20 abril 2009

06 de novembro
Gangrena Diário ed. 28 Dois meses depois.....
Dois meses depois estou de volta e como isso é muito tempo sem escrever, com tantas coisas acontecendo já era hora de recomeçar.
Ultimamente existem muitos caras flertando com um tipo de música mais crua, voltada as nuances mais acústicas, como o folk por exemplo. Wilco, Devendra Banhart (que apesar de gostar do Caetano,é legal), Jeremy Enick são alguns nomes mais conhecidos. E antes que eu me esqueça, e para lembrar os mais desavisados folk é um gênero com uma pegada mais prejeira como a nossa música sertaneja (e pelo amor de qualquer santo, não vá confudi-la com as coisas escatológicas que saem das nossas duplas sertanejas, que é bem diferente sim senhor!!).
É nessa pista que corre o som dos Turin Brakes, dueto da Inglaterra que foge muito do que se chama a invasão britânica eterna no rock. Com letras suaves e guitarras que não estão lá para pesar e mais para construir um clima nas canções, eles misturam sem cerimônia várias variáveis de bateria, violões , teclados colocados sempre para dar uma atuação a mais na música. Os caras compõem lindas melodias (ouça Felling Oblivion e saiba o que é uma canção fantástica), daquelas que você se sente sentado ao lado de uma fogueira. Climas muito intimistas e ao mesmo tempo densos dão um inédito tom as coisas desse duo inglês. Com vários Eps gravados e três CDs lançados (Jack in a Box o mais recente), esses ingleses caipiras conseguiram captar um senso muito mais minimalista de um lugar que é conhecido pelas inovações no rock. Nada de muita parafernália, gritos ou peso.Existem também componentes de percussão que são sabiamente postos nas introduções e refrões que são outro diferencial. Apenas pequenas ondas molhando os pés, mas com muita ousadia e inteligência fazem dos Turin Brakes uma das melhores bandas da atualidade.Uma confirida no site dos caras www.turinbrakes.com vale a pena, escute sem falta Pain Killer e Underdog(save me), sensacional.

Se você já assistiu filmes como Califórnia ou Assassinos por Natureza, já deve ter visto aquela menina com carinha de louca que faz papéis de heroínas nada convencionais. Ela é Juliette Lewis. Nunca foi uma beldade como Nicole Kidman, mas sempre foi a atriz mais rock do cinema.Essa veia hardcore pegou tão bem pra ela que em 2003 resolveu montar uma banda. Nasceu assim uma das melhores coisas dos últimos tempos no mundo tão emotizado atual, Juliette & The Licks.
Com uma pegada de influências que passam por bandas como Bikini Kill, L7 e The Donnas e por que não citar como sempre Ramones, ela vai fazer teu sangue ferver. Toda a sonoridade dos anos 70 está, mas com uma fúria sem precedentes. Juliette não vai chegar a ser uma PJ Harvey, mas no que diz respeito a interpretar as músicas com o canto ela vai as alturas, afinal isso ela faz muito bem. Com uma frase no começo de algumas canções ela dá o tom ao vivo que essa banda realmente tem. Sexy até o talo não tem como não fantasiar nada, cuecas de plantão preparai-vos vocês serão arrebatados no primeiro riff. Mas não é só de uma cantora sexy que a banda se sustenta, a banda é muito boa. Guitarras que além de grudarem os riffs no teu ouvido, variam muito de coisas muito pesadas como Shelter You Needs, passando por uma visão mais anos 80 como em Got Love To Kill (com esse título de música tem como não gostar dessa banda??), bateria que é despedaçada em cada música e o baixo que já na primeira audição vai fazer você grudar na parede pela onda de som que vai arrebatar seus ouvidos. Apadrinhados por ninguém mais que Dave Grohl, tocou bateria no primeiro disco deles (Now You´re Speaking My Language), lançaram esse ano o segundo cd que se chama Four on the Flour . Ouça Hot Kiss e saiba que você está de frente para um dos melhores discos do ano.
www.julietteandthelicks.com



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