31 maio 2009

GD 45.....FANTASMAS DO PASSADO.......A SAGA DOS DISCOS ESQUECIDOS CAPÍTULO I


Você já teve a impressão de que por mais que a gente fuja, as coisas que vivemos no passado sempre voltam para assombrar. E não tem muita coisa a ver com karma ruim ou bom, é perseguição mesmo. Quando achamos que estamos livres de uma memória que nos incomoda e nos faz um pouco mais tristes do que realmente somos, lá está ela à mostrar seu sorriso amarelo e a nos dizer o quanto está viva. Nem Eddie vedder cantarolava "I´m still alive....", com tanta força.....
Acho que é isso que se passou na cabeça de Roger Waters ao escrever a maioria (todas na verdade) das músicas desse disco.........THE FINAL CUT, de 1983. O último disco do Pink Floyd como banda, não tinha nada para ser um disco com final feliz. A banda estava se atracando desde 1975 e no início dos 80 já não se aguentava mais, tanto que na contra capa do disco há uma nota que diz que a obra é de Roger Waters, executada pelo Pink Floyd. Os admiradores do Gilmour vão dizer que a megalomania de Waters atingia picos maiores que os da Globo, mas uma coisa não dá para negar, Final Cut é um baita disco.
Para começar todo o disco é tomado por uma aura de desespero que deixa The Wall parecendo um conto de fadas, e olha que haja psicologia para poder entender todos os traumas que o disco de 1979 trazia. Mas o clima denso que corre por exemplo pelas faixas Paranoid Eyes (apesar da linda melodia) e Your Possible Pastes é de cortar a espinha.
O disco tem como tema a homenagem final de Waters ao seu pai Eric Fletchers Waters, que lutou na Segunda Guerra e se The Wall falava sobre o trauma de perder o pai entre todos os outros, esse disco traz toda a revolta depois dos tempos de choro. The Fletcher Memorial Home, Not Now John (talvez deliberadamente a música mais pop do Pink Floyd nessa fase), são respectivamente críticas ferrenhas aos governantes (Waters criticava abertamente a Inglaterra pela Guerra das Malvinas) e ao capitalismo. O disco foi desenganado por todos, a crítica o recebeu como um trabalho pequeno, os fans que estavam sedentos por mais carne depois da crucificação de Waters em The Wall, ficaram se sentindo enganados e até hoje qualquer fã ferrenho vai dizer que esse disco é pequeno dentro da obra. Mas talvez todo mundo tenha se esquecido de como é desconcertante escutar esse disco. Desde as primeiras notas de The Post War Dream até as últimas de Two Suns In The Sunset, a apocalíptica faixa que profere o fim do mundo num holocausto nuclear, é impossível não sentir aquele gosto amargo de claustrofobia, aquela sensação de que você está sem saída. Todas as faixas são de uma melancolia tocante, mas que não faz do disco triste muito menos uma choraderira sem fim. Apesar de todas as brigas (que acabaram em um tribunal pela posse da banda...), tanto David Gilmour como Nick Mason (Richard Wright foi despedido por Waters depois de The Wall), estão em excelente forma. Aliás a bateria de Mason mesmo não tendo as famosa viradas de Live At Pompei ou Middle são precisas como uma Hattori Hanzo e Gilmour, apesar de cantar apenas uma música definia definitivamente como sua guitarra seria importante por todo o resto da história do Pink Floyd.
Os críticos e fans sempre disseram que este foi o primeiro trabalho solo de Waters, eu não acho.
The Final Cut é na verdade um documento desesperado de uma banda que estava morta desde que tinha voltado da guerra. Como um soldado, cheia de conflitos internos e despedaçando-se, a única diferença é que isto foi feito na cara de todo um público, na forma de maravilhosas canções.


Notas e citações......
As pequenas faixas de tecido colorido da capa são condecorações de guerra. As distinções são quatro. A maior, branca com listras roxas inclinadas é ganha por atos de coragem e valor em combatentes aéreos. A dourada (com listras preta, vermelha e azul) bem como a verde (com listras preta e vermelha) são ganhas por tempo de serviço. A outra dourada (com listras vermelha, azul e preta) é ganha por serviços prestados na África. São todas medalhas da Segunda Guerra Mundial.


“Bem, isto foi sempre o meu objectivo durante anos, ou seja sempre foi um dos meus objectivos, que tudo o que se fizesse, fosse equilibrado. Disse-o centenas de vezes até chatear – o que conta é o equilíbrio entre as palavras e a música, e eu penso que foi isso que se perdeu em “The final cut”.
- David Gilmour, à Rádio Australiana em Fevereiro de 1988

"Foi uma tristeza fazer “The final cut”, mesmo tendo-o ouvido depois e gostado de grande parte, não gosto da maneira como cantei. Consegue-se perceber a tensão louca por todo o álbum. Se tentas expressar algo e não consegues fazê-lo por estares tão nervoso... Foi uma época terrível. Nós discutíamos como cães e gatos, começando a perceber ou antes a aceitar que não havia banda. Na verdade estava a ser-nos imposto que nós não éramos uma banda, e que não o éramos há já muito tempo, pelo menos desde 1975, quando fizemos Wish you were here. Mesmo nessa altura havia grande desacordo sobre o conteúdo e sobre como fazer o álbum [...] Venderam-se 3 milhões de cópias, o que nem era muito para os Pink Floyd, e como consequência David Gilmour disse: “Aí está, eu sabia que ele estava a fazer tudo errado”. Mas é absolutamente ridículo julgar um álbum apenas pelo número de vendas. Se vamos usar as vendas como único critério, isso faz de Grease um álbum melhor que Graceland".

Roger Waters, Junho de 1987, a Chris Salewicz


Faixas:

No álbum original

  1. "The Post War Dream" - 3:02
  2. "Your Possible Pasts" - 4:22
  3. "One of the Few" - 1:23
  4. "The Hero's Return" - 2:56
  5. "The Gunner's Dream" - 5:07
  6. "Paranoid Eyes" - 3:40
  7. "Get Your Filthy Hands Off My Desert" - 1:19
  8. "The Fletcher Memorial Home" - 4:11
  9. "Southampton Dock" - 2:13
  10. "The Final Cut" - 4:46
  11. "Not Now John" - 5:01
  12. "Two Suns in the Sunset" - 5:14
OBS: na reedição em 2004, acrecentou-se a música When The Tigers Broke Free, que aparecia no filme The Wall.


Ficha Técnica:

The Final Cut (1983).
Gravado entre julho e dezembro de 1982.
Produção: Roger Waters, Michel Kamen, James Guthrie
A banda: David Gilmour (guitarras e vocal em Not Now John);
Roger Waters (baixo e vocais);
Nick Mason (bateria).

30 maio 2009

GD 44....BOAS COMPRAS E BOM SHOW....


Boa tarde......
Se você procura boas compras e um bom show para ir hoje, aí vão algumas dicas valiosas:
Na loja virtual da Amazon, você pode encontrar o fantástico CD do DEAD CAB FOR CUTIE, (We Have The Facts and We´re Voting Yes), por simples 5 doletas, entra aqui boas compras.... .
Você não acha apenas o Dead...acha uma grande qantidade de músicas pelo mesmo preço. Abaixo a pirataria (hahahahahahahah)..........ahhh e o EP THE OPEN DOOR sai por 0,99 cents.
E se você gosta de Sonic Youth, o show dos caras, que acontece hoje no festival da Primavera de Barcelona será tranmitido via net ao vivo, às 9:00 PM EST (lá por aqui dá mais ou menos seis horas da tarde), garanta seu ingresso no site da rádio, http://www.wfmu.org/.
Showzão....
Por enquanto eles no Jools Holland:


29 maio 2009

GD 44.....

Parece que a bruxa realmente está solta. Depois do tumor de Dave Gahan, agora é a vez de Morrissey ter que parar a turnê do novo álbum Years of Refusal (sensacional aliás, o album não a parada....). De acordo com a acessoria de imprensa do cantor, as ordens médicas são: nada de cantoria por algum tempo e é bem sério. Não há mais informações sobre o porque desse tempo de parada, pode ser o lado diva da tia Morrissey ou a garganta deste mais que sensacional cantor está mesmo machucada. Enquanto nada disso muda......



Você gosta de Placebo????????
O Judas Priest do mundo indie (tem gente que ama e gente que odeia....e as brigas sobre isso são sempre acaloradas hahaha), anuncia o final de ano da banda com shows na Inglaterra as datas:
08 - BIRMINGHAM LG Arena
09 - LONDON The O2
11 - BRIDLINGTON Spa
12 - MANCHESTER Central
14 - GLASGOW SECC
15 - DUBLIN The Olympia Theatre

Vai passear no fim do ano.......(hahahahaha)

Às vezes parece que uma luz de esperança se abre nos meios de comunicação, e descobrimos coisas que podem ser boas, com por exemplo um programa da eme tevê do Brasil........
Ontem voltando da dor de cabeça, e de ter certeza que todos os roteiristas mais loucos do mundo estão escrevendo Lost e House.....dei uma passada pela tv aberta e me deparei com um programa que se chama Coluna MTV, que basicamente em quinze minutos fala sobre discos importantes atuais ou velharias. Pois bem, resolvi assitir e não é que o programa é bom, seria melhor se tivesse o mesmo tempo do sensacional Top Top ou uns quinze minutos a mais já dava.
E foi nesse clima de ir domir que descobri um cara, que confesso sim o pecado mais que mortal cometido até a noite dessa última quinta feira de não conhece-lo. Jeff Buckley, que herdou o talento do pai, mas morreu cedo demais deixando dois sensacionais discos, Grace e Skeetches Of My Sweetheart The Drunk. Algumas das mais belas melodias dentro do rock......
Ouça......




É bom saber que o canal de música do Brasil não se resumi ao Marcos Mion..........




E para terminar, a reportagem completa da NME, sobre o disco novo do Arctic Monkeys saiu no fórum sobre a banda......entra aqui e veja fotos......e leia sobre o disco mais esperado desse ano (depois do Radiohead que já está em estúdio desde 18 de maio.....).

Bom é isso.....logo mais rock nacional (???????????????????)

28 maio 2009

GD 44...... RAPIDINHA URGENTE......


Há alguns dias atrás o Depeche Mode cancelou vários shows devido há uma suposta gastro-enterite o vocalista Dave Gahan......pois bem após algum tempo há banda divulgou hoje que a turnê Sounds Of Universe só vai retornar dia 08 de junho Leipzig e seguirá a partir daí.

O motivo é que o problema que parecia ser tranquilo revelou-se uma pequeno tumor maligno na bexiga cantor. Após a cirurgia, os médicos sugeriram descanso e assim será.

As datas que não foram canceladas, serão todas remarcadas e você pode conferir no site da banda, aqui.

Os shows do Brasil estão lá intactos......continuamos esperando.

27 maio 2009

GD 44.....RESPOSTAS....AVISOS......E JAPANDROIDS

Boas....
A reposta pra questão abaixo é que o Just a Fest e o Rodeio de Jaguariúna é que os dois foram projetados por pessoas que necessitam no mínimo trocar a receita oftálmica, para ser apenas irônico e não mal educado.
Não existe diferença musical que suporte o fato de pessoas serem tratadas como animais em um matadouro, fazendo milhares de pessoas passarem por passagens minúsculas. Tudo bem que pessoas que organizam rodeios não devem ser as mais letradas em direitos dos animais, o que se imaginar no dos mamíferos bípedes que conseguem realizar a oposição do polegar......
Mas isso é discussão greenpeaceana, uns tempos atrás eu coloquei no blog uma entrevista sobre os problemas nos festivais e como essa dinâmica, em que o organizador do show enche o nariz de dinheiro e o povo enche o corpo de lama funcionava, mas parece que nem todas as discussões e mortes fazem acontecer alguma coisa. E é sempre a fatalidade a culpada, sempre é uma briga. Como ter lesionado um ligamento e tomar anti inflamatório. Você não trata o problema mas a sintomatologia. Enquanto isso pessoas vão sendo pisoteadas, da lama ao caos, já dizia Chico.

Mudando de assunto, nosso querido Bolota soltou notícias de como parece que outubro vai realmente ser novamente o grande mês de shows no Brasil.
Depeche Mode, Faith No More (com o insano Mike Patton) e a turminha toda mais Alice in Chains com o vocalista novo em outubro. O Planeta Terra só em novembro mas vai ter que correr atrás do Festival promovido pela Oi, que especula a vinda do Kings of Leon nos dia 23 e 24 de outubro no intitulado Fashion Rocks, segundo nossa fonte (hahahaha) .
Mas aí você dá uma buscada nas notícias sobre o tal festival e só acha que os shows serão da Shakira e da Byoncé além de Justin Timbarlake e a confirmada Mariah Carey.......como escrito no post sobre o Simona......procure se informar antes de ler......ou escrever (hahahahahaha).
Banda imperdível da semana passada...JAPANDROIDS, dueto canadense de guitarra e bateria, nos moldes do White Stripes, mas muito mais Nirvana do que Meg White. Som bacana e pesado, bem garageiro. Mais uma banda que esse ano pode ser o mais novo Nirvana...aliás além deles, tem mais uma que foi candidatada pela crítica esse ano......
Pode votar......(hahahahah), o novo Nirvana é:

JAPANDROIDS



Ou Dinosaur Pile-Up......(escolha do titio Lucio),



As bandas são boas demais, mas original mesmo.........
Até.......

25 maio 2009

GD 44....PERGUNTA RÁPIDA...

Qual a semelhança entre o Radiohead e o Rodeio de Jaguariúna??????????????????????????????????????????????????????????????????

22 maio 2009

GD 44.......ALEGRIA ALEGRIA.....OS NOSSOS JUSTOS ARTISTAS.....

Você julga as pessoas?
Quando você vê alguém vestindo algo que jamais usaria você cria juízos sobre ela?
Quando alguém fala que não gosta de Arctic Monkeys, The Killers, Interpol, você começa a definir que essa pessoa é uma daquelas que não tem muitas qualidades????
Qual é a sua noção de qualificar os transeuntes diários que passam por você no metrô, no ônibus, no assalto. Qual a sua medida para julgar os outros , se é que você julga alguém.......
O porque dessas questões é que nesse sábado finalmente assiti a esse filme aqui:
, e ele fala sobre essa questão.
E essa é apenas uma questão dentre milhares que esse documento, obrigatório, levanta.
Todo mundo está careca de saber que o filme conta a história de Wilson "alegria, alegria" Simonal, cantor que teve a "coragem", de num país aonde brancos bem nascidos eram os donos da cultura nacional, com suas bossas, fazer com que uma população inteira se rendesse ao maior cantor que este país já teve. Um cara que não sabia falar uma única palavra em inglês, mas cantava com se tivesse nascido no Harlem americano. Que fez do suingue uma arma poderosa de carisma e talento. O primeiro show man nacional no mais amplo contexto da palavra.
Essa babação ovo, poderia até ter sido a tônica do filme. Porque a história de Simona , uma luta para sair da pobreza e conseguir tudo aquilo que podia para uma vida melhor, num país capitalista, já é disneyniana o suficiente. E é por isso que a primeira metade do filme te agarra de uma tal maneira que você não desgruda os olhos da tela. Dificilmente um documentário te prende desse jeito. A levada dos diretores tem o mesmo suíngue e malemolência de Simonal. As histórias todas e as imagens são muito boas. Vale a pena citar as cenas da concentração da copa de 1970, aonde Simonal era uma espécie de amuleto entre os jogadores, que mostram os reis negros se encontrando (ele e Pelé).
Do mesmo jeito que ouvir o dueto completo de Sarah Vaughan e Simonal é talvez a cena mais emocionante, daquelas de te fazer chorar silenciosamente toda a vez que você vê.



E assim o filme segue cativando a cada nota que sai da boca de Simonal, os depoimentos são emocionantes e é como assitir uma cena de qualquer clássico do cinema. Elas começam calmas e terminam numa arrebentação de emoções. Nesse aspecto o filme é sensacional e não deixa dúvidas sobre o talento do trio de diretores.
Mas o filme te leva da alegria extrema a maior de todas as depressões (eu sai do cinema com a impressão de ter levado um soco no estômago), porque quando você acha que finalmente Mickey vai abençoar esse conto de fadas sobre um príncipe negro, as coisas se complicam e muito. E é nesse ponto que o filme perde a vocação de se tornar um clássico.
A história de que Simonal havia contratado policiais do DOPS (que era o orgão de repressão dos militares) para dar uma surra em um contador que o estava roubando é o estopim de tudo.
Nosso pa-tro-pi vivia num tempo bravo. Radicalismo, extremismo, comunismo, e mais um monte de ismos faziam com que qualquer trac se torna-se uma salva de doze tiros de canhão.
E quer melhor trac que um cara que andava para cima e para baixo ostentando tudo o que ganhava, que gostava de aparecer e dizer que era bom mesmo (e era o melhor de verdade, ou você acha que reger uma orquestra de 30.000 vozes e fazer delas o que quer é para qualquer um?????). Nada melhor que um cara que deu início há um movimento que se tornaria caminho para os cantores depois, ser a bola da vez.
Não cabe aqui inciar um juri popular para saber qual é a culpa de Simonal, mesmo porque essa não é intenção do filme.
A grande sacada de acharem o suposto contador e de entrevista-lo dá credibilidade de isenção, o que faz o espectador pensar de quem é a culpa nisso. As opiniões sobre a inocência, culpa, ingenuidade, malandragem ou se ele era informante dos militares ficam por conta das pessoas que assistem. Afinal de contas documentário é para pensarmos e não para torcermos (mas porque não torcer????).
Mas é nessa isenção que reside o maior pecado do filme.
Ele se limita demais na apuração dos fatos. Mostra o lado do contador, que sofre a lesão corporal, os flhos e amigos de Simonal, a rede Globo que liderava o boicote televisivo ao cantor, Ziraldo e Jaguar os cartunistas do Pasquim que publicamente crucificavam Simonal. Aliás a cena que mostra a tira aonde o final de Wilson seria o suicídio é repugnante demais.
Mas mostrar apenas a versão de todo mundo para os fatos não é suficiente do mesmo jeito que todos os detratores do cantor, era necessário tomar um partido porque afinal de contas é sim uma história pessoal demais para ser apenas contada.
E é pessoal, quando vemos o calvário que se tornou a vida do cantor depois da acusação de delator (algo que acredito nunca ter sido). Testemunhar que o esquecimento se tornou solidão, que se tornou alcoolismo, que se tornou reclusão. Um exílio forçado maior do que aquele dado a Caetano que passeou por Londres........e qualquer música sobre os caracóis dos cabelos de Simonal não faria passar essa tristeza.
É nessa parte que o filme se torno soturno, ver a vida de uma pessoa que era antes de tudo um grande humanista se despedaçando, é no mínimo ruim.
E é nessa parte que fica claro a maior tristeza de se morar no Pa-tro-pi.....é perceber que a imprensa e os artístas da dita classe pensante desse país, é simplesmente a mais burra de todas...............
Nunca gostei muito de mpb.
Para ser mais sincero ainda houve épocas na minha vida que eu odiava, mas aí eu descobri Cartola, Pixinguinha, Tom Zé, Naná Vasconcellos e percebi que meu sunitismo não era tão sunita assim. Mas mesmo assim eu nunca fui muito baba ovo dos medalhões como Caetano Velloso ou Gilberto Gil, e as caras novas realmente não me dizem nada......mas gosto é como aquele famoso orifício cada um tem o seu....
O que mais me irrita na tal música popular brasileira é que ela não é popular, nem nunca foi. A bossa nova não foi um movimento de massa, eram pessoas bem nascidas, e bastou o Stan Getz gravar Jazz Samba e já poderia até ter mudado o nome para MEB (música da elite brasileira). Vai dizer pra mim que o João Gilberto já foi porteiro de prédio......morou em favela......essas coisas.
Não se discute a qualidade de nada, porque se caras como Tom Jobim, Vinícius de Moraes entre outros são considerados gênios por todo um mundo musical, não seria um ignorante como eu que iria chamar os caras de burros. Mas, a música deles é jantar para intelectual do Espaço Unibanco, aqueles tipos que sentam em rodas com caras blasé dizendo que amaram o Godard, por causa do seu virtuosismo e entre outros adjetivos aurelianos e não sabem lhufas do que o cara quis dizer. E vamos dizer ,quem é que consegue assistir à um filme de Godard sem dar uma meia bocejada........
E essa mesma casta de pessoas ditas formadoras de opinião e responsáveis pela cultura brasileira na época pegaram um boato, transformaram em notícia depois em acusação, depois em julgamento e em condenação. Tudo isso feito na luz do dia e partindo de quem tem por dever apurar os fato e descobrir a verdade a fundo. A imprensa.
E que não me venha o Jaguar e o Ziraldo dizerem que a culpa não era deles também, por que afinal de contas quem atira a pedra é também culpado por manter a história. E o que mais me espanta é que como pode um senhor que escreve estórias em quadrinhos aonde o personagem principal é um menino que é sensível, esperto, justo.....pode ser criação de uma pessoa tão brutalmente injusta.
E é engraçado ver que o justificativa foi de que tempos extremos requerem medidas extremas. Mas desde quando nossos intelectuais de carteirinha foram assim tão extremistas. Quem da esquerda brasileira detonou uma bomba no DOPS?? Quem matou algum general do exército?? Quem tentou matar o presidente??? Quem é que chegou a esse extremo??? Essas sim medidas extremistas e talvez necessárias para nossos paladinos da justiça moral na época da ditadura.
Sequestraram um americano e todo mundo sabe como acabou isso, com o Gabeira se desculpando por gastar dinheiro público anos mais tarde......
Então quem é que pode julgar e condenar alguém por algo que nunca foi provado???? Eu, você ou o Ziraldo?????
Mas as discussões sobre o quanto a nossa imprensa e a do mundo é extremamente sensacionalista e culpada vão longe........o que importa mesmo é saber que o filme é um documento fundamental pra se entender quem é que faz a sua cabeça nos meios de comunicação, e que devemos sim estar atentos a tudo que se escreve ou se faz na televisão. Barbosas e Simonais podem aparecer a qualquer minuto.
A alegria é saber que finalmente se prestou tributo ao maior cantor do Brasil......e a frase do Miéle resume tudo..."e se não foi ele ,foi quem?????"





Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei(Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei, Brasil, 2008)
Gênero: Documentário
Duração: 86 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Distribuidora(s): Moviemobz
Produtora(s): TV Zero, Zoar, Jaya, Globo Filmes
Diretor(es): Cláudio Manoel, Micael Langer, Calvito Leal
Roteirista(s): Cláudio Manoel
Elenco: Wilson Simonal, Roberto Carlos (3), Sarah Vaughan, Ronaldo Boscoli, Chico Anysio, Luís Carlos Miele, Ziraldo, Nelson Motta

20 maio 2009

GD 43....DUAS RAPIDINHAS...E CHEGA.....


Pra terminar bem a noite......

Cat Power entrará em turnê esse inverno (aqui para nós), com ninguém menos que Juliette Lewis e os Pretenders. O comunicado foi confirmado nessa tarde pela assessoria de imprensa da cantora, será que o show do Brasil em julho terá surpresas????
Do lado da atriz de Assassinos por Natureza, o disco novo TERRA INCOGNITA, produzido por ninguém mais que Omar- Rodriguez Lopez do Mars Volta chega em 9 de setembro....



O Depeche Mode cancelou mais alguns shows. Polônia, Lituania e Latvia foram os shows que não farão mais parte da nova turnê que passa por aqui (se tudo correr bem ) em outubro. Os médicos que atendem o vocal Dave Gahan disseram que será preciso mais tempo para curar a rapaz....qualquer coisa a gente escreve por aqui.....

GD 43...NÃO É O PRÓXIMO CAPÍTULO SÃO APENAS RAPIDINHAS......

Mas muito rapidinhas mesmo......
Vem por aí:

Novo disco do Dinosaur Jr., Farm nas lojas em junho, dia 22. No site já dá pra baixar na faixa. Com direito a capa mais louca de 2009, confere aí....


De promissores à regulares e de volta aos promissores. O Health vem esse ano com Get Colour, segundo álbum da banda que faz do pesado uma viajem, nas lojinhas ou em sites em setembro no dia 8. Capa.....


O vocalista do Interpol, Paul Banks finalmente soltou a data do seu álbum solo que lançará com o singelo pseudônimo de Julian Plenti. Julian Plenti Is...Skyscraper, chega em agosto no dia 4.



E para combinar com esse humor de dia cinzento.....

19 maio 2009

GD 43...VOCÊS CONHECEM ESSES CARAS??.......READING FESTIVAL 1991......E MAIS....


Se por acaso você acha que já viu, então não tenha dúvida: são os Arctic Monkeys!!!!!
E não,eles não substituiram o Alex Turner, é ele mesmo.....
Mas o que interessa é que o terceiro álbum vem aí, e se você não aguenta mais esperar....o baterista Matt Helders, postou uns videozinhos sobre como vão os ensaios da banda(que só para não esquecer...tem a mão de Josh Homme do QOTSA na produção de algumas faixas).

Eu já tinha postado há uns tempos atrás, que as músicas novas tocadas já em alguns festivais eram bem mais soturnas e pesadas, mas pelas pequenas amostras dos filmes dá pra ter uma noção que o som dos caras parece ter e muito amadurecido, vamos ao vídeos......





Vocês perceberam as explosivas novas????
Festinhas com P.Diddy, experimentações com sons.....a coisa vai ficar boa.....
Mais um.....



Detalhe: a versão da banda para Poker Face que aparece nesse vídeo já circula pela internet há algum tempinho......
Esperando então ficaremos....



O vídeo oficial sai apenas em outubro ou novembro de 2009, mas na Inglaterra já é possível achar cópias piratas do talvez mais sensacional show do Nirvana. O realizado em 1991 no Reading Festival.
Reza a lenda que eles em 1991 estavam terminando Nevermind.....que eles tocaram durante o dia para uma platéia de 2000 pessoas e mais nada.....segundo o oráculo o show foi tão espetacular que quando na sequência saiu esse disquinho aqui:
, o estrago estava mais do que feito e nada, (e você pode apostar a sua vida nisso) nada foi com o antes. O que aconteceu depois, Smells Like Teens Spirit, a briga com Eddie Vedder, a destruição da banda e dele mesmo, drogas, filha...tudo isso não teria acontecido se não houvesse isto aqui......



Ou isso aqui.....







Por enquanto é só....próximo capítulo finalmente Japandroids e esse cara aqui,




18 maio 2009

GD 43...ENTÃO É ASSIM......

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd"

("Feliz é o destino da inocente vestal! Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida. Brilho eterno de uma mente sem lembranças Toda prece é ouvida, toda graça se alcança")

Alexander Pope, Eloise to Abelard


17 maio 2009

GD 43......DOMINGO FRIO, BRILHOS ETERNOS......ATORES SEM TRABALHO



Escrever sobre um disco às vezes se torna pessoal demais, a medida que vai entendo-se o que aquela voz que sai do alto-falante está dizendo. Coisas que pareciam comuns demais tornam-se montros com inúmeras cabeças e sempre voltam as entreter seu sistema límbico durnate o sono, algumas vezes com prazer, outras com a mais agonizante dor. Ou quando a crueldade é a maior de todas, a loucura vem disfarçada na mais aterrorizante doçura do mundo.
E é assim que você se sente ao ouvir o novo disco de ST.VINCENT, Actor lançado esse mês. Que inicialmente você pode até confundir com um clone de alguma sobra de estúdio da fase White Chalk da PJ Harvey. Mas está muito longe disso.
Annie Clark, texana, começou tudo há dois anos atrás lançando Marry Me, esse disco aqui: , que tinha Paris It´s Burning, entre muitas outras coisas boas. Mas nesse novo disco as coisas se tornaram um pouco claustrofóbicas, por assim dizer.
Esqueça o clima de cantoras mais pop como Lily Allen ou Kate Nash. Annie Clarke está muito longe dessa categoria, se encaixando em uma cantora de banda como o Flaming Lips por exemplo. Sua voz baixa e doce, que se encaixaria em qualquer menina que mora na casa dos pais e tem uma educação religiosa, esconde uma gama de paranóias e esquizofrenias que fariam qualquer psicanalista entrar em paranóia. O disco todo tem um clima de desenho animado da Disney anos 50 misturado com O Massacre da Serra Elétrica, muito disso pela interpretação dela em versos como " I think I love you, I thinnk I´m mad....." ( Actor Out of Work) ou pela massiva mistura de ritmos eletrônicos com instrumentos padrões como flautas, violões, violinos entre outros. E segue nesse clima, mas sem cair numa armadilha repetitiva. A beatleniana Black Rainbow, mostra que St. Vincent sabe como dosar influências sem parecer uma mera cópia.
Mas talvez o mais interessante nesse disco todo é perceber que Annie parece cantar seu desespero de uma forma contida e emocionada, tirando o fôlego do ouvinte e o fazendo percorrer todas as cores de sua loucura. O turbilhão de emoções explode nas nossas caras como na canção The Bed. Sorrisos, lágrimas, esperança e desespero, tudo em apenas 3 minutos.
Não é pop fácil nem de longe, mas não é um disco apenas para eruditos. Actor viaja muito bem entre as duas praias, mostrando que existe sim muita beleza no cinza. A voz da cantora permanece suave, esteja ela falando das ansiedades de um relacionamento, ou sobre pânico. Sons robóticos ou verdadeiras composições orquestradas com uma levada roqueira garantem a variação de estilos e uma muito poderosa mescla de emoções à serem sentidas da primeira à última nota.
Compre e ouça num domingo de frio quando o sol se debate por entre as nuvens cinzas e os raios dão aquela esquentadinha de leve na sua pele..........



15 maio 2009

GD 42....IT´S NOT FAIR 2...RECLAMAÇÕES CASEIRAS....

E já que o quesito é reclamações, vamos a uma listinha de festivais no mundo durante esse ano.
Para que nós brasileiros que dependemos de pessoas que fa
zem megashows com uma saída para 30.000 pessoas, que usam lugares de difícil acesso, que cobram caro por uma falta tremenda de organização etc..etc...etc..., podermos reclamar mais um pouquinho, sobre como é extremamente frustrante ver que depender de grandes corporações, nos levam a assistir Jane e Herondy, nas Viradas Culturais da vida.........



Festival Internacional deBenicássim na Espanha, acontece dia 16 a 19 de julho e um lugarzinho feio ......com um line up mediozinho (hahahaha). Confere aí...
Preço: 70 Euros, apenas para o dia 16, o resto esgotado........



EXIT FESTIVAL, nos dias 9 - 12 de julho em Novi Sad na Sérvia. Um pouco mais longe. Mas se estiver afim de ir aqui tem um site que te ajuda.....
E aqui vão as atrações esse ano.....



Detalhe pra Gui Boratto e DJ Marky.
Preço: 72 Libras só pra dar risada........


Já em depressão?

Xingando o governo????
Amaldiçoando os organizadores do Just a Fest?????
Espumando pelo fato do fim do Tim Festival??????
Calma...vamos provocar um pouco mais......

LATITUDE
Aonde???
Southwold, na terrinha (Inglaterra, meu caro Watson....)
Nos dias 16 - 19 de julho (putz!!!!!! vou perder o Benicássim hahahahahahahahahahah).
E se você não chorou até agora.......entra aqui com um pacotão de Kleenex....
O melhor do Latitude, não são apenas Regina Spektor, Doves, Nick Cave, Bat For Lashes, Gossip, Golden Silver (momento lágrimas rolando agora...) , mas toda a estrutura dos caras.....os diferentes palcos com variadas formas de arte....poesia, música, comédia.....
E você achando o Planeta Terra bem organizado.......
Preço: 157 Libras
T IN THE PARK

De 10 - 12 de julho, em Balado na Escócia.
Atrações??????
Essas aqui......

Preço: hoje apenas para os dias separados, que variam de 60 à 70 libras ou para o fim de semana todo (sem direito a acampar), por 170.......

Problemas todos devem ter.....mas....problema chato mesmo deve ser ter que escolher entre assitir Yeah Yeah Yeahs ou Franz Ferdinand, ou ter que correr antes do fim do show do Nick Cave pra poder assitir Kings Of Leon......
É muito sadismo para uma manhã de sexta feira chuvosa...............
Logo mais os discos novos.......

13 maio 2009

GD 42......IT´S NOT FAIR!!!!!! IT´S NOT FAIR!!!!!!!!

É sempre ruim quando temos que acordar cedo no dia seguinte. As nossas obrigações como homo-sapiens enquanto capitalistas escravizados (hahahaha....) são extremamente vilãs no quesito cultura da madrugada. Mas como o livre arbítrio nessas horas é sempre bem vindo, ainda mais acopanhado de um belo saco de pipoca (light.......) e um gigantesco copo com suco, afinal de contas é de madrugada e depois alguém precisará dormir.
O sacrifício sempre vale a pena, afinal de contas Sidney Lumet não é coisa pequena com o maior trocadalho do carilho possível.
E se você ainda não sabe, nascido em 24 de junho de 1924 na Filadélfia, filho de Baruth Lumet e Eugenia Wermus. Começou a carreira artística aos 4 anos atuando em algumas peças, mas foi em 1955 que começou a dirigir. Primeiro em alguns trabalhos para televisão quando em 1957 seu primeiro longa 12 ANGRY MEN, que recebeceu indicação ao Oscar. Depois disso Sidney dirigiu mais clássicos modernos como Serpico, Um Dia de Cão, para citar apenas a parceria com Al Pacino.
Mas esse diário está mais interessado na sua mais nova obra prima ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO.
Depois de Sob Suspeita de 2006, aonde os críticos torceram o nariz pela escalação de Vin Diesel, para o papel de Jackie Dinorsio, Lumet resolveu escalar um time de primeira, aonde na verdade fica difícil escolher o melhor. Atores quase nada bambas no samba como : Marisa Tomei e Aleska Palladino,Ethan Hawke, Albert Finney e Philip Seymor Hoffman.
Para começar, o plot da história é quase nada problemático: dois irmãos (um agente imobiliário viciado em drogas pesadinhas......e outro loser de primeira), resolvem realizar o plano mais casca grossa da paróquia: roubar a joalheria dos próprios pais.



É incrível como ma história que se transformaria facilmente em uma comédia de erros qualquer, se torna uma roleta russa com intensidade avassaladora.
Começando pelo jeito de filmar do diretor. O roteiro é atemporal desde o início, fazendo e refazendo a vida dos personagens principais conforme a história vai se deixando descobrir. Cada personagem possui uma filmagem diferente, por exemplo, em toda cena aonde aparece Ethan Hawke, o irmão não vencedor (que deve dinheiro à ex-mulher e é chamado de fracassado a cada minuto pela filha), sempre há uma sensação de desespero constante, muito devido a grande atuação do ator, que depois de muito tempo fazendo coisas descartáveis e um livro que daria sono até no papa-léguas volta aqui a encontrar com a profissão em grande estilo.
Não menos características são as cenas filmadas com o sensacional Phillip Seymor Hoffman. Primeiro, ele é um dos poucos atores atuais que é capaz de fazer qualquer papel com uma verdade sem igual. Seja ele Capote, um bandido dentro de um blockbuster caça-níqueis ou nesse caso, um agente imbiliário fraudador, viciado em heroína e cocaína que paga, e muito pelo seu vício. Os personagens envolvidos com Hoffman raramente aparecem, e seus rostos são sempre fora do plano, dando aquela sensação de vida vazia e confusa. Os únicos que sempre se colocam em sua frente (e na nossa) com o rosto em primeiro plano são sempre figuras que estão mandando ele fazer alguma coisa. E nesse quesito o diretor é genial em colocar o conflito psicológico sobre autoridade paterna severa e suas consequências para o personagem. O misto de bipolaridade, esquizofrenia e serial killer fazem desse personagem de Hoffman (parece até nome de estrutura do corpo humano.....hahahahaha), um dos mais marcantes em que ele já atuou, e veja se o cara é bom ou não....



Mas quem rouba a cena literalmente é Albert Finney. Na pele do pai dos irmãos metralha, com uma atuação minimalista e poderosa, faz com que você mergulhe de cabeça no drama de uma família que pode sim ser como a de qualquer pessoa. Os mesmos traumas (tirando é lógico essa estória escabrosa), as mesmas brigas entre irmãos, mas nesse caso com uma componente aterrorizador. Não há como não se emocionar nem que seja um pouco em cada cena de Finney, seus olhares as vezes descrentes, outras raivosos te desconcertam em cada tomada.
Marisa Tomei está sensacional no papel de esposa traidora e perdida em sua própria casa. Sempre achei que ela é uma das mais lindas atrizes, mas nesse filme a beleza dela está rasgada.É selvagem sem perder a doçura de garota do interior, ela conseguiu o equilíbrio pefeito entre a sensualidade e fragilidade de sua personagem.
Como se não bastasse tudo isso, o roteiro não te deixa dormir. As mudanças de andamento na trama fazem com que você não consiga desgrudar os olhos e nem parar de pensar: " Meu....como é que esses caras fizeram isso?????", ou a mais falada frase durante o filme todo....." isso vai dar uma merda!!!!!!!!!!".
O filme vale muito a pena, atuações memoráveis, roteiro descontruindo cada cena anatomicamente e construindo cada personagem numa gama de densidades poucas vezes vista, ANTES QUE O DIABO SAIBA QUE VOCÊ ESTÁ MORTO, vale cada centavo na sua cdeteca.

GD 42....URGENTE.....


Notícia que interessa ao Brasil.

O vocalista do Depeche Mode, Dave Gahan foi internado ontem à noite com certa urgência antes do show que a banda realizaria em Atenas.

A banda estava prestes a entrar no palco quando o sistema de som da casa teve a enfadonha tarefa de avisar aos 20.000 presentes no Terra Vibe Park. A justificativa dada aos presentes foi que Dave estava passando muito mal no camarim, como cabe a interpretação sentindo-se doente. Não foi dada mais nenhuma explicação sobre qual seria o mal súbito que acometeu o vocalista........

Como o senhor em questão já tem uma certa experiência com o mundo dos moribundos...ficamos no aguardo........

12 maio 2009

GD 42.....RAPIDINHA.. 2

Segunda parte das rapidinhas antes de começarmos a falar um pouco mais sério sobre Japandroids, St. Vicent e Phillipe Seymor Hoffman........
A já famosa megabanda de Jack White, com a mais que sensacional VV (conhecida também pela alcunha de Allison Mosshart do The Kills) nos vocais, vai lançar o disco de estréia em julho (dia 14).
A bolacha de estréia sairá pelo selo de Jack White , THIRD MAN, com uma mãozinha da Warner Bros.. Alguns dias antes na Inglaterra pela Columbia, pra quem ainda não viu o site dos caras entra aqui .

E se você quiser saber como são os caras (e a menina) ao vivo.......aí vai:





Calma que já já tem mais.....
E quase esquecendo aí está a capa do disco.....que se chama HOREHOUND.


11 maio 2009

GD 42.....RAPIDINHA...........

Ela já foi muito chegada a porres homéricos, foi suicida algumas outras vezes e atualmente é uma das melhores cantoras do mundo indie.......
Cat Power.....aí vamos nós.....
Ingressos comprados. E de quem foi a idéia de colocar mesas em show de cantora indie???????
Segregação total, mesas em pista vip, em pista 1,2 e 3.Você senta-se com duas pessoas desconhecidas, que podem ser muito bacanas, ou aquelas com a maior nível de TOC possível.Ou seja, o show marcado para dia 18 de julho, no Via Funchal ( http://www.viafunchal.com.br/ ), será no mínimo imprevisível. Mas deixando de lado toda a famosa discussão de com são mal organizados, os eventos musicais, no Brasil varoníl, vamos a música da senhorita Charlyn Marie Marshall, desde sempre musa e predileta da casa.......







Ainda essa semana, nova lista pra fita, os discos novos mais bacanas e algo sobre filmes....

07 maio 2009

GD 41......GET ON YOUR DANCING SHOES...YOU´RE SEXY LITLLE SWINE.....

Bom é assim:
I´m going back to 505....and if it´s a seven hour flight, or a 45 minutes drive...in my imagination....you waiting lying on your side with your hands beetween your ties..........
Como é muito massa ouvir Arctic Monkeys......a banda sempre certa na hora incerta. Sempre tenho a impressão que eles tem um lance beatleniano muito forte, muito mais que o Oasis, mesmo porque Oasis é cópia descarada.....mas isso é discussão groupiniana demais......fiquem com eles.......





E a gripe chegou?
Vamos continuar nessa paranóia por quanto mais tempo?
As coisas no México estão até que estabilizadas, e o Depeche pode vir sossegado.....agora com 4 casos importados ( 3 mexicanos e 1 americano), as cosias parecem querer novamente entrar no nosso famoso e tão conhecido datenismo.

Alardes, neuroses, paranóia coletiva, lave as mãos e está salvo. Mas como você sabe, é bom manter a população em estado de paranóia constante, afinal de contas, o medo dessas contaminações que farão o Will Smith o maior profeta de todos os tempos, nos faz esquecer sobre coisas do tipo:


A) Mesmo afastado da vida parlamentar desde 2007, o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen (SC) e seus familiares usaram a cota de passagens do Senado. Registros de companhias aéreas obtidos pelo site Congresso em Foco revelam que o ex-senador usou o benefício para bancar 13 vôos entre novembro de 2007 e outubro de 2008. Além dele, voaram a mulher, o genro e um funcionário do casal. O próprio Bornhausen voou sete vezes com a verba do Senado após concluir o mandato. As viagens foram feitas nos trechos Florianópolis-São Paulo, São Paulo-Florianópolis, Florianópolis-Brasília e Florianópolis-Chapecó (SC). O ex-jogador de futebol Renato Sá, genro do ex-senador, também usou a cota de Bornhausen. Casado com Fernanda Bornhausen, o ex-ponta-esquerda, campeão brasileiro pelo Grêmio em 1981, viajou de Florianópolis para Chapecó.


B) Vocês se lembram do deputado Edmar Moreira (atualmente sem partido), aquele do castelo de 25 milhões, pois bem está rolando como sempre aqueles famosos relatórios sobre quem roubou o que do povo (como sempre de novo). O relator desse processo (pura coincidência hahaha...), o hilário Sergio Moraes (PTB-RS), que pra quem também não sabe foi pego pagando tele-sexo com dinheiro público (http://www.novacorja.org/?tag=sergio-moraes) declarou que além de não ver motivo nenhum para condenar o dono do castelo, ainda por cima me vem com uma declaração no mínimo encantadora. "Estou me lixando para a opinião pública", e tem mais.... "Até porque parte da opinião pública não acredita no que vocês escrevem. Vocês batem, mas a gente se reelege." Já está emocionado, estupefato internauta?

Ainda não, pois se prepare....."Podem me atirar no fogo que não tenho medo. Tenho sete mandatos e seis filhos, minha mulher é prefeita. Não é pouca vergonha eu estar aqui. Pouca vergonha são aqueles que nunca concorreram a nada se intitularem patronos da ética e da moral, é um jornal que não recolhe impostos, é bater no trabalho infantil e usar crianças em novelas."

O cego do castelo e seu comparsa



Antes que mais alguém além de mim, venha ter um ataque nos moldes de O Exorcista, paro por aqui........

Talvez seja por isso que a gripe dos nossos queridinhos suínos, não seja a maior tragédia que pode acontecer com o nosso país varonil. Afinal de contas quem precisa de gripe quando se tem o Senado Federal??????


Mas a questão maior:
Até quando esperar que as coisas sejam resolvidas por pessoas como essas duas aí de cima......se os caras não estão nem aí para o dinheiro público, muito menos assustados com o fato de que foram pegos literalmente usurpando dinheiro que seria muito mais bem gasto com a educação e até com medidas preventivas para que por exemplo, a gripe suína não chegasse por aqui......apenas mais um mirabolante plano para que você de uma vez por todas saiba que eles querem você cego, surdo, mudo e gripado.......
Mas pior é que também não adianta nada a classe dita A fazer blogs e mais blogs, assistir House e Lost, continuar vivendo nessa passividade anárquica ou ainda se preferir um termo mais dasluniano, rebeldia Gucci. Não adianta nada discutir em rodas intelectuais nos cafés do Cidade Jardim Shopping ,sobre o cinema indiano de Danny Boyle e as relações godarianas que nem eles entendem, mais aplaudem como macaquitos (só para provocar um termo argentino hahahahaha), se a mudança não chegar a cabeça do playboy da conexão de banda larga, até o favelado da lan house no morro não é mudança.....não existe mudança conduzida para o sucesso quando as elites comandam.......
Será que é necessário mais quantas gripes, Sergios, Edmares e Jorges, para o povo perceber que nada vai mudar, se não ocorrer uma mudança de consciência que te faça, não jogar lixo na rua e não votar em lixo nas urnas..........


Mas vamos ao que interessa, músicas para iniciar bem o dia.......



The Gossip está de volta, com uma nova bolacha encaminhada para esse ano....Beth Diddo, forte com nunca (isso é maldade....) e com a voz cada vez mais marcante, essa banda de punk-disco está cada vez mais do caracoles........







Kasabian, música nova.....Fire.
Faroeste modernoso, balas em Si bemol, e um final nos moldes Sundance Kid e Buth Cassidy.....fazia tempo que eles não tinham uma música boa assim.........






The Answering Machine, com Obviously Cold....você ainda vai gostar muito dessa banda, segundo single desses caras de Manchester. Dinossaur Jr., Lemonheads e mais nessa banda que vai ser a sua próxima favorita.





Até.....daqui a pouco....

06 maio 2009

GD 41.....BAT FOR LASHES.....OU COMO TORNAR BJORK MAIS FÁCIL....




Depois de muito fugir do assunto, confesso que por um pouco de medo sobre o que escrever sobre um disco que toda a vez que escuto a sensação é diferente, variando de mais intensa, para absurdamente acachapante. Mas descrever um trabalho quando você gosta tanto é sempre ruim, ainda mais por soar inúmeras vezes apenas exacerbação do gosto (ou puxa saquismo puro se assim ficar melhor.....), mas como a intençao é outra vamos lá......


Cena 1:


Menina de pele clara e cabelos negros, olhar de mescla mistério e mestiça caminha pelas ruas de São Francisco. Os ecos de Harvey, durante uma tarde de verão, rasgando por entre as calçadas. A menina passa por todas as casas, bares, lojas e capta cada raio de imagem possível, seu olhar atento, a leva a idéias cada vez mais concretas e possíveis. Não existem apenas sons e cores, luz e sombras, nada mais é impalpável, tudo se torna audível. Ela sorri e sente o ar se acomodar por entre os dedos.


Cena 2:


Inglaterra, Londres. Natasha Kan, nascida em 1979, mês de outubro, dia 25. Multi-instrumentista, cantora, compositora, cineasta, menina de pele clara. Voltando pra casa, novo nome, novas idéias, cores e sons. O caleidoscópio que se tornou sua alma já não cabe apenas dentro do corpo, é necessário algo mais. É preciso externar todas as mesclas de cores em algo que se possa sentir, que se possa guardar. A idéia virou rascunho, que se tornou um acorde, que virou um disco todo. FUR AND GOLD, de 2006. Já poderia ser tão enigmático quanto a trilha de AS VIRGENS SUICÍDAS, de 2000 que inspirou Kan, ou por qualquer filme que a tenha feito colocar algo de cinematográfico em suas canções. Mas isso seria só o começo..........








Depois do primeiro, nesse ano, 2009. Mais precisamente em abril. Bat For Lashes (pseudônimo de Natasha), remodelou as cores tornando-as muito mais densas em TWO SUNS.


Desde o início delicadamente doce da sua voz, que aos poucos se torna um mantra entoado por qualquer tribo indígena moderna. A batida toda quebrada consegue uma intensidade acima de qualquer expectativa que você tenha sobre um disco de cantora indie. Tribal e direta, intensa até a última nota. E se você não se convenceu que está diante de um dos melhores discos de 2009, feche os olhos e se vá com os sons.


Tudo muda em Sleep Alone, a tribalidade dá lugar a sons cada vez mais caoticamente organizados, uma levada mais palatável, mas nem por isso mais superficial, a voz de Kan continua hipnotizando, e flashes de Tori Amos, aparecem ao longe. Não seria exagero, dizer que PJ Harvey em seus dias mais calmos escutaria essa canção com um sorriso no rosto.


Chega das misturas, piano e vozes.....Moon And Moon. Ecos e planos longos, com em um filme de Kubrick, aonde as estruturas mais simples são as mais belas. Poética sem ser longa demais, certeira como um dia de chuva fina e cobertor, na porta de qualquer casa.


Daniel, obviamente seria uma canção de amor, mas com Kan, nada é tão fácil assim, lugares familiares, sonhos, camas de adeus, braços por entre o pescoço, batida simples mas cativante. Seria muito mais fácil se todas as músicas fossem simples e boas como essa. Piece Of Mind, marca a metade do disco, e as coisas se tornam mais climáticas e viajantes, o coro gospel que se torna cada vez mais atormentado, como se pedisse calma gritando, é curta e poderosa.


É incrível ver como uma nota se perpetua por vários acordes e faz com que a cinematográfica Siren Song seja uma mistura de drama, ficção e romance. Tudo em apenas 4 minutos, e a pop bjorkiana Dream´s Pearl, faz com que ouvir Bjork agora seja muito mais tranquilo.


A gama de instrumentos que aparece em Good Love e Two Planets, abre caminho para uma qualidade básica mas que se torna primordial nesse disco, a capacidade de Natasha de saber o que misturar na hora certa, seja de uma maneira mais calma ou de uma maneira mias pesada (Two Planets), sem perder um pé nas pistas de dança, mas de uma maneira incrivelmente nerd. Tambores anunciam o que já se sabia há muito tempo, será muito difícil ficar impassível diante desse disco.


Autobiográfica demais Travilling Woman, não dá esperanças pra se amá-la, mas essa sinfonia amarga nada mais é do que um grande conjunto de notas que transformam uma história triste em épica.


Ouvir TWO SUNS, é como estar diante de um daqueles filmes clássicos, que misturam cores, sentimentos, em uma coisa só. A quantidade de telas que são preenchidas com as mais diversas matizes, sejam elas coros memoráveis, batidas eletrônicas, baixo , bateria, violão ou palmas é de uma grandeza infinita. Se Glass é a cena de abertura, The Big Sleep é aonde os créditos estão correndo pela tela, magnífica barroquiana de fechamento mais do que lírico, com a ajuda de Scott Walker.


O novo disco de Natasha Kan é um daqueles em que a cada audição descobre-se uma nuance, um som diferente, muda de interpretação a cada hora do dia...nada mais justo pra uma das mais belas e inteligentes vozes atuais.........











GD 41 BAT FOR LASHES FINALMENTE........MAS ANTES......

Bom, antes de mais nada uma pergunta.....porque os questionamentos mais profundos sempre vem acompanhados da segurança mais bem implantada na na nossa cabeça ou vice versa????????
Nunca fui muito de ler blogs (hahahahaha), mas estava nessas madrugadas insônes passando por aí, quando descobri a que a naturaza humana é realmente uma coisa estranha demais, e nesse meio tempo encontrei uma surpresa boa.
Passei em um dos que leio pela acidez e sarcasmo das pessoas que escrevem (http://tedouumdado.virgula.uol.com.br/), afinal de contas, essas duas qualidades humanas são indispensáveis hoje em dia (olha o datenismo!!!!!!). Pois bem, após dar boas risadas e perceber que esse mundo global, recordal, redetvzal entre outras, está numa realidade alternativa para qualquer ser humano, acabei indo parar num blog de um cara que nunca tinha lido ou visto.

O blog do Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas Rock Clube ou apenas DTRC ou qualquer uma das anteriores.....(http://bloglog.globo.com/ticosantacruz/), e tirando toda a história lida e deixada de lado logo após, o cara realmente tem alguma coisa a dizer de diferente do que se vê por essas bandas outroras habitadas apenas pelo serviço do correio e sinais de fumaça. Irônia é sempre bem vinda, no caso desse blog, você vai encontrar boas idéias seguidas de doses medicinais da citada terapia.

Posto isso, vamos ao que interessa........

Regina Spektor, anunciou essa semana que o novo album, FAR, sucessor do mais do que fofo BEGIN TO HOPE, vem ao mundo esse ano ainda, com data marcada para a entrega da cegonha sonora no dia 22 de junho, e terá a produção de Jeff Lynne, Mike Elizondo, David Kahne and Jacknife Lee. Se seguir a linha do anterior de 2006, podemos esperar uma bela peça musical da senhorita Spektor.
Por enquanto......








Outra senhorita, que está em conversas sérias com os produtores é não menos talentosa e bonita (suspiros.....hahahaha) Kate Nash, que anunciou em sua página (MySpace.com/katenashmusic blog), que vai começar a trabalhar no novo trabalho, que sucederá MADE OF BRICKS de 2007. Ela citou na página que está animada em fazer este novo álbum porque ela não se sentia capaz de falar sobre isso por muito tempo.....e que agora ela procura alguém para colar os selos (músicas) em um envelope........mistérios e analogias.......
algum comentário???????
Outros, nem tão bonitos assim, mas com talento de sobra, a banda HOT CHIP, durante um show surpresa nesse dia 05, no Village Underground, aliás esse DJ set e show foram beneficientes para Crisis, que ajuda os sem teto, (http://www.crisis.org.uk/). Eles mostraram as músicas novas que foram já classificadas como, sintetizadores dos anos 80, com refrões grudentos......uma amostra é o remix de TAKE IT IN, que está numa coletânea chamada BUGGED OUT BUGGED IN que você vê assim:



Confesso que para terminar........depois de tudo lido.......Are we in the road to nowhere??????


E os morcegos????
Morcegos caro mamífero, só a noite!!!!!!!

04 maio 2009

GD 41 HEY BUB!!!!!!!! XAVIER COM BOTOX.......EU PROMETI A MIM MESMO QUE NÃO IA FAZER PIADINHAS.....



Acabei de voltar do cinema, assiti X-Men Origins Wolverine.
Primeiro, porque desde sempre achei o Wolverine, além de irmão bastardo do Nazi, um grande personagem do mundo dos quadrinhos, seja pelo fato de ser uma das pessoas mais perturbadas do planeta, mais que qualquer um de nós, pessoas que não são feitas de tinta e papel , ou porque James (para os mais chegados), é uma bela caracterização do ser humano de uma maneira geral, afinal de contas como o personagem passamos uma boa parte das nossas vidas sem saber quem somos de verdade, tendo que sobreviver a tragédias e nos autocurando sempre que possível. A depressão wolverinesca faria Freud ter que reavaliar todas suas teorias. Como Logan, vivemos num mundo aonde o autocontrole e a fúria desenfreada está separada apenas por uma baforada de charuto.
E tem mais, para quem leu a HD Wolverine: Origin, de Bill Jemas, Paul Jenkins e Joe Quesada, que está sendo relançada esse ano (pra ser mais exato foi em março), sabe que valeria muito a pena ir ao cinema pra conferir como ficaria. Nem que fosse para ver que Alan Moore está com a razão quando diz que não suporta adaptaçoes. Mas antes.....
Vamos a história.....


Nessa HQ, a tal da definitiva origem do herói é contada, e você descobre que ele não passava de um pirralho que viva doente e que desde sempre Dentes-de-Sabre foi o antagonista, pero no mucho de Wolverine, se você não leu, e consequentemente mora em Júpiter, compre que vale as mariolas que você gastar.
Bom, logo depois de lançada em 2001, a origem já tinha despertado a curiosidade de todo mundo, afinal de contas se existe um personagem com mais implantes de memória na história das HQ é o Logan.
Depois a Marvel resolveu fazer uma revista só contando as outras histórias inacabadas de Wolverine, revista essa que já está na edição 38 , e contra tudo sobre a Arma X, Deadpool e mais, muito mais......


Bom depois, desse curso Wolverine Básico 1, vamos ao filme.....
Primeiro se você for fã ferrenho, sunita, entre outros adjetivos radicais, nem vá ao cinema. Você vai reclamar que o Deadpool foi mal aproveitado, que a história da Arma X, está incompleta, que faltou falar da S.H.I.E.L.D. (e para você que gosta, um filme sobre Nick Fury está em pré-produção). Nem perca tempo para falar mal porque ninguém sequer citou o Capitão América na Segunda Guerra, e se você, caro leitor radical for ao escurinho do cinema com ou sem drops de aniz, vai se desesperar sobre a Kayla Silverfox, afinal de contas, a história contada nos quadrinhos é diferente (Silverfox foi companheira de Wolverine no projeto Arma X, Logan achava que tinha vivido com ela na Canadá, e para deixar qualquer canditado à Romeu querendo entrar na vida dos lexotans, é morta por Dente-de Sabre, no aniversário do nosso herói). E ainda vão ter aqueles que vão reclamar do Xavier botocado no fim.......mas se você não está nem aí para o mundo dos nerds.......
Compre um sacão de pipoca, refrigerante, porque as próximas quase duas horas serão de diversão. É muito bom ver o Hugh Jackman encarnando o mutante, ele pegou bem o espírito da coisa. As cenas de ação estão bem feitas (apesar dos efeitos serem mezzo muzzarella mezzo calabresa......), a briga entre Wolverine, Dente-de Sabre e Deadpool é muito boa, o aparecimento de Ciclope também e garantia de sorrisos e é lógico ver Charles Xavier fazendo sua aparição no estilo John Locke após o acidente com o Oceanic 815 é muito boa. Confesso que fiquei bem empolgado com o início do filme, quando vi Logan pequeno e doente na cama,apesar de achar que essa parte da vida do personagem poderia ser mais explorada e deixou um pouco a desejar. Achei o Gambit muito fraquinho (espero que Santoro seja bem melhor em X-Men 4), e o Will.I.Am é canastrão demais, assim como Liev Schreiber. Mas o filme se encaixa bem com a trilogia dos mutantes e é uma boa película de ação. Não vai fazer dormir na cadeira, você vai torcer para o mocinho, vai querer matar o bandidão, se emocionar com o drama amoroso, sair do cinema com vontade de ser o Wolverine (que está bombadinho hahahahaha......). Tinha tudo pra ser um fiasco, e dependendo de como você encara o filme ele é um daqueles tipo Alexandre do Oliver Stone, mas filmes como esse não tem que necessariamente ser fonte de debates filosóficos. Tem que ser aquilo que são, filme para meninos (cabe aqui um comentário sobre a falta de atrizes no elenco como disse a Ká......). Aqueles pra você passar suas horas torcendo para o mocinho, querendo beijar a mocinha, saindo do cinema sem ter que se preocupar em ter que ter opiniões intelectuais sobre a vertente junguiniana do personagem. Coisas divertidas são isso mesmo porque de complicada já basta a vida de James Howlett.

Ah......eu não esqueci do Bat For Lashes essa semana eu falo sobre eles......

01 maio 2009

GD 40 YOU LIKE THE BEATLES, I LIKE THE STONES......DC COMICS AND CHOCOLATE MILKSHAKE...ALGUMAS COISAS SEMPRE SERÃO SENSACIONAIS

Apesar de tudo, apesar de cada vez mais saber que o mundo é intencionalmente miserável......mesmo que de uma maneira geral por mais cuidadosos sempre machucamos os outros, e que House sempre tem razão em tudo, estamos cá no frio de feriado, entocado em casa, com meu irmão ligando do encontro de formatura sem parar (e veja lá se eu estou com humor pra atender gente alegre e feliz de se ver não sei quantos anos depois de formado e ainda por cima sorrir amarelo pra contar que está ficando gordo, cheio de filhos "etêcéterá" e tal.........).
É com essa capacidade ao humor britânico que eu começo essa noite te falando sobre talvez o mais divertido disco de 2009, (mesmo porque o Tonight do Franz já é clássico) o espetacular Art Brut Vs. Satan, lançado no fim do mês passado.
Já tinha até falado alguma coisa sobre o cd lá embaixo, mas ele merece muito mais que uma nota de rodapé, vamos ao fatos.
Começa pelo cidadão que produziu o disco, nada mais do que um tal de Black Francis, conhecido nas melhores casas de música como Frank Black, guitarrista, letrista e compositor de uma bandinha meia boca (hahahahaha), chamada Pixies. Pois bem, a banda chama o cara, entra no estúdio por doze dias e mais nada, aliás vale uma citação para uma entrevista dos caras da banda dizendo que eles não sabem o que o U2 fica fazendo por seis meses no estúdio.......
E aí você tem um disco que começa com Alcoholics Unanimous, que fala sobre os problemas de biritagem do vocalista, e não tem como perceber a mão pixieniana de Mr. Frank no Art Brut. Mas aí então você me diz: "Mas então é um disco do Pixies tocado pelo Art Brut?".
E eu te digo....e se fosse????? Smells Like Teen Spirit, não é uma cópia descarada de qualquer música do Pixies??? e nem por isso deixou de ser histórica. Pois bem, isso posto, o som é rápido demais, as guitarras estão muito mais cortantes do que nos outros discos dos caras e as frases sensacionais estão todas lá ( Took me ages to get dress this morning, I perfect well, but I´m not so great......), e é incrível como os Ramones estavam mais do que certos, nada como um simples e espatacular riff de guitarra pra deslocar seu tímpano de vez e fazer você nunca mais ser o mesmo. E como se não bastasse o petardo de início, a segunda música é o melhor single do Art Brut, deixando Emily Kane para trás, DC Comics and Chocolate Milkshake, com o refrão mais que pegajoso, e´sensacional para se dançar, para bater cabeça e para animar qualquer festinha de apartamento. Multifuncional desse jeito, o disco segue num ritmo que é difícil respirar, The Passenger, Am I Normal?, Slap Dash For No Cash, artilharia certa e é difícil não se contagiar com o ritmo imposto por Ian Catskilkin, Freddy Feedback e Mike Breyer, além é óbvio das tiradas sensacionais de Eddie Argos. Vale a pena cada centavo do seu porquinho (afinal de contas, porco não serve apenas para deflagrar mais uma guerra de laboratórios sedentos por vendas de seus remédios.........).
Mas é muito bom ver que as letras de Argos estão ficando cada vez mais sarcásticas e muito mais bem sacadas que nos outros discos, por exemplo em Demons Out, a crise vem brava....."How am I suppose to sleep at night, when no one likes the music we write"......para logo depois entrar o cinismo....."we´re Art Brut, we can take it.....",sensacional.......
O novo disco do Art Brut é exatamente como todo disco devia ser, uma música boa atrás da outra, sem tempo para respirar, mesmo tendo uma ilidiana Mysterious Bruises que começa assim "....two Advils with the drink, that made me feel invincible......I don´t know how I managed to do this, but I woke up this morning cover in bruises....", num ritmo mais que Ferdinandiano, precisa dizer mais alguma coisa.......
Até a produção bem limpa, no estilo Nevermind é uma atração a mais, um disco mais rápido e pesado, sem perder a veia pop sarcástica da banda. Poucos acordes, letras com sacadas sensacionais, banda num tempo incrível........poderia ter sido uma mera cópia, mas se tornou um dos melhores de 2009.........





Logo mais: como Bat For Lashes fez para tornar Bjork mais fácil..........

Arquivo do blog