30 abril 2009

Do que são feitos os festivais 2.......mais alguma coisa que venha na cabeça.....

Continuando..........
sobre o porque da seca de festivais esse ano e qual é a maior problemática.
Em conversa com este blog, a produtora Lilian Aparecida Rodrigues, que atualmente batalha junto ao Ministério da Cultura a continuação do projeto que leva cinema de graça para populações carentes, dos estados do sul, sudeste e agora no nordeste, com ajuda da Lei Rouanet, aquela lei que permite a captação de recursos do estado para desenvolvimento de projetos ligados à cultura. Essa famosa lei é a que permite nomes como Norma Bengell comprar uma cobertura na Avenida Vieira Souto, nosso querido Guilherme Fontes nunca acabar seu filme elefante branco, ou o hilário (depois dessa informação você também vai acha-lo hilário.....) Miguel Fallabella pedir 6 milhões (é isso mesmo....) para poder produzir uma peça de teatro.......mas essa lei também ajuda gente de bem como a Lilian.......mas vamos ao que interessa....
Conversando com ela sobre o porque da seca safra de festivais esse ano e perguntando sobre o quanto a crise afetou esse mercado, ela me disse que a crise afeta a quem interessa mais, afinal de contas, esse tipo de festival é sempre feito por mais de uma produtora, uma se encarregando da estrutura (aquela toda descrita no post anterior), e uma outra que fica com a função de trazer as bandas.
As atrações são sempre trazidas por uma galera que sabe que todo o dinheiro que se vai gastar com trazer as bandas, será completamente recebido de volta e ainda mais, afinal de contas ninguém faz nada de graça........... o lucro com certeza sempre é grande, e que às vezes o dinheiro do ingresso nem pra banda chega (essa a gente já sabia).
Então qual o problema maior?
Segundo Lilian, o maior problema é dividir esse bolo.......todo mundo que entra nessa jogada quer levar o seu, o dono da cervejaria que entra num festival de música aonde só se vende a cerveja dele, vai levar o dele......as empresas que trazem e se encarregam de tudo levam os deles, o fiscal que vai embargar o álvara leva o dele (mesmo se o lugar já tiver passado na inspeção), então é muita grana...mas também muita gente pra dividir esse dinheiro todo, sobra então para a galera que vai nos festivais pagar essa conta, ou você acha que as áreas vips dos shows são para pessoas very specials....é preciso que alguém pague essa conta!!!!!!!!!
Mas os empresários de shows, acham o contrário.....em entrevista ao Ultimo Segundo, os organizadores do finado Tim Festival (que tinha área VIP.....), disse que o que está inflacionando o mercado na verdade, não é a grande conta, mas sim o surgimento de megaempresas multinacionais desses eventos, a proliferação de produtoras, eventos musicais associados a empresas, fazem com que haja esse aumento gigantesco no preços dos ingressos.
Com isso uma minoria paga, uma maioria fica sem poder ter acesso à cultura, um direito do cidadão, ou se preferir, vai assistir Jane e Herondy na Virada Cultural.
Mas aí fica o raciocínio, se aumenta a quantidade de empresas que fazem esse tipo de evento, a competição não seria pela melhor oferta???????
A produtora que tiver melhor show pelo melhor preço não deveria ser a que faria o show??????
Se existem duas produtoras fazendo um evento, com toda essa mamata na captação de recursos nesse país, todo mundo seria pago pelo trabalho e ainda sim os ingressos seriam ascessívies??????? Afinal de contas, analogicamente, nosso entrevistada realiza um projeto aonde ela leva toda a estrutura de um cinema para um lugar, se desloca por estados, divulga monta,realiza o evento, não cobra nada da população e ainda por cima faz tudo isso com apenas metade do dinheiro da Lei de Incentivo. Qual é a lógica então????????
Como entender que os R$900,00 que você pagou pra ver o Bob Dylan, na verdade foi para pagar o lucro extra dos caras que trouxeram ele, ou para pagar a parte do fiscal que deu o alvara, ou pra pagar uns trocados a mais para a cervejaria.........qual é o verdadeiro direito à cultura nesse país??????
Sem esquecer que as gravadoras agora também usam os shows para compensar as perdas causadas pela internet......afinal de contas se você baxa músicas de graça, a gravadora está perdendo dinheiro. Quer dizer então que a culpa é minha e sua?????? hahahahahahahahahahahahahahahaha..........
Na verdade, a comum falta de boa vontade das pessoas detentoras do dinheiro grande nesse país sempre é colocada na frente dos interesses de modo geral. Para que abaixar os preços de shows, se sempre vai existir alguém que por amor a música vai comprar o mais exorbitante preço para ver sua banda. Vamos ganhar e muito sempre nas costas de quem é o verdadeiro fã.......





PISTA VIP É OUTRA COISA RSRSRSRSRSRSRSR


E agora de manhã comendo um croissant e tomando groselha, penso se não seria apenas um pensamento simplista demais ou uma busca dantesca demais,com faz minha amiga Lilian, pensar que tudo se resume ao fato de que quem ganha muito sempre estará querendo ganhar mais, e quem paga muito sempre terá que pagar, afinal de contas o capitalismo é assim os que ganham, os que perdem e os que pagam a conta. Mas será que ninguém tem ma mínima idéia do que é ser um transmissor de cultura, ou um provedor dela para o povo de um país subdesenvolvido como o nosso???????
Essas migalhas do pão espalhadas pelo papel da padaria, são mais simbólicas do que eu imagino????
Está mais do que na hora de ocorrer um movimento contra a sacanagem nesse país, contra a malandragem do mal que existe há muito tempo, não é possível que os provedores de cultura sejam uma elite preocupada em ganhar cada vez mais dinheiro e menos preocupada com a qualidade do que trazer. Produtoras de shows que fazem o "maior show do ano", e deixam as pessoas serem tratadas como suínos (o termo está na moda agora.....), congestionadas em estacionamentos mal planejados de lugares sem a menor infraestrutura. Somos tratados cada vez mais como número e estatística.......quer uma?????
A gripe suína já pegou 300 no México........


I´m bored....I´m bored camon let´s get HIGHHHHHHHH!!!!!!!!!!



25 abril 2009

(Vampire) Weekend.........do que são feitos os festivais parte 1

Buenas.....
Antes de mais nada, um videozinho da quase mais bacanuda premiação do mundo da música (se não fosse o playback do Take That......(Take o que???????) o infindável remix dos Pet Shop Boys e aquela menção à roupinha do Brandon Flowers...... hahahaha) Brit Awards 2009, Ting Things e Estelle numa quebradeira geral.....com Shut Up And Let Me Go, American Boy e That´s Not My Name (novela da Globo hahahahahaha)........





Nesse ano a crise veio e ficou.....(lá vem esse papinho de novo!!!!!), e apesar de rolarem alguns shows no Brasil, as coisas andam meio feias no quesito o que vem ou não vem pra cá. Apesar desse começo de ano sensacional (alguém aí já esqueceu o Radiohead????) a expectativa desse segundo semestre é um pouco perigosa, apesar de termos The Kooks, The View, The Gutter Twins e Depeche Mode agendados por enquanto é só se você gosta mesmo é de guitarras internacionais. nem as boas atrações eletrônicas estão salvando o segundo semestre. Por isso resolvi dar uma olhada com quantos dólares se traz um grande show ou festival......Coisa que não deve ser muito difícil nesse planeta globalizado........
De começo a gente já pensa o seguinte, é dinheiro para alugar o espaço aonde serão os shows, dinheiro para pagar a galera terceirizada (como seguranças, pessoal da montagem, pessoal da limpeza, pessoal da comida, quando o próprio evento cria a área de alimentação e não coloca outros restaurantes como foi no Planeta Terra......), mas será só isso.....vou investigar e já volto, afinal de contas não adianta apenas saber o quanto há de gasto, isso seria muito clichê demais, o que fica sem resposta é a pergunta: a equação direito à cultura X quem pode frequentar esse tipo de lugar tendo que pagar o gasto dos organizadores (porque você acha que o custo do seu ingresso e´só para pagar as bandas??????), e ainda mais quem depende das Viradas Culturais da vida, (que esse ano terá Odair José, Jany e Herondi, Regimaldo Rossi, Wando, CPM22......apesar de também ter MarceloD2, Matanza e Nação Zumbi....mas você sabe como é.........uma Nação Zumbi só não faz verão......) e é bombardeado quando não pela polícia como no ano passado no show dos Racionais.....é bombardeado por atrações que fariam o Tom Zé rolar na tumba se ali estivesse......e mais uma pergunta, porque quando é de graça, tem que haver sempre esse monte de descultura.......essas "questãs", mais tarde junto com a entrevista (é esse blog vai ter entrevista!!!!!!!!)......por enquanto momento cultural...........

23 abril 2009

SOBRE O QUE E QUEM FALA MAIS..........

Boa tarde........



Estava eu, lendo nos momentos de afasia mental que sugere uma tarde de chuva em sampa, uma reportagem, aliás uma entrevista com o André Barsinski, que para você que vivia em Krypton e não conhecia o camarada, uma breve história......



No início dos anos noventa, ele escreveu um livro chamado Barulho, aonde contava a história da cena musical americana, e por acaso, uma em especial que estava começando a causar certo barulho na cena indie yanque....um tal de Nirvana......banda que depois ficou um "pouco" conhecida no mundo todo, rola também na mesma época a famosa história sobre a venda da camiseta do Nirvana para o jornalista Alvaro Pereira, mais abaixo segue um relato sobre o caso.......( a história é a seguinte o Kurt Cobain vendeu uma camiseta do Nirvana quando eles eram apenas 3 moleques de Aberdeen para o Alvaro Pereira...meses depois estouraram Nevermind)



Além disso comandava junto com Alvaro e mais Paulo Martins um dos mais bacanudos programas de rádio, o assassinado Garagem, na Brasil 2000, quem ouviu jamais se esquece da furadeira em todos os CDs dos Los Hermanos, ou as piadinhas com as rimas filosóficas de Humberto Gessinger.



Pois bem esse senhor na entrevista diz algumas coisas boas, mas uma em especial me chamou a atenção, a pergunta era como se posicionar hoje escrevendo sobre música, já que a Internet fez com que qualquer um pudesse de dentro de sua casa fazer notícia e escrever sobre as mais variadas coisas, acha que não?



Na resposta ele comentou que hoje em dia as pessoas por terem mais acesso a informação e por tudo ser muito rápido, não existem mais jornalistas e sim críticos, e que todo aquele ritual de estar en loco para poder escrever está se perdendo.



Pois bem......até que ponto termina a sua liberdade de omitir uma opinião sobre algo que você gosta, e começa o direito de ser jornalista num mundo de blogs, flogs, twitteres?



Fico pensando nisso pelo simples fato de que se levarmos em conta um raciocínio lógico, por exemplo se você começar a fazer cirurgias ou a dar pontos em pessoas machucadas e não for um médico, enfermeiro ou socorrista, você provavelmente será processado por falsidade ideológica, então será que somos todos falsários virtuais brincando de repórteres? Como diferenciar Jimmie Olsen de Clark Kent?



Você até pode dizer assim, mas espera um pouco.....se eu começar a fazer cirurgias eu tenho que ter pelo menos uma pequena noção de anatomia e matérias básicas, e para poder escrever basta você ter o mínimo de educação fundamental possível e um acesso a Internet, ou seja são duas coisas diferentes. Mas eu acho que não, acho que para poder escrever bem é necessário ter estudado e se preparado para escrever bem é necessário ser jornalista. Lógico existirão sempre as pessoas que tem um dom maior, mas no geral é preciso ter base, é preciso saber o diferencial entre matar uma pessoa e realizar um transplante perfeito, é necessário saber a diferença de copiar informação e de fornecer informação.



Mas aí ficam as perguntas........Até onde vai a liberdade de expressão?



Quem decide quem tem direito de escrever?



Morte aos blogs?????????????????




Senhor Barsinski.



Mas talvez esse pensamento seja um pouco sunita demais, mesmo porque não leva em conta as seguintes questões. Quanto mais pessoas estiverem escrevendo sobre qualquer coisa, e dando opiniões centradas ou não (caetanismo a essa hora é foda....), mais o trabalho de quem realmente estudou e está dando duro pelo jornalismo nesse país dos banguelas se destacará. Quantos mais idiotas escreverem, maior será a visibilidade dos verdadeiros jornalistas, que tem uma base fundamental para realmente checar fontes, realizar entrevistas que realmente interessam, omitir opiniões centradas baseadas em fatos, quanto mais cavalgaduras resenhantes na Internet, mais as pessoas que tem a teoria jornalística poderão se destacar, é a lei a genética sendo aplicada, o mais apto passa o menos vira ser unicelular. O que também é uma forma de separar quem realmente tem talento aparecer mais.
Mas a questão mais importante realmente é que a morte dos blogs seria como o AI-5 virtual, mataria a liberdade de expressão, não que a luta pela liberdade nesse país tenha sido uma revolução francesa ou qualquer coisa um pouco mais sangrenta, como o holocausto (e isso não quer dizer que não tenha sido menos sofrida e dolorosa), mas a extinção da liberdade de se poder falar seria realmente um caos real.
Mas como separar o que interessa daquilo que é apenas folhetinesco?
Simples Watson......informe-se muito bem, leia mais do que uma tela fria, saia da mesmice de twitteres, orkuts e afins. Sites de relacionamento que não te deixam sentir qual a expressão da pessoa a hora que você a vê.........seja mais do que um papagaio de pirata, seja mais com ser humano. Não se limite a comentar blogs com asneiras, palavrões, ofensas...... seja melhor que isso.....se é que você consegue ser mais num país aonde o estado se omite nas questões mais simples como manter o povo com o mínimo de educação basal.......
Por isso viva a idiotice dos críticos de blog......viva a minha idiotice....viva a sua......morte aos blogs desinteressantes...morte ao meu blog........viva o jornalismo de verdade...........
I could be wrong.........I could be right!!!!

20 abril 2009

RAPIDINHA ......




GD 39......APENAS UMA RAPIDINHA......


Para vocês que gostam ou não gostam, o documentário BANANAZ, dirigido por Ceri Levy, sobre a sensacional banda cartoonesca GORILLAZ, já está na rede, e o melhor de graça, você pode entrar no site Babelgum (www.babelgum.com) e procurar o link logo na entrada no site, e está o filme todo, pára assistir todo esse mês de graça. Aí vai o link:




http://www.babelgum.com/html/clip.php?clipId=3018011



Calma que tem mais....já já.....

GD 39 ....AGORA VAI...PELA DUCENTÉSIMA OITAVA VEZ......

Depois da Ulissiana tarefa de salvar os arquivos X, Y, Zs do blog antigo e mandar o space pro espaço (os trocadilhos infâmes continuam....), vamos começar dentro do blogger. Com estrutura melhor da vontade de escrever mais, o que eu realmente não sei se é uma coisa boa ou ruim, mas vamos lá.....o esquema é o se sempre. Fotos, vídeos, opiniões, reflexões.......



Começando apenas com dicas leves de o que se ouvir nesse longo feriado......só pra testar o blog.......


Mais um ao vivo agora The Kooks que vem pras terras paulistanas em junho


E Gutter Twins,banda que falaremos depois e vem pra cá em julho


Logo mais The View no Brasil, Coachella 2009, por enquanto Sir. Paul MacCartney no festival.....


28 de novembro
Gangrena Diário ed. 3 O Show
Bom dia pra quem é de bom dia, boa noite pra quem é de boa noite.
Bom não tem jeito, relutei pra escrever essa coluna mas não dá, o coração fala mais alto, e nos deixamos levar e aí já viu, nós falamos e falamos muito.
Mas você deve estar se perguntando o por que dessa introdução, e qual razão que parece que eu estou meio que sem parada e meio agitado nessa semana,e explico. Essa agitação começou a pelo menos uns 12 anos passados.
Doze anos anos atrás, deixa eu fazer a conta, Tinha dezesseis anos. Eu e o João Roberto*, além de estarmos na flor da idade, tinhamos todos os problemas do coração de adolescente. Eu não fazia muito sucesso com as mulheres, afinal eu era possuidor de uma armadura de ferro que meus aparelhos ortodônticos deixavam transbordar pela minha cara adentro. Tinha várias espinhas e espinhas, parecia que realmente era uma espinha e um rosto acessório, e pra piorar meus quatro graus de miopia no olho direito e quatro e meio( é leitor estarrecido, eu lembro até do meio grau que tinha, mesmo porque todas as coisas pavorosas em nós que fazem você querer arrancar sua cara à lixadas deixam profundas marcas na sua alma), no olho esquerdo, me davam um ar de telescópio.
Mas como se não fosse tudo de bom e melhor, eu ainda era um péssimo jogador de futebol, o esporte que reune multidões mas segrega os jovens que não tem habilidade, e quando se é aolescente, se você não joga bola, você é categoricamente taxado de não malandro e como resultado, o otário mais feio de todos. E isso te faz ter ódio de futebol e achar que esse jogo é o mais idiota de todos, mas aí você conhece o Pelé e você que é realmente divino joga-lo, mas pra alcançar o paraíso, Satanás está sempre te convidando antes pra uma pequena volta.
Bom somando tudo isso, eu não via mais nada de bom nessa vida, não havia presente que resolvesse, nem elogios pelas notas boas que me fizessem entender que eu não era um lixo em forma anatômicamente mal disposta. Nada que você me dissesse naquela época faria entender que somos mais do que apenas essa imagem residual que temos, esse invólucro que não te valoriza em nada. Nem o maior dos milagres me faria entender que realmente o que conta é o que você é e é capaz de fazer, as teu bom coração, tua limpa alma é que dão a beleza necessária, que de nada adianta essa cara de Brad Pitt, se você é realmente um ogro como ser humano. Mas vocês todos que passaram pela evolução fisiológica normal na área da pediatria, sabem, vai convencer a gente adolescente resistente e revoltante, apelante de todas as facções de descontentamento que isso é verdade.
Mas aí conheci o Bahia e o Washington, caras que eram tão feios quanto eu e que eram tão deslocados como eu. Caras que viviam no mesmo patamar de desorientação e desassossego. Pessoas que a sociedade hipócrita do interior, relega por não terem nomes na coluna social e não pertencerem ao Rotary Club, caras que vivem a margem por não terem pais famosos, para o padrão daquela sociedade mesquinha e burra que vive escondida atrás de uma colunista social que faz média com as pessoas que convém, que acha que jornalismo é mostrar o casamento dos filhos do rotary, que a best of the best é saber que a filhinha modernet da mais famosa socialyte está com um sorriso descolado na foto de uma seção que se chama Psiu. E aí você demora toda a adolescência pra decobrir que a socialyte é a mais devassa, que chifra o maridão médico famoso, que os filhos são uns puta drogados, e que a filha gosta de ser currada por todo os sócios do club badalado da sociedade, mas aí meu irmão você já está danificado com essa hipocrisia. E aí se vira.
Bom, mas esses dois caras aí, me mostraram um lugar aonde eu poderia me livrar de todas essas nóias e de todas essas revoltas, um lugar mágico, aonde as cores eram mais vivas e eu me sentia mais bonito, mais poderoso e mais forte. Um lugar aonde eu poderia fazer sexo com a mais bonita de todas, e ser o cara mais desejado da cidade. Era embaixo de uma ponte suja perto da minha casa.
É querido leitor, era lá embaixo de uma ponte aonde rolavam as maiores teoria de conquista do mundo pra mim, lugar aonde eu era o mais foda, e as minhas amigas Maria Joana, Cola de Sapata, me ajudavam a dar mais vida pra uma semi vida, uma completo brilho em alguém apagado. Elas me libertaram. Pra quê? e pra onde? Isso foi a parte mais pesada de todas.
Um dia dia de sol em 1993, mais precisamente em 20 de setembro. estava eu e as minhas amigas estavámos todos lá, mais algo se perdeu, Maria com ciúmes de Cola, e disputavam pra ver quem seria a dona do meu corpo por mais tempo, duas amantes ciumentas me deixavam sem fôlego por mais beijos, por mais carícias que me faziam ver estrelas mais facilmente, o vinho que levei para aquela tarde de amor entre três, me deixava mais afim de te-las por perto, de provar mais teus beijos e de saber quais seriam as melhores carícias. Beijos quentes, sexo feroz, quando se ama no fio da navalha, você corta seu pé. E foi assim que descobri o que se chama desmaiar por ingestão de substãncias ilícitas. Como é ver aquela luz no fim do túnel, mas a luz em questão era luz negra. daonde viriam todas aquelas vozes, pra onde eu estava indo. Perguntas sem refrão, agora a razão da fisiologia era maior. Agora a dor não existia, como também não existia a vida. Tudo era um apagão só.
Mas, como sempre caro leitor tem sempre um mas a mais, eu fui salvo por alguém que me disse no fundo do cérebro, não é tua hora e acorda, levanta e deixa de ser babaca, seja apenas você, lute e viva a vida pois esse é teu maior presente. E essas palavras vieram junto com uma letra de música que estava passando no meu walkman e ouvi no momento em que voltei do limbo, no momento emque meu grilo falante me bateu na cara.
A música em questão era Alive do Pearl Jam, e a letra fala sobre isso mesmo, apesar de ser uma relação incestuosa, fala sobre sobreviver as piores coisas, e apesar de tudo continuar, viver enfim " still alive". Raios e trovões, tinha descoberto o ritual de passagem daquilo que era um esboço para aquilo que seria meu desenho final. Descobri que poderia ser melhor e vivo, graças a mim e a essa banda, que por acaso vai tocar nesta sexta feira e sábado em São Paulo. Esses caras além de tudo que se fala sobre eles, que são apoiadores de causas humanitárias, que vivem fazendo o bem para um monte de gente, que sabotam a própria carreira por causa dos fans, eles escrevem coisas lindas, tocantes, que todo mundo sente ou já sentiu alguma vez na vida, letras com Black, Corduroy, Present Tense, Garden, I am mine, Love Boat Captain, Smile, Faithfull, Wishlist, é lógico Alive. Esses caras emocionam, são possuidores de um dom que talvez apenas o Bono Voz também tenha, que é de cativar você sem você ter nunca visto seus rostos ao vivo. São demais esses caras, eles salvaram a minha vida.
Por isso eu vou, ve-los, vou lá cantar, pular, me emocionar, e um dia poder dizer aos meus filhos que o pai deles teve o dia mais feliz da vida quando viu a melhor banda do mundo ao vivo.
Cuidem-se.......bom show pra quem vai.

** João Roberto, personagem da música Dezesseis, da Legão Urbana.

Escrito ouvindo (e me preparando pro show de sexta), o show do Pearl Jam realizado no Canadá dia 01/09/2005 The Gorge.
10 de dezembro
Gangrena Diário ed. 4 Antes que eu me esqueça.........
Bom antes que eu me esqueça de escrever sobre isso, devo acrescentar que eu não ia falar sobre tal assunto, por que ele é carregado de opimiões controversar e mesmo por que eu acho que todo o assunto tem dois lados, quando não três ou quatro, mas como nunca se explica as razões pelas quais o ser humano age da forma que age, vamos ao assunto.
Hoje à tarde, estava eu vendo um pouco de televisão e qual não foi meu espanto ao ver uma menina mulher ou vice versa, como queiram, aparecer na tevê pra dizer que ela apanhava do namorado, e olha que não era pouca pancada, por ela ser uma famosa cantora country americana, o caso deu uma certa repercutida, e aí tem umas fotos da menina espancada. Senhoras estarrecidas e senhores pasmos, as fotos são no mínimo, pertubadoras, ela está completamente desfigurada, hematomas e mais hematomas, olho inchado e tudo que uma boa surra tem direito( se é que uma surra tem esse tal de direito.....), mas aí o que me chamou atenção foi o fato de que ela disse que amava o cara e esperava que ele se arrepende-se, e olha que ela apanhou duas vezes feio e ainda tem aquelas famosas escoriações diárias.
Mas esse caso me deixou intrigado, e ao mesmo tempo me fez relacionar com meu país e pra ser mais exato minha cidade. Quinta feira à noite, festa de aniversário, comemoração, risos alegrias, e uma pequena silueta de violência.
Aniversariante, namorada, e banco, é a menina é verdadeiramente um banco para o namorado. O marmanjo não trabalha, não estuda, vive na brisa, não que isso seja recriminável, afinal se você não quiser fazer nada tudo bem, mas o cara além de gastar o dinheiro da menina, age como se ele que bancasse ela, parece que ele é o millionário e ela é a pessoa que precisa de auxílio desemprego. e ela se derretendo de amores por ele, no melhor estilo eu te amo de ser, aí está mais violência contra a mulher.
O que me leva a seguinte pergunta: por que, no maior instinto maternal as mulheres se dispõem a esse papelão. Como é que o ser mais bem feito da face da terra, a mulher, pode numa alusão total à insanidade, se prezam a sustentar esses vagabundos ou esses assassinos psicopatas, como em nome de tudo que é mais sagrado, elas podem amar quem simplesmente colocam a força bruta, seja ela física ou psicológica a favor da banalização desse sentimento nobre que é o amor.
Me expliquem Camille Claudeus de plantão qual na terra é essa força virginal de manter essas bestialidades que se intitulam homens sendo amados e venerados como ksares, césares e reis. me expliquem, pois acho que vocês mulheres devem no mínimo serem bem tratadas em todos os sentidos, pra não dizer como princesas e rainhas que é o que são na verdade.
Não entendo, acho que na verdade uma parte das mulheres são realmente psicóticas, como a metade dos homens que conheço.
Será que vai ser necessário algo mais radical. Alguma coisa deve ser feita, denuncie, fale,não deixe que esses crápulas do sentimento tomem conta e forcem violentamenta a porta da frente. Mesmo por que a cada dez segundos uma mulher sofre algum tipo de violência, seja ela física ou psicológica.
Está mais do que na hora das coisas mudarem nesse mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Cuidem-se....




Escrito ouvindo: Show do Pearl Jam do dia 03/12/2005( sou fã mesmo não posso negar!!!!!! P.S.: puta show bacana, mais o de sexta foi melhor rsrsrsrs).
Musicas que me inspiraram do show:
Betterman( fala disso mesmo)
Whipping (revolta pura)
Alive ( sempre!!!!!!!!!!!!!!!!)
Fotos que ilustram....meninas de atitude!!!!!!!!!





13 de dezembro
Gangrena Diário edição 5 Aumenta aí que é rock!!!!!!!!!
Bom continuando na cruzada de esperar que alguem nesse planeta( ou não) leia esta coluna elétrica, vamos postar mais um artigo musical, se vocês caros leitores atenderem esse humilde pedindo, garanto que não se arrependeram, por que hoje as bandas estão boas demais.....
Nós estamos sempre acostumados a engolir aquelas bandinhas que todo mundo conhece e aquelas que você ouve na MTV ou na sua rádio da modinha, pois bem meu caro se você acha que o Good Charlotte é demais, que o SImple Plan é a salvação do rock e se você tá mais velho e acha o Creed uma puta banda, meu Deus do céu, alguém salve a sua alma, ou por favor comece a ouvir outra coisa.
Você consegue sim achar coisas inteligentes e boas hoje em dia, sim há vida inteligente no rock, aliás muito inteligente.....Começamos por uma banda que já não é tão nova, os caras começaram em 1993 e são de um lugar que você leitor rockeiro ou não jamais saberia que tem banda, do País de Galês, estou falando dos caras que se fossem brasileiros se chamariam Os Mutantes, o Super Furry Animals.Começa a história, que esses caras já tem uns nomes fora do normal (Cian Ciaran, teclados, Huw Bunford, guitarra, Gruff Rhys o vocal e guitarra, Guto Pryce, baixista e Dafydd Ieuan, o batera), e ainda por cima quando lançaram seu EP de estréia por um selo independente galês, com o singelo nome de Liamfairpwllgywgyllgoger Chwymdrobwlltysiliogoygoyocynygofod (In Space). Não bastasse essa loucura toda, as músicas eram cantadas em galês.Pronto bastou pra chamar atenção dos caras da Creation, que já tinha lançado Jesus e Mary Chain, e o SFA lançar o primeiro albúm " Fuzzy Logic.
Bom o som dos caras é simplesmente chapadão, varia de um rock pesado pro eletrônico passando por uma psicodelia com direito a vários samplers e e até orquestra, tudo isso na mesma música. Mas aí você deve pensar, crítico de plantão, poxa mas dá pra ouvir??? E não só dá pra ouvir como recentemente os caras foram parar na trilha sonora de um seriado americano badalado (The OC), fato aliás que os caras da banda nem ligaram, e de acordo com eles em entrevistas , nem curtem esse tipo de programa, mais lado B impossível. Se você não viu vale a pena ver o clip de Golden Retriever, do penúltimo disco deles Phantom Opera, que eles viram literalmente a raça do cachorro em questão, muito loco. O disco mais recente Love Kraft segue a linha desse Phantom, com muita experimentação com teclados, violinos e arranjos bem feitinhos encaixando bem com o vocal. Aliás esse albúm foi metade gravado aqui no Brasil, sim senhores, o produtor Mario Caldato Jr ( aquele que é citado em várias músicas e trabalhou com os Beastie Boys ) e tem uma faixa chamoda Oi frango. Galera ouçam, é sempre uma boa surpresa.
Bom se você acha que os Libertines eram fodões e que você não vive sem o Oasis, vocês vão jogar tudo desses caras fora quando escutarem os The Cribs. Três irmãos, Ryam Jarman ( vocal e guitarra), Ross( bateria) e Gary ( baixo e vocal), que diferente dos SFA, tem uma influência dos 80, que com certeza são dos Smiths, mas também são extremamentes pesados à lá Sex Pistols e até Nirvana, tem uma pegada pop boa e uns riffs muito bacanas de guitarra. Lançados em 2004,o albúm de estréia tinha o nome da banda, mas foi com o lançamento do segundo The New fellas (2005), que é mais elaborado e mais bem produzido é que essa banda inglesa chegou nas paradas, se você conseguir ouvir Mirror Kisses, Martell, saiba que cumpriu seu dever de ouvir música boa. Os caras valem a pena.
Três meninas bonitas de vestido de bolinha anos 50, só que um pouco mais curtinho, fazendo rock, precisa de mais? Pois elas tem muito mais. São as The Pipettes, senhoritas em questão se apresentam com visual totalmente anos 50 e a música delas, além de ter no máximo 2:30 de duração ( alías remete a duração dos Ramones em termos de música), essas meninas inglesas ( Becki, Rose e Gwenno) fazem um som muito bom de se ouvir, nada de distorção ou guitarras altíssimas, os vocais são limpos e precisos, aliás lembra muito aqueles trios de cantoras que as nossas mães gostavam na jovem guarda ou os da Motown na época nos EUA. As apresentações delas são diferentes, as músicas tem coreografias e tudo mais, o que conquistou muitos fans por aí, e apesar delas apenas terem lançados EPs e o albúm completo está para sair, já tem até um fan clube oficial. O som realmente é bom, lembra Beatlles e as coisas do começo do rock, The Supremes e Trio Esperança. Bacana...alás o nome completo da banda é The Pipettes and the Cassetes, puta nome bacana. Vale a pena mesmo......
E agora o "grand finalle", imagina uma mocinha que encontra um rapaz , eles conversam sobre jazz, e o cara se chama Brian Chase. Pois bem essa moça se muda pra Nova York e estuda cinema, vai para um bar que se chama Mars Bar ( vai vendo!!!!!!), enche a cara e conhece um tal de Nick Zamer, fotógrafo e um puta guitarrista, pois bem estava nascendo a nossa banda querida. Mas ainda não era a própria, eles formaram um dueto o Unitard, fizeram umas músicas meladinhas e foi só. esqueceram as baladinhas, chamaram o Brian pra bateria, e os dois caras mais essa menina que se chama Karen Orzolek ( ou Karen O), formaram talvez a mais loca banda e talvez a melhor surpresa do rock em vários tempos, o Yeah Yeah Yeahs.
Isso tudo aconteceu em 2000, e aí eles abriram uns shows pros White Stripes, e tbém gravaram um EP (Bang EP, com cinco músicas), continuaram a brir shows pra uma galerinha ( John Spencer Blues Explosion). A vocalista é um caso à parte, primeiro pela voz dela que é demais, se você ouvir The Kills, sabe que um vocal feminino é capaz de maravilhas, então meu caro corra e ouça a senhorita Karen O, por que a voz dela é foda, ela é capaz de sez sexy e dar uns agudos que distroçam janelas. Manda muito bem. Pois bem durante essa turn~e abrindo shows ela se vestia com uma camiseta escrita " Wanna F**K?" e com braceletes com coelhinho, bastou pra virar hype pela Europa. como se não bastasse o New Musical Express, no final de 2002 elegeu eles como nº 2 dos singles do ano. em setembro de 2003 estava lançado Fever Tell, primeiro albúm da banda. Você deve ter ouvido Maps, o tal single, uma música poderosa pra caralho, vocal lindo e limpo, e da-lhe distorção da melhor qualidade. as músicas deles são assim mesmo, dilacerantes, fortes, com uma puta pegada forte de guitarra e os vocais, meu camarada, pela décima vez, são celestiais. Segue na linha dos White Stripes, mas menos cru e os riffs inteligentes lembram a linha dos The Kills, mas sem o tal beatnick. Do caralho, vá atrás, compre, baixe na net, se vire, mas ouça......
Bons sons..........................


Escrito ouvindo : Supper Furry Animals / Golden Retriever
Hello Sunshine
Laser beam
Justxposed with U
The Crips / The new fellas
Mirror kisses
Martell

The Pipettes and The Cassettes/
It hurts 2 C U dance so good
Judy
Dirty Mind
ABC
Yeah Yeah Yeahs/
Modern Romance
Date with the night
Maps
Art Star
Miles away
Pin
Bang!



19 de dezembro
Gangrena Diário Ed 6
Até que as coisas sejam completamente diferentes de tudo o que vem acontecendo com o mundo, vai chegando o fim do ano e é sempre tudo igual, listas das melhores e piores, planos feitos, coisas que te deixaram felizes e tristes, retrospectivas e a gente sempre acha que é sempre mais do mesmo, pro bem e pro mal. Aí eu fico me perguntando, será que realmente é sempre tudo igual ou somos nós que realmente gostamos de repetir tudo sempre?
Eu fico imaginando se quando chegasse o fim de ano, não tivesse nada disso, se não houvesse retrospectivas, não tivessem listinhas, não tivesse nada disso. Será que por acaso não teríamos assunto? Será que tudo ficaria mais chato, por não sabermos sobre as tragédias de fim de ano, sobre quem foi quem, ou quem não foi? E como será que nossa vida seria se não tivéssemos que saber dessas coisas?
Acho que seria bem mais produtivo em termos de realizarmos as coisas, já pensou que se ao invés de ficar vendo o Globo repórter especial, você fosse distribuir sopas pros pobres, ou se qundo o Leão Lobo estivesse falando sobre os casos mais picantes do mundo das celebreidades, todos estivéssemos nos mobilizando contra a corrupção de todos os níveis de nossa sociedade. Como seria mais natalino no horário do Video( aliás a grafia deles é correta, porque da última vez era com acento vídeo, né?) Show toda a audiência estivesse se preparando para a maior coleta de recursos pra ajudar as vítimas de violência caseira ou de qualquer tipode violência. E ainda você que lê sua coluna social dizendo quem são os mais mais da sua cidade e quem foi quem no fim do ano do rotary club mais próximo, já pensou em saber mais sobre seus direitos no mundo, ler alguma coisa do Fernando Pessoa, Garcia Marques, ou qualquer outro cara desses que escreve realmente algo de bom. Não sei possa a ter ser uma utopia muito dessaporosa tentar mudarmos as coisas desse jeito drástico, mas será que não vale a pena? Mesmo porque se a alma não é pequena.....você já sabe.
Mas você até pode dizer que alimento pra cabeça, nunca via matar a fome de ninguém, mas acho que realmente é necessário sair desse marasmo que hoje em dia nós escolhemos viver. É preciso saber que a globalização, não é só poder assistir a tv a cabo, e que nada que se tenha feito é suficiente. Chega de saber e não fazer nada. Tá na hora e até passou dela de uma vez por todas. Vá a luta e faça algo, acima tem apenas algumas coisas que você pode fazer, e não precisa ser uma coisa pro mundo, faça na sua casa, teu bairro. Qualquer coisa vale, estamos entrando em extinção, e se nada for feito, pode se despedir da sua linda televisão e coluna social.
Como já dizia vovó, Natal tempo de reflexão, então pense e vá a luta porra............
Cuidem-se.



Escrito ouvindo:
ASTRONAUTAS (Não faço nada)
CACHORRO GRANDE (Sex experience)
CHICO SCIENCE E NAÇÃO ZUMBI (Todos estão surdos)
THE FLAMING LIPS( Do you realize?)
THE MAGIC NUMBERS (Long legs e Forever lost)


OBS: segue junto ao texto um certo número de lugares aonde você pode fazer a diferença.


www.abong.org.br
www.forumaidssp.org.br
http://copodeleite.rits.org.br/apc-aa-patriciagalvao/home/capa_portal.shtml
www.fomezero.org.br
www.moradiaecidadania.org.br
www.educapaz.org.br
www.tcc-brasil.org.br
www.transparencia.org.br
www.vivario.com
www.portaldovoluntario.org.br
www.care.org.br
www.desapareceu.org
www.mnmmr.org.br (meninos e meninas de rua)
www.amnesty.org
www.undp.org.br/unifem





09 de janeiro
Gangrena Diário ed. 7
Feliz Ano Novo??????
Antes de mais nada gostaria de me desculpar pelo atraso de duas semanas aonde estive revendo a galera, sendo paricado pelos pais, e pela cachorra. Irmão, sempre presente e tendo vitórias, é sempre bom alguém estar feliz. Por isso que se chama férias, para ficar de bobeira, por isso me permiti a ficar nesse estado. Mesmo porque provavelmente estou escrevendo pra mim mesmo.
Meu caro e destemido leitor e amável e doce leitora, comecei escrevendo essa linha interrogatória no início pois realmente eu me pergunto, será mesmo feliz o ano que chegou? Até que ponto é pra se ficar feliz com esse papo de novas esperanças, novos planos, novas novidades, mas e se as novidades forem antigas, e se as coisas apenas mudam de lugar físico e sempre serão desse ou daquele jeito? Será que essa tosse não passa nunca? Será que esse será o ano do verdadeiro amor? Será só minha cabeça, ou o Frontal * está fraco na dose?
Não sei te dizer, mas com sou otimista na maioria das vezes, acho que vale a pena lutar mesmo quando o suicídio é eminente e próximo.
Tem uma música do Morrisey, que fala assim: " Why you come here, when you know it makes things hard for me?" ( Porque você aparece aqui, sabendo que isso deixa as coisas difíceis pra mim?), e era nisso que eu estava pensando, como as coisas que são do passado se tornam reais nesse ano novo, e como elas são dolorosas na maioria das vezes, mesmo quando aquela voz te faz lembrar de momentos lindos que você passou, momentos aonde sua vida valia algo e depois de um tempo você descobre que não, mas mesmo assim, o tempo valeu a pena. Por isso estimada leitora, eu me pergunto feliz ano novo?
Pode até ser que sim, mas sempre vamos ter que curar aquelas pequenas feridas que ficam, sejam em nós, ou nas pessoas que foram feridas por nós, por isso uma das boas resoluções do novo ano, seja essa: nunca deixe nada prá trás.
Aquela palavra, os acentos, pontos e vírgulas devem ser ditos, jamais escondidos, sempre frisados (não do jeito do Marco Bianchi). E nunca deixe aquela pessoa passar por você sem saber o que você quer ou o que deseja, mesmo que pra isso, tenha-se que passar pelas famosas e tão conhecidas negativas, aquelas que traumatizam a gente por muito tempo.
Por isso se o ano será novo eu não sei, mas que eles vai ser o ano da palavra, isso vai mesmo.
E sendo assim estaremos a escrever mais durante essa semana.
Cuidem-se muito mais e cuidem uns dos outros.

* Frontal.........................medicação usada como calmante, conhecido por aí como mata leão

P.S. : não é querendo me gabar não, mas você se lembra que a edição se não me engano 2 ou 3, sobre música eu falei que a galera ia ouvir muito falar sobre a banda Mandrake, não disse. Pois bem , os caras ganharam uma votação num site de música carioca!!! Mãe Dinah, se cuida!!!!!!!!!
Ah!!! e tem mais, eu escrevi sobre uma banda que se chama The Organ......acho que foi na mesma edição, dito e feito os moderninhos de sampa estão falando pelos cotovelos sobre a banda, mas em contrapartida as outras bandas tem gente que nem sabe o que é!!!!! Pausa para os risos.
E assim vamos, acertando e errando.

Escrito ouvindo.........Horizonte distante (Los Hermanos )
I´m the Walrus ( Beatles)
Hello Goodbye ( Beatles)
Guns of Brixton (The Clash)
I feel just like a child( Devendra Banhart)
Incondicional (Los Hermanos)
Lunch for the sky ( Socratic)


18 de janeiro
Gangrena Diário Ed. 8
Tem uma cena no filme Ransom, o preço de um resgate, em que o personagem do Mel Gibson pergunta ao sequestrador de seu filho o porque dele estar sequestrando a pequena criança, pobre e indefesa. Como resposta o bandidão simplesmente fala, que é porque o Mel Gibson paga por tudo e pagaria por isso também.
Pois assim como o personagem do Mel Gibson que nós, pobres mortais e brasileiros em desenvolvimento ( afinal não é essa a denominação dada a nossa pátria ), poderíamos sentir o mesmo nesse início do ano.
Pois eu explico leitor politíco, no final do ano passado nosso brilhante e exímio pagador , o governo, anunciou que haviamos pago uma quantia de 15 bilhões para o FMI, aquele famoso fundo que mais parece um saco sem fundo de tanta grana que já levou de nosso país. Mas que maravilha, você poderia pensar, estamos quitando nossa dívida com os gordos e fétidos bancos do primeiro mundo, estamos entrando numa era de melhora, afinal com todo esse dinheiro que estamos pagando, vão acontecer mais melhorias, pois quem paga 15 bilhões de algo, tem muito mais pra pagar em coisas como saúde, educação, moradia, comida, essas coisas que quase não fazem falta.
Mas então você decobre e vê, que o governo apenas fez uma puta média com esses sangue-sugas, e que nossos hospitais apodrecem, nossos pobres mais pobres e doentes, que a dengue está voltando e que tudo está pelo hora do caos, mas você sabe, como Mel Gibson nosso herói americano o governo paga.
E não é só nosso lindo e perigoso governo que paga, temos pessoas que tem uma inteligência monetária tamanha capaz de entrar numa loja, que está posicionada num ponto maravilhoso atrás de uma pequena favela, aonde a vida é tão dura quanto todo o concreto e aço que separam o pretenso luxo do pretenso lixo, aonde as nossas senhoras feudais internéticas, acompanhadas pelos poddles cheirando a pinho, podem entrar e gastar 5.000 reais em uma bolsa que é comprada pela loja à R$ 50,00. Mas é simplesmemte uma maneira de se sobressair nessa sociedade que preza pelo quanto você tem, não pelo que você é. Afinal a revista Caras vai adorar, e o plantão das fofocas vai até fazer uma edição extraordinária, mas o mais importante é que você Mel Gibson tupiniquim paga.
Isso me leva a próxima questão, andando pelas ruas dessa maravilhosa metrópole, me deparo com uma fila gigantesca, dessas que parecem com as que se formam no sertão quando chega o caminhão pipa, ou na Somália quando o avião ou o caminhão de mantimentos vai passar, e olha que por falar em vai passar, achei até que seria um samba popular. Mas não era nada disso, era apenas a fila para se comprar o ingresso da turnê do U2, Vertigo, que pelas contas já arrecadou mais de 60 milhões de doletas pelo mundo, e nós moradores do terceiro mundo teremos o privilégio de ver. E aí que é da hora, porque meu camarada, é o U2!! Tudo bem que eles já estão velhinhos, e que os albúns não são mais uns Joshua Tree, Hattle and Run ou um Achtung baby!!!!, mas vamos lá, Vertigo é legal, tem Elevation, e ainda de sobra tem sempre os clássicos, vale a pena. Mas será que vale?
Os preços, em primeiro lugar R$ 200,00 a R$ 230,00 pra falar os mais baratos, tem ingresso de 380 reais, meu querido e faminto leitor, nem o salário mínimo atingiu esse patamar, e imagina que somos agraciados com a possibilidade de pagar meia entrada. Ahhhhhhhh, meia entrada, legal então vai ser 100 e 115 reais, agora sim ficou barato, todo mundo tem esses dinheiro nessa época do ano, afinal a inflação foi só de 7% o ano passado, a gasolina não aumenta faz quanto tempo mesmo??? Quinze dias.
O custo de vida aqui se compara sempre por baixo né????? O país tropical , abençoado por Deus e a inda por cima bonito por natureza está com a melhor distribuição de renda, não é mesmo? Todos podemos ter essa quantidade de grana, não é problema. Somos todos compradores da Daslú e andamos com nossas Mercedes por aí. Mas o que interessa, porque nós pagamos( Mel você é nosso exemplo!!!!).
Fora o fato da organização de tudo estar sendo um desrespeito a todos os fans, lugares sem preparo para distribuir os ingressos, site fora do ar, filas com todo o jeitinho brasileiro, lugares comprados, confusão, distribuição de senhas para enganar as pessoas, afinal quantas não bateram com a porta do supermercado na cara nessa terça. O Rio de Janeiro totalmente negligenciado e mal tratado com menos lugares para comprar os ingressos. mas aí eu penso, os caras que estão trazendo o show sabem o que de show? Você tem um supermercado vendendo ingresso, parece até piada. E me diz uma coisa, num país como esse Brasil, aonde se vive fodido por causa de grana, esses benfeitores públicos, como esses Dinizes e Aciolys poderiam tentar pelo menos diminuir o preço do ingresso de alguma maneira, fazendo mais shows, diminuindo a margem de lucro deles, pois ninguém venha me dizer que fazer essa palhaçada toda sairia sem lucro para eles, afinal de contas eles se preocupam com o bem estar da nação? e eu sei que nem o relógio trabalha de graça,mas pera lá!!!!!
E tem mais, será que o senhor último herói do mundo Bono " Live Aid" Vox, não poderia ter tido menos lucro com esses shows, afinal não é ele que vive defendendo os mais pobres? Será que para alguém que é milionário e vai ganhar dois milhôes seria prejudicado de ganhar apenas um?
Ele poderia parar de apenas aparecer nos Live " Fakes " da vida e fazer algo de concreto, que tal, já pensou ele além de meter o bedelho no Fome Zero ( coisa que era para nos fazermos), dizer: vamos tocar e diminuir nosso lucro em 14, 3,2,1. Ia ser demais.
Mas como sempre a gente paga e vai ser tudo In the Name of Love?
Cuidem-se e levem água pra fila.



Escrito ouvindo : Jello Biafra and The Melvins : Yuppie Cadillac
Plethismografy
Jello Biafra : Marijuana Motherfucker
Dead Kennedys: Police truck
Callifornia Ubeer Alles
MTV get off the air
To drunk to fuck
Soudgarden: My Wave
Gangrena Diário Ed 11 Eu prometi que não escreveria sobre música, mas não dá.......
Bom eu prometi a mim mesmo na semana passada, que não iria mais escrever essa semana sobre música, que iria apenas fazer alguns apontamentos sobre tormentos, coisas que se passam nesse claustrofóbico homúnculo de Penfield que tenho sobre as vérteberas cervicais, mas não deu. Uma banda me fez desistir de tudo isso.
Vamos à uma pequenina explicação, existem músicas e bandas que te fazem sair do lugar comum, mesmo você sabendo que estamos ouvindo o mesmo gênero musical. Quando vi o videoclip de Smells like teen spirit, sabia que o Nirvana tocava o bom e velho rock, mais depois daquilo também sabia que minha vida nunca mais seria a mesma. Lembro que quando ouvi os Beatles a primeira vez, quando era criança e um vizinho, Dagoberto, me mostrou um disco do pai dele que se chamava Revolver, meus caros e ouvintes leitores, nada ficou no lugar mais. Então é por isso que de tempos em tempos existem bandas como Incubus e Pearl Jam que te fazem sair do centro de gravidade.
Escrevo assim porque essa banda que quebrou minha convicção, fez isso, foi uma experiência muito boa escutar esses caras, deu pra ficar cada vez mais claro os porquês e demais razões pelas quais a música é maneira mais curativa de arte, aquela que quando você está de mal humor é só ouvir um bom som, você é capaz de escalar um prédio de tamanha alegria que esse som te faz sentir. Pois bem a banda se chama Everybody Else, e todos os outros vão ouvir e pode ter certeza, esses caras são muito bons.
Bom, Carrick Moore ( guitarra e vocal ), Mike McCormaky ( bateria e teclados ) e Natham Beale ( baixo ), cresceram nos círculos de rock independente, e cada um deles tinham projetos em outros lugares, o vocalista tocava numa banda ( Push Kings of Hatford ), onde tocou com um tal de Steve Malkmus, e para você que já se pergunta quem é esse cara com nome estranho eu
já te respondo. Para quem não sabe o Steve Malkmus foi líder de uma das primeiras ditas bandas independentes e mais bacanas que já existiu, o Pavement, se você conseguir algum som deles por aí na galáxia não hesite em ouvir, é muito bom. O cara também já veio tocar no Brasil em 2004 se estou bem de memória.
Pois bem o baixista do Everybody Else também tocava em outra banda o Mood for Moderns de Detroit ( a rock city do Kiss ), e o batera Mike tocava numa banda mais underground ainda que se chamava Waking Hours. Pois bem esses caras fizeram alguns shows juntos com essas bandas todas e ainda por coincidência Natham e Carrick se mudaram para a Califórnia ao mesmo tempo. Com o fim das bandas antigas os caras se juntaram e começaram um som juntos. Ainda bem, para os nossos ouvidos.
Os caras gostam de r&b das antigas, pop antigão e soul, mas não perderam tempo em ficar apenas com referências antigas e datadas, adicionaram aquela coisa de nerd no rock, mistura de ritmos antigos com rock de primeira. Para começar, depois da primeira audição das músicas desses caras você fica com elas grudadas na cabeça e não vai sair mais. Elas ficam lá, causando a maior confusão no cérebro. Os riffs de guitarra , além de serem muito simples até, te pegam de jeito e não tem como seu pé não bater no ritmo da bateria, que é puxada pro pop chiclete mas é contaginante. Baixo marcador e bem tocado. Com um tecladinho aqui e acolá, muitas das músicas parecem até que vão ser um eletrônico, e coisa e tal. Mas não você já tem aquela guitarra que te sequestra e fim de jogo, você já está cantando junto. Músicas como Born to do e Meat market, são simplesmente de uma veia balançante matadora, mas sem perder o rock como linha de frente. Sabe aquelas bandas de rock que fazem as meninas dançarem a noite toda, pois bem o Everybody Else é dessas. E convenhamos que nada melhor que festinha aonde as meninas dançam rock, sonho de uma noite de verão é fichinha.
Bom e agora, para você tecnológico e xiita leitor que acha que eu só escrevo sobre rock, mas uma vez vou ser obrigado a fazer todos vocês como dizia minha vó, cairem do cavalo. Hoje vamos deixar claro que sim existe música inteligente na música eletrônica.
Como admirador do rock, sempre tive um pouco de nariz torcido com a músico eletrônica, confesso sim, já fui um xiita que quando entrava numa danceteria ficava injuriado, tirava sarro das letras e das versões ridículas de Rock and Roll all Nite do Kiss que esses caras faziam. Hoje em dia eu continuo fazendo a mesma coisa, mas sabendo que há sim vida inteligente nos computadores. E olha que eu não estou nem falando dos queridinhos dos Chemical Brothers ou do Fatboy Slim. Bandas como Out Hud, Audio Bullys, Groove Armada, são muito boas, aliás poucas coisas que eu escuto de eletrônico.
Pois bem, para se juntar à esse seleto grupo de boas batidas está essa banda, o Lismore. Penelope Trappes nos vocais e sintetizadores. Faço uma pausa rápida pra dizer que nunca uma voz feminina se encaixou tão bem num gênero de música como a dela no eletrônico. Pronto, pausa feita. Stephen Hindman nas guitarras, violões e programações, Ingrid Dahl no baixo e Damon Gray na batera. Essa é a formação desses caras que se formaram em 2003 na cidade de Jersey. Penelope e Sthepen que já era respeitado na cena drum and bass como DJ Kingsize, se juntaram e passaram esse ano experimentando e tentando novas direções na música eletrônica. Fizeram o albúm We could connect or we could not, e posso te afirmar, eles conseguiram.
batidas que são precisas e todos os sintetizadores trabalhando a favor, as colagens e samplers dos caras não são gratuitos e estão em perfeita sincronia. A voz de Penelope se encaixa como uma luva e sua voz é muito bonita mesmo. Nada de gritos ou tchibuns tchibuns, tudo é bem recortado e colado, perfeição em control C e control V. E eles se dão bem tanto nas máquinas, quanto nos instrumentos, as músicas aonde a bateria e o baixo são acompanhados pelas guitarrinhas são demais também, como por exemplo This time que gruda no teu ouvido em milésimos de segundos. Encontro perfeito entre baixo, bateria, guitarra e computador. se todo mundo que fizesse música eletrônica fosse assim, eu tiraria menos sarro nas danceterias.


Notas pro fim:
Bom parece redundância, mas olha nós de novo marcando, aquela banda Mandrake está de videoclip na MTV, e antes você leu aqui .
Outra banda que está dando o que falar são as meninas do The Organ, eleita a próxima grande banda de 2006 por caras como os Kaiser Chiefs e você também viu aqui.
Em compensação The Pipettes e Voxtrot ninguém sabe quem são, ou seja, continuamos acertando e errando na mesma proporção, o que é bom.
Você conseguiu comprar ingresso do U2? Nem ninguém, agora as linhas telefônicas parecem não estarem funcionando direito ( pra quem ainda não sabe, agora os ingressos são vendidos apenas por telefone ), por isso continuamos a campanha FODA-SE O BONO E BOICOTEM O PÃO DE AÇÚCAR.
Shows bons para esse começo de ano : The Misfits e Carlos Santana.
Discos bons para esse começo de ano: First Impressions on Earth dos Strokes.
Funeral do Aracade of Fire
The Magic Numbers, dos próprios ( se você tiver a sorte de ter comprar ou baixar esse disco, você vai se apaixonar pela banda)
Futura da Nação Zumbi, simplesmente fodasso.

Escrito ouvindo Everybody Else : Meat market
Born to do
Rich Girls Poor girls
In memoriam
Lismore : This time
Tremolo
Come undone




09 de março
Gangrena Diário Ed. 14 Bandas quase muito conhecidas
Hoje finalmente depois da crise de abstinência de duas semanas vamos à mais algumas bandinhas bacanas, dessa vez coisas que vocês letrados leitores já conhecem, se não devem conhecer.
Vamos começar com uma banda que conheci por causa da televisão. É sério, talvez a tevê sirva pra alguma coisa no fim das contas.
Kasabian, esse nome esquisito, que tem vem da Armênia (Kasabian é um sobrenome armeno). E tem uma história muito bizarra. Você por acaso gostava de Guns and Roses, deve lembrar que o Axl Rose não tirava uma camiseta que tinha um cidadão com cara de psicopata ( se não me engano era uma camiseta preta). Pois bem esse cara era o tal de Charles Manson, fundador de uma seita nos EUA, aliás eta país pra ter psicopata, que segundo ele era baseada na música Helter Skelter dos Beatles (se você quiser saber mais sobre esse louco é só assistir o filme do mesmo nome da música citada ), e esse cara que podia ser seu vizinho convenceu uma grande quantidade de jovens a segui-lo, e além disso eles assassinaram a mulher do diretor de cinema Romam Polanski ( O bebê de Rosemary ), a atriz Sharon Tate, mais alguns amigos que estavam na casa com ela aquele dia.Fazendo apenas um parentêses, um dos caras do rock que chegaram a ter amizade com o tal do Manson, foi o Brian Wilson dos Beach Boys, na época que ele estava mais loucão possível.
Então meu curioso leitor, você vai me perguntar que raios de ligação tem o nome da banda com esse doido varrido. Calma, já explico. Uma das meninas que ele arrebatou para sua seita era uma tal de Linda KASABIAN ( ahhhhh!!!! agora sim!!!), e ela estava no carro quando os assassinatos foram executados. Algum tempo depois essa mesma menina foi resposável pela condenação desse cara. Dito isso vamos a banda.
Os caras são inglses, apesar dessa zona internacional no nome, são divididos assim: Tom Meigham nos vocais, Serge Pizzono, guitarra e sintetizadores, Chriss Karllof, mais guitarras, baixo, sintetizadores e orgão, por fim Christopher Edwards no baixo. detalhe que você não viu nenhum baterista, né. Mas nem precisa, os caras fazem uma fusão de eletrônico, com guitarras do rock independente, mas não caem muito pro lado da eletrônica, apesar da comparação com outra banda seminal do gênero, o Primal Scream, ser a referência mais punjante no som dos caras.Nada de ruim nisso, eles bebem na fonte dos beats e se dão bem. As guitarras às vezes rasgando e às vezes econômicas, dando lugar aos sintetizadores e baixo dão a medida certa pra chacoalhar qualquer esqueleto.O mais engraçado que no começo( em 2003/4 ) eles colocaram suas músicas em trilhas sonoras de video-games, prova disso são músicas como Ovary Trip ( vê se isso é nome!!!!!), que poderiam ser trilha de qualquer filme independente que você conhece. mas não fica só nisso, Lost Souls Forever, começa como se fosse um rap e depois disso você é obrigado a estalar os dedos, se tudo isso não der certo, na hora do refrão vai grudar que nem chiclete, aí meu amigo e amiga já era, pode gritar helter skelter com certeza.A voz de Tom é meio anasalada e aguda e se encaixa perfeitamente no som dos caras, sem ser sacral. Vale a pena ficar na espera pois parece que há um rumorzinho que eles viriam ao Brasil, tomara que não seja pra abrir o show do Oasis, pois eles estavam abrindo os shows dos caras por lá em 2005. Uma boa dica é correr comprar o cd dos caras que é o único por enquanto, afinal eles estão lançando um ao vivo ( que dá pra baixar pelo site dos caras www.kasabian.co.uk). Som de primeira.
Nossa outra banda de hoje tem um nome mais fácil,o Snow Patrol. Os patrulheiros da neve, se conheceram em 1997, Gary Lightbody (guitarras e vocais), Mark MacCleland (baixo ) e John Quinn (bateria), formaram o embrião da banda, que na verdade não tinha esse nome. O nome de início dos caras seria Polar Bear, mas uma treta com o baixista do Jane´s Addiction os fez perder o nome, não se fazendo de rogrados o primeiro trabalho dos caras se chamou Song for the polar bears ( cinismo tipicamente escocês!!!!!).
E assim nasceu o Snow Patrol, com o som baseado em todas as bandas independentes que haviam por aí, a banda já disse que Pixies, Nirvana, Soudgarden são algumas das suas influências. O album de estréia saiu pela Jepster, uma gravadora mais que independente, lar de outra famosa indie Belle e Sebastian, e mostrava os caras um pouco mais melancólicos, guitarras sim haviam por ali, mas tudo meio triste.
Com a entrada de mais um guitarrista na banda, Richard Coulburn, sai o segundo albúm, When it´s all over we still have to clean up, e aí os caras soltaram vazão de vez as guitarras e surgiram até uns orgãozinhos e pianos pelo caminho.
Os caras fazem um rockão cheio de energia mesmo, não tem como você ouvir Spitting games e não bater o pé e fazer um air guitar, do mesmo jeito que não tem como achar hilária a versão que os caras fizeram pra música da Byoncé ( Crazy in Love), tão rock quanto a versão de Smooth Criminal que o Alien Ant Farm fez pra música de Michel Jackson. Boas batidas, aquele famoso baixo, tudo bem encaixado e fazendo equilíbrio com baladas lindas como Batten down the hatch. Tudo lá prontinho e extremamente agradável aos ouvidos mais exigentes.
Pra quem não conhece nada dos caras o disco mais recente Final Straw vale a pena, e foi ele que catapultou os caras pras luzes.





Notas pro fim: Se você estava afim de ouvir Cosmic Girl, When you gonna learn, pode tirar o cavalo da chuva, não tem mais ingressos pro Jamiroquai.
Em compensação, não deixe de ir no Campari Rock, arrume sua barraca que no melhor estilo Woodstock, Atibaia vai receber, Valverdes, Ira, Nação Zumbi e os tãos esperados Supergrass, estamos lá......
Pearl jam deu as caras, Worldwide Suicide, já dá pra baixar de graça no site dos caras www.pearljam.com, porrada na orelha, letra do Eddie Vedder e música do Stone Gossard, demais.
Não dá pra parar de ouvir os mais queridinhos dos queridinhos dos jornais britânicos The Artic Monkeys, oa caras são bons mesmo.
E por falar em suicídio saiu no mercado o cd do Seu Jorge com versões das músicas do David Bowie, vi as letras.....parem o mundo quero descer!!!!!!!!




Escrito escutando : Kasabian Processed beats
LSF
Reason is treason
Club Foot
Ovary trip
ID
Test transmission
Snow Patrol: Crazy in love
Spitting games
Chocolate
Batten down the hatch
The blowers daughter.
14 de março
Gangrena Diário Ed 15 Tempo de despertar
Resolvi pegar emprestado a tradução do título do Robert de Niro porque se encaixava exatamente naquilo que eu gostaria de dizer como conclusão disso que escrevo nessa fria madrugada. Afinal frio e Placebo ( boa banda essa viu!!!), combina bem demais.
Bom já disse que está tudo explodindo mesmo, já dizia os Mutantes, mas algumas coisas me deixam realmente intrigado com a naturaza dos homens.
Vejo que pelas capas de revistas dessa semana tudo continua igual no front mesmo, mulheres sendo ainda espancadas por seres, será que uma pessoa que espanca outra deve ser chamada de ser?
Mas essa discussão fica pra mais tarde, os termos não interessam, talvez nenhum termo seja suficiente exato para descrever como esse tipo de coisa é sem racionalidade nenhuma.
Mas qual é violência maior, aquela que entra na reportagem, ou aquela que a própria violentada faz quando não consegue se afastar de seu agressor?
Uma vez uma pessoa disse que o problema de bater nas mulher é que se ela gostar você vai ter que bater sempre, no momento achei a coisa mais sexista e machista do mundo, mas hoje de vez em quando penso se não é isso uma verdade.
Conheço algumas histórias de meninas que apanham dos namorados e não conseguem larga-los, achando talvez não sei o que, tentando salvar algo que já está podre por dentro, pois acho que a violência é o último grau da falta de respeito e gentileza. pessoas que tem altos graus de baixa estima a ponto de achar que jamais conseguiram ser felizes com outros homens a não ser que estes as espanquem ou as maltratem. O amor não é cego, cega é a vontade de ficar sempre na mesma, de não conseguir sair da lama. Já dizia Chico " um passo a frente e você não está mais no mesmo lugar ". Já que quando a gente encontra dois caminhos, devemos sempre ir por aquele que nunca foi trilhado, que tal nesses tempos de Bushes, Ladens e Valérios, porque não ir pelo caminho da gentileza e afeição. Porque não dar um basta nisso tudo.
Não dá pra entender certas coisas, as meninas mais legais com os caras mais malas, as meninas mais lindas com os mais babacas e as mais inteligentes com os mais violentos.
Mas um dia a coragem vai tomar conta de todos e estes caras vão pagar. Chegará o dia que todo o tipo de violência será banida, e voltará a ser considerada como crime contra a humanidade. Mulheres não tenham mais medo, apontem , mostrem a cara de seus agressoares. Não deixem mais o medo ou a falta de amor tirarem de vocês o bem mais precioso, a beleza de vocês serem os seres mais abençoados e lindos dessa terra. Nunca deixem um patético ser machista e acéfalo tirar de tudo isso , a alegria e o amor.
E por favor homens, comecem a cultivar a gentileza como se fosse seus bíceps, usem a força da alma para as coisas maravilhosas que podemos criar. Sejam homens e parem com essa merda toda de se acharem os reprodutores ideais moldados pelos leg presses da vida. Parem antes que seja tarde e vocês se peguem sozinhos, porque conseguiram espancar e acabar com toda a beleza das mulheres e do mundo. Já imaginaram vocês todos reis da testoterona sozinhos no mundo, sem as mulheres, ah isso até parece filme gay né??? Pois bem então sejam homens e parem de vez de bater em mulheres. Cultivem a educação e a boa vontade, não apenas com elas, mas com todos os seres humanos ou animais. Viva a gentileza!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




Escrito escutando : Placebo Turn me on
Sonic Youth Unwind
Led Zeppelin CODA
Beck Guero
Pavement Heaven it´s a truck

















29 de março
Gangrena Diário Ed. 17 Chega de choro e aumenta esse som
Após as semanas de revolta e constatações de que esse mundo vai mesmo acabar, voltemos aquilo que nos faz ter as mais diferentes formas de sentimento e que nos move sempre de uma maneira ou de outra. Aquilo que na minha modesta opinião é a melhor e mais curativa forma de arte, a música.
Hoje vamos falar de coisas completamente diferentes, uma banda mais progressiva, uma mais rock e um fenômeno da internet ( mas fiquem todos calmos leitores críticos, não é o Artic Monkeys ).
Hoje a gente começa com uns caras que vieram do Texas, e isso prova graças à deus, que nesse estado americano não existe apenas aquele escroto do George Bush. Existem coisas muito boas.
Prova disso é essa banda, o The Secret Machines, iniciaram essa loucura todo em julho de 2000. Brandom e Benjamin Curtis ( os irmãos, respectivamente baixo, orgão, vocais e guitarra mais a voz principal ), juntaram-se à Josh Garza na batera e começaram a tocar em bandas experimentais tais como UFOFU e Captain Audio, mas depois de um tempo resolveram que era chegada a hora de voarem apenas os três, ainda bem.
De Dallas para o Brooklyn foi um pulo e aí começaram a trabalhar nas suas novas músicas. Assinaram com a Reprise e daí saiu o primeiro trabalho Now here is nowhere, apesar do nome cabeça, a banda agradou bastante e agora sai o novo disco The silver drops.
Esse trabalho foi produzido por Allan Moulder, que trabalhou com pessoas " quase nada " conhecidas como Nine Inch Nails, Smashing Pumpkins entre alguns, e mostra a banda mais firme nas posições à respeito do seu som, o vocal da banda já declarou que ele gosta de pensar na música como se a pessoa que escuta o som fique afogada nele, ou seja que realmente passe tempo dentro desse mundo de notas. E eles conseguem, algumas músicas desse novo trabalho tem mais de seis minutos e uma tem onze, ou seja, é pra cair sem bóia.
O som dos caras é, e não dá pra fugir dessa palavra, progressivo. Mas não é aquela coisa das viajens do The Mars Volta, é um som viajandão mais na medida pra não achar que você foi teletransportado para Jupiter. A bateria faz a diferença quando bem tocada e nesse caso ela é muito bem tocada. Não se achará passagens mirabolantes ou repiques e acepipes tirados de um Neil Peart, mas você verá que a diferença é feita. Seca com marcação bem feita pelos pratos e ponto. Arrebata.
Distorção, guitarras com efeitos e riffs que caberiam em qualquer filme sobre psicodelia. Os irmãos fazem das cordas as melhores coisas do disco, é lógico que você vai me dizer que o baixo marca muito a música e não tem aquele malabarismo com os dedos, mas se você entrar na viajem do som, vai ver que é desconcertante as passagens. Dá pra se hipnotizar, escute com as luzes apagadas da casa e sinta-se em casa, se for de cor verde e tiver duas anteninhas na cabeça. As letras também rolam aquela viajem toda, solidão, drogas, possibilidades matemáticas, boas histórias contadas pelos caras (uma das músicas se chama Sozinho, ciumento e chapado ), seja bem vindo as linhas interplanetárias sonoras.
Como sempre e acabo dizendo apenas para vocês confidentes leitores, vamos a mais uma e graças à deus banda de meninas. Apenas um porém, o rock é realmente um gênero musical que fica realmente divino na voz feminina. Os exemplo são muitos, Janis Joplin, Chrissie Hynde, Pj Harvey, e por aí afora. E essas meninas não deixam pedra sobre pedra. Vamos a algumas informações delas por elas mesmas, ficam numa casa escura o dia todo, sorriem algumas vezes, sentam-se sobre pilhas de ropuas e discos e gostam de bolo.
Elas são o The Like, formado pelas amigas Z Berg ( vocal e guitarra ), Charlotte Froom no baixo e Tennessee Thomas na batera. Começaram em 2001 em Los Angeles e ensaios e mais ensaios, músicas escritas começaram a fazer um barulhinho na cena local. Nos três anos seguintes elas independentemente lançaram 3 EPs ( I like The Like, The Like e Like or not ), aliás os eps eram vendidos pela internet e em shows. Outro parrenteses aqui é que realmente hoje ninguém mais negará a ajuda da net pra qualquer banda que começa ou está na ativa, prova disso é que já faz uma cara que o Pearl Jam usa a net como ferramente pra tudo. Mas voltando as meninas, esse ano saiu o album de estréia, Are you thinking what I thinking?, pela Geffen, aquela do Nirvana, lembra?
Pois bem não é que você não consegue parar de escutar as meninas de maneira nenhuma. As guitarras de Berg te capturam logo no primeiro riff de June Gloom e a bateria dá o ritimo certo e rápido pra essa música. O baixo de Charlotte segue a linha dos vocais, mas sempre num crescente dando o ritmo da canção. As letras falam sobre muitas das impressões que as meninas tem de tudo que se passa com elas, o que pode ser uma canção sobre as indissocrassias do amor ( You bring me down ) ou sobre uma ponte que não tinha sido terminada ( Bridge to nowhere ). e os vocais de berg são simplesmente marcantes demais pra se passarem desapercebidos, mesclando uma voz forte e ragada com uma suavidade de chorar ( Too late ) ela é verdaderamente uma cantora. O cd vai te lembrar um pouco Magic Numbers, mas um pouco mais pegado, e mesmo assim elas são muito boas. Nada mal para elas que realmente são meninas, a média de idade delas é 18 aninhos. Deus salve as mulheres no rock.
E por último, mas jamais a menos importante, uma banda que com toda a certeza vocês vão ouvir muito e como os Artic Monkeys usou a internet para se espalhar e deu muito certo. Eles são o quinteto da Filadélfia Clap Your Hands And Say Yeah, é é esse nome comprido e esquisitão mesmo. Aliás, uma boa regrinha pro rock é que quando o nome da banda é esquisitão e diferente, pode ter certeza que dá um belo caldo.
Bom quando você ouvir os caras pela primeira vez a primeira coisa que você vai pensar é que os Talking Heads voltaram, o timbre do vocalista é igual ao do David Byrne, e até quando desafina o cara é parecido. Mas não é uma cópia, o cara consegue entrar sempre no felling da canção e dá sempre a ela uma particularidade. A formação do quinteto ainda para esse que vos escreve é meio desconhecida ( no site dos caras não tem o que cada um toca ), mas o que dá pra perceber é que esses caras fazem um rock pra chacoalhar o esqueleto, quase todas as canções dá pra bater o pé e algumas fazem você dançar sozinho. As guitarras tem quase nada de distorção e são sempre no contexto dançante da música. Baixo marcando e afinal é sempre ele que te faz bater o pé. Existe uma particularidade no som dos caras, eles fazem uso dos teclados para além de dar o clima da músic, forma o elemento da psicodelia do som, junte-se á isso uns xilofones aqui e ali e você não consegue mais parar de ouvir. bateria bem tocada e acertada com a cozinha dançante dos caras. Letras engraçadas ( Gimme some salt ) fazem dos caras uma das melhores pedidas sonoras de 2006, corra atrás, na net ou em qualquer lugar, os caras são bons e vieram pra ficar.


19 de abril
Gangrena Diário Ed. 18 Lastfm e vícios
É incrível o quanto, ah me desculpem todos, antes de mais nada uma boa noite à todos as leitoras e leitores dessa pequena misciva semanal, que nessa última semana ficou fora do ar. Mas tudo tem uma explicação, e foi por causa do Campari Rock, na semana passada fui ao festival e fiquei pensando em escrever algo, que pelo seu entendimento não foi concretizado. Mas no próximo post será feito. Nesse como sempre vamos de mais bandas boas.
E como minha cabeça prega-me peças às vezes, acaba de fazer isso novamente . Esqueci de mencionar que essa coluna está sendo publicada na minha página no Lastfm ( www.lastfm.com ), estou com uma rádio pessoal e os posts do Gangrena serão à partir dessa semana colocados lá, pelo menos os que tiverem a ver com música. Não deixe de ouvir a rádio, modéstia à parte está do caralho (desculpa o palavrão).
Bom, agora colocados os pingos nos is, vamos as batatas. É incrível como fiquei dependente desse lance de música pela internet. Hoje posso dizer que tenho uma vida dupla, calma sacana leitor, não tem nada de bobagem nisso. Durante o dia sou fisioterapeuta. Quebrados, amputados, pós-operados são minha companhia e sustento. Suporte para todas as suas agruras, medos e vontades. Carga de energia sempre pela metade.
Mas durante à noite, minha vida toma o rumo desse cabo fininho e viajo através dos continentes elétricos para achar a melhor nota, saber qual o riff que mexe mais com a minha orelha virtual. Como Neo tenho duas vidas completamente diferentes. mas ainda nada de Morfeu e o pior a minha Trinity, pelo visto anda meio longe. Parece estar na " Hungria ", pelo menos assim se designa. mas isso é outra história.
Bom esse vício maravilhoso sobre música me fez deparar com um elefante. É isso mesmo, a banda se chama Elefant, caras de Nova York desse quarteto formado por, Diego Garcia nos vocais, Kevin MacAdams na batera, Jeff James no baixo e Mod nas guitarras. Se você escutar assim de primeira você vai achar que os caras são simplesmente um pop e mais nada. Mas , como tudo nessa vida necessita de uma visão mais ampla, escute pela segunda vez. Aí as coisas ficam mais claras A bateria seca vai te lembrar um pouco nosso Fabi Moretti, dos Strokes no primeiro disco, e sendo os caras da mesma cidade eles devem ter ouvido muito Is this it?. Mesmo porque o primeiro disco do Elefant é de 2003 ( Sunlight makes me paranoid, nome bacana. né? ), mas não pense que você está diante de uma cópia barata, os caras são mais originais que isso. As guitarras variam bem do peso ( Lolita ), para riffs mais suingados ( Bookie ), e voltando a bateria ela faz uma cozinha perfeita para se dançar rock. Baixo marcadão no melhor estilo nova iorquino de ser. Boas mudanças de melodia fazem com que a gente se lembre não só dos Strokes, mas também de Cure e até mesmo Talking Heads( Ester ). Alguma psicodelia bem leve em coisas como Uh Oh Hello. fazem desse quarteto que está no segundo disco ( Black Magic Show ) uma excelente pedida pra esses dias de frio em Sampa. E não se deixe enganar pelo visual dos caras, ele é mais pesado que o som.
E por falar em peso, tá aí uma banda que você não sabe se é mais folk do que rock, mais balada que peso, mais Los Hermanos que Led Zeppelin, mas o som dos caras é bom.
Estou falando do The Zutons, essa banda inglesa ( meu Deus mais uma!!!!! ), afinal de contas hoje em dia quase não temos uma british invasion por semana. Mas essa banda sai do padrão britânico de tocar rock. Primeiro, porque essa banda tem uma saxofonista Abi Harding, acompanhada por Boyan Chowdhubry na guitarra, David Macbe na outra guitarra e vocal, Russel Pritchard no baixo e Sean Payne na batera, os caras fazem um som mais pesado que o pop tradicional. Com solinhos de sax que são matadores, letras um pouquinho deprês ( Why won´t you give me your love? ), mas numa levada que não é nada baladinha. Músicas que tem algo daquelas bandas que tocavam nos bailes dos anos 60, mas sempre com um pé num ritmo mais acelerado. A banda que foi formado em 2004 e após o primeiro disco eles excursionaram com os The Killers, e daí pra frente foi só alegria.
A banda realmente é boa, canções que podem falar de um porre pelo pai morto até saudades de uma garota encontrada numa turnê. Mas sempre fazendo um belo som. As guitarras não são pesadas, puxam mais para o pop mesmo, mas elas estão longe chatinhas como muitas vezes as bandas inglesas ( vide Babeshambles). Belas canções como Confusion garantem que você vire fan dessa banda inglesa.
Bom e por fim, mas nada descartável é esse quinteto americano, o Pretty Girls Make Graves (esse nome é muito bom), com Andrea Zollo nos vocais principais, seguida pelo time de músicos Nick Dewitt, Leona Marrs, Jason Clark e Derek Fudesco (é esse o nome mesmo ), fazem um som de fodesco mesmo.
A banda que está lançando seu segundo albúm agora em abril (dia 11) com o nome de Elan Vital, mostra que é realmente um diferencial nesses tempos. Já no primeiro albúm de 2005 ( The new romance ), a banda já dizia que veio para chacoalhar a cena. Muitas guitarras pesadas e músicas que colocam um sorriso na tua cara, mas sempre mais puxado para o peso dos anos 90. As músicas começavam com um andamento e sempre terminavam com um outro mais rápido e com mais pegada no baixo e a bateria fazendo estripulias maravilhosas. E nesse albúm novo eles estão mais viajandões, com a adição da tecladista Leona Marrs. As músicas tem uma pegada mais pop, mas não deixam de dar curvas no teu cérebro. Coisas como Pyrite Pedestal te fazem lembrar que realmente músicas podem fazer a diferença mesmo. Os vocais de Andrea são fortes mais sem gritaria, e as levadas da guitarra são bem diferentes durante o andar das músicas. Parece um Mars Volta mais devagar, mas é muito bom tanto quanto os caras do Mars. Esse disco novo parece aquelas coisas mais viajandonas dos anos 70 mas sempre com o peso na medida. Não dá pra falar que eles são pop, essa é uma banda genuinamente rock.E como são.




Notas pro fim:

Campari Rock, vamos resumir em poucas palavras cada coisa que se viu.
a) As bandas independentes novas com Ludovic e Walverdes são realmente boas promessas.
b) Cachorro Grande é muito foda, os caras detonam tudo. Grande show muito melhor que coisas ridículas como os hypiados Kings Of Leon no Tim Festival o ano passado.
c) Mission of Burma, fiquei chapado. Os tiozinhos são mais que distorção, eles são feitos dela. Porradaria e mais porradaria, de boa na metade do show não dava mais pra ficar perto dos falantes.
d) Nação Zumbi, o melhor show disparado. Outro dia eu li uma crítica de um cara que eu admiro muito o Alvaro Pereira dizendo que não captava o som da Nação, olha caro Álvaro longe de mim te ensinar alguma coisa, afinal acho esse cara um dos mais esclarecidos no quesito música. mas a coisa é assim: tambores tribais com guitarra distorcida. Letras com e sem sentido adicionado o grau de tecnologia certa. Balanço pra chacoalhar bastante dentro e fora da taba. Fez até cair chuva depois. Coisa nova que faz tempo que a música brasileira não tem. Entendeu caro Alvaro.
e)o Ira foi sofrível, nema puxada de saco nos caras do Garagem ajudou o Nasi, alguns hits, uma coisa boa aqui e alí. Mas foi a hora de comprar mais água.
f) O Supergrass, não poderia ser diferente, os caras são bons mesmo, várias conhecidas e som na medida pra fazer qualquer pessoa saber o que é rock de verdade. E foi isso.
Ah antes que eu me esqueça, viva Atibaia a cidade dos anjos.


Bom a temporada de shows nos EUA vai começar, o pessoal está animado, afinal tem Madonna, Red Hot Chilli Peppers, Bruce Springsteen, Pearl Jam e outros. Mas enquanto as estrelas colocam os preços dos ingresso entre 250 a 500 doláres, o Pearl Jam e antes que vocês digam que esses caras não são famosos eles já venderam mais de 30 milhões de discos. Pois bem os caras do PJ colocaram seu ingresso a 50. Por essas e outras e outras Eddie Vedder para presidente.

Cuidem-se.....................






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