugar mais. Então é por isso que de tempos em tempos existem bandas como Incubus e Pearl Jam que te fazem sair do centro de gravidade.
Escrevo assim porque essa banda que quebrou minha convicção, fez isso, foi uma experiência muito boa escutar esses caras, deu pra ficar cada vez mais claro os porquês e demais razões pelas quais a música é maneira mais curativa de arte, aquela que quando você está de mal humor é só ouvir um bom som, você é capaz de escalar um prédio de tamanha alegria que esse som te faz sentir. Pois bem a banda se chama Everybody Else, e todos os outros vão ouvir e pode ter certeza, esses caras são muito bons.
Bom, Carrick Moore ( guitarra e vocal ), Mike McCormaky ( bateria e teclados ) e Natham Beale ( baixo ), cresceram nos círculos de rock independente, e cada um deles tinham projetos em outros lugares, o vocalista tocava numa banda ( Push Kings of Hatford ), onde tocou com um tal de Steve Malkmus, e para você que já se pergunta quem é esse cara com nome estranho eu
já te respondo. Para quem não sabe o Steve Malkmus foi líder de uma das primeiras ditas bandas independentes e mais bacanas que já existiu, o Pavement, se você conseguir algum som deles por aí na galáxia não hesite em ouvir, é muito bom. O cara também já veio tocar no Brasil em 2004 se estou bem de memória.
Pois bem o baixista do Everybody Else também tocava em outra banda o Mood for Moderns de Detroit ( a rock city do Kiss ), e o batera Mike tocava numa banda mais underground ainda que se chamava Waking Hours. Pois bem esses caras fizeram alguns shows juntos com essas bandas todas e ainda por coincidência Natham e Carrick se mudaram para a Califórnia ao mesmo tempo. Com o fim das bandas antigas os caras se juntaram e começaram um som juntos. Ainda bem, para os nossos ouvidos.
Os caras gostam de r&b das antigas, pop antigão e soul, mas não perderam tempo em ficar apenas com referências antigas e datadas, adicionaram aquela coisa de nerd no rock, mistura de ritmos antigos com rock de primeira. Para começar, depois da primeira audição das músicas desses caras você fica com elas grudadas na cabeça e não vai sair mais. Elas ficam lá, causando a maior confusão no cérebro. Os riffs de guitarra , além de serem muito simples até, te pegam de jeito e não tem como seu pé não bater no ritmo da bateria, que é puxada pro pop chiclete mas é contaginante. Baixo marcador e bem tocado. Com um tecladinho aqui e acolá, muitas das músicas parecem até que vão ser um eletrônico, e coisa e tal. Mas não você já tem aquela guitarra que te sequestra e fim de jogo, você já está cantando junto. Músicas como Born to do e Meat market, são simplesmente de uma veia balançante matadora, mas sem perder o rock como linha de frente. Sabe aquelas bandas de rock que fazem as meninas dançarem a noite toda, pois bem o Everybody Else é dessas. E convenhamos que nada melhor que festinha aonde as meninas dançam rock, sonho de uma noite de verão é fichinha.
Bom e agora, para você tecnológico e xiita leitor que acha que eu só escrevo sobre rock, mas uma vez vou ser obrigado a fazer todos vocês como dizia minha vó, cairem do cavalo. Hoje vamos deixar claro que sim existe música inteligente na música eletrônica.
Como admirador do rock, sempre tive um pouco de nariz torcido com a músico eletrônica, confesso sim, já fui um xiita que quando entrava numa danceteria ficava injuriado, tirava sarro das letras e das versões ridículas de Rock and Roll all Nite do Kiss que esses caras faziam. Hoje em dia eu continuo fazendo a mesma coisa, mas sabendo que há sim vida inteligente nos computadores. E olha que eu não estou nem falando dos queridinhos dos Chemical Brothers ou do Fatboy Slim. Bandas como Out Hud, Audio Bullys, Groove Armada, são muito boas, aliás poucas coisas que eu escuto de eletrônico.
Pois bem, para se juntar à esse seleto grupo de boas batidas está essa banda, o Lismore. Penelope Trappes nos vocais e sintetizadores. Faço uma pausa rápida pra dizer que nunca uma voz feminina se encaixou tão bem num gênero de música como a dela no eletrônico. Pronto, pausa feita. Stephen Hindman nas guitarras, violões e programações, Ingrid Dahl no baixo e Damon Gray na batera. Essa é a formação desses caras que se formaram em 2003 na cidade de Jersey. Penelope e Sthepen que já era respeitado na cena drum and bass como DJ Kingsize, se juntaram e passaram esse ano experimentando e tentando novas direções na música eletrônica. Fizeram o albúm We could connect or we could not, e posso te afirmar, eles conseguiram.
batidas que são precisas e todos os sintetizadores trabalhando a favor, as colagens e samplers dos caras não são gratuitos e estão em perfeita sincronia. A voz de Penelope se encaixa como uma luva e sua voz é muito bonita mesmo. Nada de gritos ou tchibuns tchibuns, tudo é bem recortado e colado, perfeição em control C e control V. E eles se dão bem tanto nas máquinas, quanto nos instrumentos, as músicas aonde a bateria e o baixo são acompanhados pelas guitarrinhas são demais também, como por exemplo This time que gruda no teu ouvido em milésimos de segundos. Encontro perfeito entre baixo, bateria, guitarra e computador. se todo mundo que fizesse música eletrônica fosse assim, eu tiraria menos sarro nas danceterias.
Notas pro fim:
Bom parece redundância, mas olha nós de novo marcando, aquela banda Mandrake está de videoclip na MTV, e antes você leu aqui .
Outra banda que está dando o que falar são as meninas do The Organ, eleita a próxima grande banda de 2006 por caras como os Kaiser Chiefs e você também viu aqui.
Em compensação The Pipettes e Voxtrot ninguém sabe quem são, ou seja, continuamos acertando e errando na mesma proporção, o que é bom.
Você conseguiu comprar ingresso do U2? Nem ninguém, agora as linhas telefônicas parecem não estarem funcionando direito ( pra quem ainda não sabe, agora os ingressos são vendidos apenas por telefone ), por isso continuamos a campanha FODA-SE O BONO E BOICOTEM O PÃO DE AÇÚCAR.
Shows bons para esse começo de ano : The Misfits e Carlos Santana.
Discos bons para esse começo de ano: First Impressions on Earth dos Strokes.
Funeral do Aracade of Fire
The Magic Numbers, dos próprios ( se você tiver a sorte de ter comprar ou baixar esse disco, você vai se apaixonar pela banda)
Futura da Nação Zumbi, simplesmente fodasso.
Escrito ouvindo Everybody Else : Meat market
Born to do
Rich Girls Poor girls
In memoriam
Lismore : This time
Tremolo
Come undone
Bom eu prometi a mim mesmo na semana passada, que não iria mais escrever essa semana sobre música, que iria apenas fazer alguns apontamentos sobre tormentos, coisas que se passam nesse claustrofóbico homúnculo de Penfield que tenho sobre as vérteberas cervicais, mas não deu. Uma banda me fez desistir de tudo isso.
Vamos à uma pequenina explicação, existem músicas e bandas que te fazem sair do lugar comum, mesmo você sabendo que estamos ouvindo o mesmo gênero musical. Quando vi o videoclip de Smells like teen spirit, sabia que o Nirvana tocava o bom e velho rock, mais depois daquilo também sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. Lembro que quando ouvi os Beatles a primeira vez, quando era criança e um vizinho, Dagoberto, me mostrou um disco do pai dele que se chamava Revolver, meus caros e ouvintes leitores, nada ficou no lugar mais. Então é por isso que de tempos em tempos existem bandas como Incubus e Pearl Jam que te fazem sair do centro de gravidade.
Escrevo assim porque essa banda que quebrou minha convicção, fez isso, foi uma experiência muito boa escutar esses caras, deu pra ficar cada vez mais claro os porquês e demais razões pelas quais a música é maneira mais curativa de arte, aquela que quando você está de mal humor é só ouvir um bom som, você é capaz de escalar um prédio de tamanha alegria que esse som te faz sentir. Pois bem a banda se chama Everybody Else, e todos os outros vão ouvir e pode ter certeza, esses caras são muito bons.
Bom, Carrick Moore ( guitarra e vocal ), Mike McCormaky ( bateria e teclados ) e Natham Beale ( baixo ), cresceram nos círculos de rock independente, e cada um deles tinham projetos em outros lugares, o vocalista tocava numa banda ( Push Kings of Hatford ), onde tocou com um tal de Steve Malkmus, e para você que já se pergunta quem é esse cara com nome estranho eu
já te respondo. Para quem não sabe o Steve Malkmus foi líder de uma das primeiras ditas bandas independentes e mais bacanas que já existiu, o Pavement, se você conseguir algum som deles por aí na galáxia não hesite em ouvir, é muito bom. O cara também já veio tocar no Brasil em 2004 se estou bem de memória.
Pois bem o baixista do Everybody Else também tocava em outra banda o Mood for Moderns de Detroit ( a rock city do Kiss ), e o batera Mike tocava numa banda mais underground ainda que se chamava Waking Hours. Pois bem esses caras fizeram alguns shows juntos com essas bandas todas e ainda por coincidência Natham e Carrick se mudaram para a Califórnia ao mesmo tempo. Com o fim das bandas antigas os caras se juntaram e começaram um som juntos. Ainda bem, para os nossos ouvidos.
Os caras gostam de r&b das antigas, pop antigão e soul, mas não perderam tempo em ficar apenas com referências antigas e datadas, adicionaram aquela coisa de nerd no rock, mistura de ritmos antigos com rock de primeira. Para começar, depois da primeira audição das músicas desses caras você fica com elas grudadas na cabeça e não vai sair mais. Elas ficam lá, causando a maior confusão no cérebro. Os riffs de guitarra , além de serem muito simples até, te pegam de jeito e não tem como seu pé não bater no ritmo da bateria, que é puxada pro pop chiclete mas é contaginante. Baixo marcador e bem tocado. Com um tecladinho aqui e acolá, muitas das músicas parecem até que vão ser um eletrônico, e coisa e tal. Mas não você já tem aquela guitarra que te sequestra e fim de jogo, você já está cantando junto. Músicas como Born to do e Meat market, são simplesmente de uma veia balançante matadora, mas sem perder o rock como linha de frente. Sabe aquelas bandas de rock que fazem as meninas dançarem a noite toda, pois bem o Everybody Else é dessas. E convenhamos que nada melhor que festinha aonde as meninas dançam rock, sonho de uma noite de verão é fichinha.
Bom e agora, para você tecnológico e xiita leitor que acha que eu só escrevo sobre rock, mas uma vez vou ser obrigado a fazer todos vocês como dizia minha vó, cairem do cavalo. Hoje vamos deixar claro que sim existe música inteligente na música eletrônica.
Como admirador do rock, sempre tive um pouco de nariz torcido com a músico eletrônica, confesso sim, já fui um xiita que quando entrava numa danceteria ficava injuriado, tirava sarro das letras e das versões ridículas de Rock and Roll all Nite do Kiss que esses caras faziam. Hoje em dia eu continuo fazendo a mesma coisa, mas sabendo que há sim vida inteligente nos computadores. E olha que eu não estou nem falando dos queridinhos dos Chemical Brothers ou do Fatboy Slim. Bandas como Out Hud, Audio Bullys, Groove Armada, são muito boas, aliás poucas coisas que eu escuto de eletrônico.
Pois bem, para se juntar à esse seleto grupo de boas batidas está essa banda, o Lismore. Penelope Trappes nos vocais e sintetizadores. Faço uma pausa rápida pra dizer que nunca uma voz feminina se encaixou tão bem num gênero de música como a dela no eletrônico. Pronto, pausa feita. Stephen Hindman nas guitarras, violões e programações, Ingrid Dahl no baixo e Damon Gray na batera. Essa é a formação desses caras que se formaram em 2003 na cidade de Jersey. Penelope e Sthepen que já era respeitado na cena drum and bass como DJ Kingsize, se juntaram e passaram esse ano experimentando e tentando novas direções na música eletrônica. Fizeram o albúm We could connect or we could not, e posso te afirmar, eles conseguiram.
batidas que são precisas e todos os sintetizadores trabalhando a favor, as colagens e samplers dos caras não são gratuitos e estão em perfeita sincronia. A voz de Penelope se encaixa como uma luva e sua voz é muito bonita mesmo. Nada de gritos ou tchibuns tchibuns, tudo é bem recortado e colado, perfeição em control C e control V. E eles se dão bem tanto nas máquinas, quanto nos instrumentos, as músicas aonde a bateria e o baixo são acompanhados pelas guitarrinhas são demais também, como por exemplo This time que gruda no teu ouvido em milésimos de segundos. Encontro perfeito entre baixo, bateria, guitarra e computador. se todo mundo que fizesse música eletrônica fosse assim, eu tiraria menos sarro nas danceterias.
Notas pro fim:
Bom parece redundância, mas olha nós de novo marcando, aquela banda Mandrake está de videoclip na MTV, e antes você leu aqui .
Outra banda que está dando o que falar são as meninas do The Organ, eleita a próxima grande banda de 2006 por caras como os Kaiser Chiefs e você também viu aqui.
Em compensação The Pipettes e Voxtrot ninguém sabe quem são, ou seja, continuamos acertando e errando na mesma proporção, o que é bom.
Você conseguiu comprar ingresso do U2? Nem ninguém, agora as linhas telefônicas parecem não estarem funcionando direito ( pra quem ainda não sabe, agora os ingressos são vendidos apenas por telefone ), por isso continuamos a campanha FODA-SE O BONO E BOICOTEM O PÃO DE AÇÚCAR.
Shows bons para esse começo de ano : The Misfits e Carlos Santana.
Discos bons para esse começo de ano: First Impressions on Earth dos Strokes.
Funeral do Aracade of Fire
The Magic Numbers, dos próprios ( se você tiver a sorte de ter comprar ou baixar esse disco, você vai se apaixonar pela banda)
Futura da Nação Zumbi, simplesmente fodasso.
Escrito ouvindo Everybody Else : Meat market
Born to do
Rich Girls Poor girls
In memoriam
Lismore : This time
Tremolo
Come undone
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