20 abril 2009


30 de setembro
Gangrena Diário Ed. 32 Vai começar de novo?
Se é que existe alguma possibilidade de se levar uma vida normal e ainda se ter tempo de escrever em algum espaço que realmente não existe na verdade (porque eu ainda acho que se não for dentro de um livro ou apostila é tudo virtual demais). Mas, como em tudo sempre se tem um mas, pela enésima vez estamos aqui escrevendo de novo, naquele velho esquema, mais underground impossível. E porque não começar com a coisa mais estranha possível, fazer uma lista sobre quais sons você pode usar para dançar. Você pode até torcer o nariz para uma lista de músicas assim, mesmo porque toda a testoterona do mundo lhe impede de pelo menos (como eu), bater o pé no mesmo compasso. Mas no fim das contas isso é o que importa na música, algo que simplesmente não te deixe sair dela do mesmo jeito que você entrou. Pois bem, fisiologia explicada vamos à elas:
1) Paris, Friendly Fire
Esse som do trio inglês (como sempre), tem tudo na medida certa, barulhinhos estranhos, força e suavidade. Desafio você a pelo menos não sacudir a cabeça.


2) One Pure Thought, Hot Chip.
Eles viraram amados pelos indies, depois de Boy From School e Ready For The Floor, mas esse caras tem muito mais que isso. Letra em raggamuffin' , melodia quebradíssima e de troco ainda uma guitarra que não caberia em outra música que não fosse essa.

3) Time To Get Away, LCD Soudsystem.
Que James Murphy é um gênio isso é redundância, mas no disco Sound and Silver ele elevou isso milhares de quilômetros luz. É incrível ver com a música começa com nada, apenas uma linha de baixo e bateria de matar, e aquela voz afinada e esganiçada, mas depois do seu contador de tempo passar do primeiro minuto, ninguém sai ileso. Orgão, sintetizadores, guitarras funkeadas, coros vocais, quebras de bateria e um backing vocal de outro planeta. Muita coisa junta? Ouça e saiba como é lavar uma trombada com um 747.

4) The Sweat Decends, Les Savy Fav.
Quem disse que rock é só pra bater cabeça. E não se confunda com a distorção e esquisitice nas guitarras. Com uma das mais suingadas levadas de bateria de todos os tempos e a voz marcante de Tim Harrington, esse nova iorquinos, são pesados, sujos e te mostram o porque do suor ser descendente.

5) Olimpic Airways, Foals.
Antes de mais nada, preste muita atenção nessa banda, estarão na Brasil em breve, a música Cassius já é certeira em qualquer baladinha indie, mas são com as Olimpic Airways que eles gastam o latim de tocar rock dançante. Guitarra precisa, letra muito bem sacada e uma levada que não deixa nada sobe nada, é uma das poucas músicas atuais em que todas as mudanças se encaixam perfeitamente e te fazem sair e muito do lugar.

6) You´re The Reason That I Leaving, Franz Ferdinand.
Música velha já (deve ter uns dois anos hahaha), mas é outro sensacional exemplo do que uma bateria bem tocada, um riff grudento e uma banda boa podem fazer numa pista de dança, sensacional.

7) Bran New Caddilac, The Clash.
Momento flash-back na pista. O disco (London Calling), já é sensacional por todas as músicas, mas com a estória da menina que dirige um tunadão das antigas eles colocam até cadáver pra chacoalhar os fêmurs mais duros do planeta. Riff matador e tudo mais que se tem direito. Se os Beatles começaram tudo com She Loves You, o Clash levou tudo pra outro lugar e de lá, o rock nunca deveria ter saído.

Por enquanto é só, mais tarde algumas novas e outras nem tanto.

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