06 agosto 2009

GD 54 A MORTE PEDIU CARONA..........MAS A RASTEIRA QUE ELA TOMOU FOI MAIOR.......

ESSE POST NÃO É UM POST DE DESPEDIDA.......É UM DESVIO NO CAMINHO....
À PARTIR DE AGORA TODO O CONTEÚDO DO LULLABIES TO PARALYZE VAI PARA UMA PÁGINA NA INTERNET.........ESSA AQUI:

www.fabionavarro.com
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TODO O CONTEUDO DO BLOG E DOS PODCASTS ESTARÃO LÁ...... TAMBÉM VOCÊS ACHARÃO TWITTER, FACEBOOK,FLICKR, ORKUT E O PODCAST MAIS MALDITO DA INTERNET.......QUE TAMBÉM MUDA DE NOME...... TODO O FRANKENSTEIN Á PARTIR DE HOJE SERÁ O GANGRENA DIÁRIO

OBRIGADO PELA PASSAGEM POR ESTE ESPAÇO...ATÉ MAIS

GD 54.........OS FILMES QUE VOCÊ TEM QUE ASSISTIR ESSE ANO........



"Mas eu realmente não acho que sou Sid Vicious......"
"Não, eu sou Sid......"


"Eu tenho aquilo que os médicos chamam de Síndrome de Asperger..."

05 agosto 2009

GD 54....QUEM NASCEU PRIMEIRO....A GALINHA OU A FARSA.........


Bom antes que se torne tarefa insuportável escrever sobre isso, vamos logo ao parto. Mesmo porque nas últimas semanas não se fala de outro assunto. Congestionamento em blogs e servidores. As discussões parecem não terminar nunca, e acho que nem vão enquanto o disco não chegar fisicamente nas lojas, e ainda vão perdurar pelo menos até o final do ano (apesar de achar desnecessário essa discussão sem fim). Mas não adianta ficar muito animadinho não, HUMBUG do Arctic Monkeys não é nem será o melhor discos deles. Não o acho histórico, não vejo essa virada de estilo tão grande assim. Acho até às vezes um segundo disco do The Last Shadow Puppets e não o terceiro disco dos AM. Eu não acredito no hype.........é por isso que eu acho HUMBUG uma farsa , das melhores que eu já ouvi........
Nada vai superar a urgência do primeiro disco dos caras, a sucessão inesgotável de músicas sensacionais com uma pegada de emergência tão grande quanto a do primeiro disco dos Ramones. O redesenho do rock para remexer o esqueleto da primeira bolacha, as notas e o tempo, nada que eles façam depois vai conseguir superar. Mas a necessidade de andar para frente é tão urgente quanto respirar, e é nesse contexto que se encaixa Humbug.
Quando os AM começaram eles eram a novidade mais bacana do rock, tudo que eles deixavam vazar pela internet era consumido em altas doses, eles se tornaram a dopamina mais marcante da indústria, mas eles sempre deixaram claros que não acreditavam em todos os holofotes que eram despejados em cima deles. Talvez por saber dentro deles mesmos que a banda não caberia dentro de rótulos, talvez por querer manter a sanidade. O motivo real não se sabe, o que é verdade é que a banda nunca deixou de querer o original. E essa originalidade plagiada seguiu a banda, e eu digo plagiada porque é quase que óbvio. O que fazer quando as pessoas acham seu som o mais bacana de todo o planeta, o que seguir quando um grupo de quatro moleques se encontram no meio do furacão de "mudernidadezinha", sendo comparados à deuses a todo momento. Qual a direção quando ordas de seguidores cegos e fiéis se estapeiam para decidir qual a música é a melhor. Fazer o que quando todas as bandas querem ser a sua????
A saída é fazer um disco que não seja nada parecido com o que foi feito por eles até agora. Mudar a palheta de cores, formar novas ondas sonoras, sons mais pesados e estranhos. Essa é saída mais clichê no mundo do rock. E foi isso que eles fizeram. Mas a maneira de realizar esse plagismo de atitude que Alex Turner e a sua gangue escolheram é que é o diferencial. E por isso sim esse disco torna-se obrigatório. Porque não é todo mundo que consegue ser originalmente copiante. E isso mantém os AM ainda no patamar que eu insito em falar e por várias vezes já fui colocado dentro de uma camisa de força e convidado a dar o telefone do traficante que me dá esse tipo de droga pesada daonde saem essas opiniões. Eles são talvez a banda que mais se aproximou dos Beatles na história. Um dia quando tudo estiver tomado por máquinas, e as pessoas viverem dentro de subsolos imundos, cheios de ratos e com exércitos de resistência em homenagem a Sarah Connor a gente volta a converar sobre isso..........
Mas o disco já começa diferente de tudo que eles fizeram. My Propeller é dificil e não tem nada de dançante e punk quanto Brainstorm ou A View From The Afternoon. É de levada mais lenta e não vai agradar a quem queria ouvir mais um hit indie. Mas por isso mesmo é boa. E até o single desse disco, Crying Lightning é esquisito. De nuance toda quebrada falando sobre truques de mágica, sobre tempos passados estranhos que parece que a banda sente isso em relação ao que aconteceu com eles lá atrás.......
Mas o que deu mesmo a mão desse disco foi um cara que está se tornando um alquimista de primeira. Um tal de Josh Homme. Esse cidadão encrenqueiro, pertencente á categoria animal dos Adictus Lunáticos Sapientes colocou a banda para fazer o dever de casa com um peso parecido com aquelas rochas que explodiam a cabeça do coiote. E Dangerous Animals é prova disso, o que não chega a parecer uma cover do Queens Of The Stone Age, faz com que o evangelho segundo o coiote continue a correr livremente pelo deserto. E nesse clima é que entra Secret Doors, talvez a primeira que lembre os discos anteriores. Parece que a areia fez bem pra molecada, e eles não estavam dentro de um caminhão numa estrada dando caronas a garotas de programa.A levada quebrada da música é boa na medida, mas mesmo assim parece que além do QOTSA o Last Shadows Puppets ainda rondava a cabeça de Turner e Cia.
Potion Aproaching é a que mais se aproxima do estilo monkeininano de ser, puxada pras pistas pelos cursos mas com refrão em outra rotação é a resposta que eles dão á todo mundo: nós somos uma banda de rock e não uma máquina de hits apenas. Fire And The Thud é a marca mais pungente do senhor Homme no disco, se já ouviu coisas como I never came e principalmente "You got a killer scene here,man" do QOTSA sabe do que eu estou falando. E é isso, copiar com esse grau de originalidade é coisa pra pouca gente.
Cornerstone é de longe a música mais bonita feita pelos AM, (she´s is close, close enough to be your ghost......she´s was nothing but a vision trick.....) de uma beleza bruta muito grande, pra dançar bem de perto e vai virar trilha sonora de beijos e mais beijos com meninas de All Star e meias vermelhas. E aqui cabe uma observação, a voz de Turner continua a mesma (mas os cabelos!!!!), a diferença desse disco para os outros dois é que ele parece estar encontrando a linha melódica definitiva, deixando o som tomar conta dele para cantar e isso é sempre bom. E posso fazer mais uma heresia? Acho Cornerstone tão importante para esse disco quanto That´s The Way no Led Zeppelin 3..........ouça:








Dance Litlle Liar e The Jeweller´s Hands (essa última trilha sonora de filmes de gangsters.....) são o mais do mesmo desse disco, temas vagarosos e estranhos para quem esperava outra Tedy Pricker, mas bem tocados e com uma afinação de primeira elas não incomodam, formam mais duas cores caleidoscópicas desse mosaico primata indie. Mas Pretty Visitors é uma pancada das boas, tudo nessa faixa vai te lembrar o que o rock tem de melhor, viradas de bateria sensacionais, peso e velocidade nas cordas, orgãos sinistros e frases sensacionais (who came first...the chiken or the dickhead??????). Vale a pena cada sensação que entra pelo teu estribo.
Humbug é uma farsa bem conduzida, uma virada de história já enxergada e nada inédita. Mas nem por isso menos importante. A crueza das rotações e as melodias esquisitas vão garantir as discussões de todas as rodas de indies......esse não é um disco sensacional, está longe disso. Mas é bom ver uma banda crescer tão bem na frente da sua cara.......






Pretty Visitors

04 agosto 2009

GD 54....A SAGA DOS DISCOS ESQUECIDOS CAPÍTULO III

Após longas conferências com as vozes de dentro de minha cabeça, depois de procurar um cachorro para que eu, após escrever esse post pudesse colocar minha cabeça dentro dele e desaparecer, decidi. Esse seria o disco que iríamos desesquecer. E não adianta reclamar, postar nos comentários que esse blog virou balada trash.
O ano era 1990, e o mundo estava saindo de uma política pop ditada pelos cabeludos que supostamente tocavam rock. Nomes como Poison, Nixon, Bon Jovi eram figurinhas carimbadas em qualquer FM de rock. Tudo bem que em 1990 o Happy Mondays lançou aquele primeiro disco fantástico ( Pills`N´Thrills and Bellyheaches ), Pixies tinha saído com Bossanova, Black Crowes lançou a carreira com o sensacional Shake Your Money Maker. Ainda teve o Violator do Depeche Mode, e as pistas alternativas foram tomadas de assalto pelo Deeee Lite. O Edir Macedo tinha comprado a Record e o Mandela estava solto.......Mas o fino da bossa do mundo rock alternativo era coisa ainda que era consumida por um pedaço da população extremamente pequeno. Não que hoje tenha mudado muito, mas a internet ainda era um feto em formação, não era nem de longe o monstro verde que viria a ser. E por isso quem morava longe dos grandes centros, não tinha muita escolha. Ou era I´ll be there for you e um vidro de cianureto ou você tinha que esperar seu PC chegar com o coelho da Páscoa........
Nesse contexto de vida que saiu em 1990 esse disco. E não tem como não classifica-lo pelo maior pecado que ele comete. Ser pop demais. É cheio de hits de FM grudentos com refrões que hoje em dia fazem a alegria dos balzaquianos melindrantes do movimento trash. Mas antes que você ache que este que vos escreve tomou uma quantidade inimaginável de LSD, atenha-se à esses dois pequenos detalhes: um disco que catapulta uma rádio ao patamar de referência dentro do mundo pop e que aos olhares mais atentos trazia tendências que dez anos depois virariam "muderninho" não pode ser apenas produto pop descartável, mesmo que os realizadores tenham se esforçado para que isso fosse verdade.
Hack do Information Society. Sim meus apavorados transeuntes, esse disco tem pérolas escondidas, e sinto muito dizer que esse seu nariz torcido vai concordar. Vamos aos fatos:
O disco começa com Seek 200, uma ambientação mezzo industrial, mezzo mussarela com gritos e samplers que não acabavam mais. Vamos lembrar que nesse tempo se você dissesse a palavra Napster por aí provavelmente iriam achar que você estava resfriado, e vamos lembrar que Trent Razor estava começando e apenas Pretty Hate Machine havia sido lançado. E Head Like a Hole (eu já volto a falar da ligação entre Trent Razor e o IS já já.....), não iria tocar nas rádios que promoviam o que era empurrado pela goela abaixo dos ouvintes, então esse som era estranho para as massas. Mesmo que dois anos antes em 1988 o Depeche Mode tenha lançado Music For The Masses, aonde desistia dos samplers e começava a usar sintetizadores analógicos. Vale ainda lembrar que a praia do Depeche Mode eram músicas completas, ainda que o mercado brasileiro insistia em colocar a banda nas coletâneas de discos de casas noturnas. Então o trabalho dos caras do IS foi deixar esses sons mais democráticos, e nisso eles foram especialistas.....porque as músicas deles já eram remixes, não precisava mexer muito.........E a produção de Fred Maher (o cara que produziu New York do Lou Reed), ajudava muito nisso.
E aí é que começa o pecado pop do disco, How Long e Think são pesadelos pop de qualquer indie que se preze. As músicas foram exauridas no quesito audição. E chegaram ao top 30 americano tão rápido quanto sairam. Aqui no Brasil, elas estavam em qualquer festa, nas paradas de sucessos das seis horas da tarde de qualquer FM. E elas são isso que são, chicletes com recheio bacana, mas que com o tempo perdem o sabor, mas nem por isso você vai falar mal do ploquismo dessas duas canções. Elas catalputaram a rádio Jovem Pan ao patamar de rádio mais ouvida por todos os cantos, e sim você pode até torcer o nariz, mas é inegável que os caras conseguiram apenas misturando sons de máquina. Nesse tempo de Hack, o Fatboy Slim ainda tocava no Pizzaman. E basta você ouvir A Knife and a Fork, Now That I Have You ou Hack 1 (faixa com um suingue funkeado inegável), para perceber que eles estavam pelo menos seis anos antecipados ao que surgiu com On the Floor at The Bottique ou em You´ve Come a Long Away, Baby. Você duvida, então dá uma olhada no sampler de Now That I Have You na hora do solo, e depois escuta The Rockafella Skank.......tá tudo lá. E você lembra lá em cima da ligação perigosa entre o Trent Razor e o IS ?????? Pois bem escute Hard Currency e Head Like a Hole, e você verá que essas duas faixas são separadas ao nascer. A do NIN é a irmã mais velha. E aí nem adianta gritar, você vai dizer para mim que a maioria das bandas indie de hoje em dia não fazem a mesma coisa? Regurgitam sons do passado com maestria. O Information Society apenas estava com pressa.........
Mas eles não apenas anteciparam os sons de lotar as pistas, o Insoc se antecipou à Tom Yorke (posso esperar umas bombas na minha casa né???? hahahahaha). Pois não se irrite sunita leitor, eu explico. Se você não foi ao show do Radiohead eu te conto. Antes da música The National Anthem, os caras do Radiohead colocaram no ar a programação de algumas rádios brasileiras. Eles sintonizavam aleatoriamente e deixavam rolar o que estivesse passando nas rádios. Pois bem escuta essa música aqui e espere o fim dela...........









Pois bem, agora veja lá......






Não estou dizendo que a música é melhor, mesmo porque Radiohead é genial demais, mas que estava tudo lá no disco dos caras dezenove anos atrás, isso estava.
O disco tem músicas desnecessárias também. Can´t Slow Down, Move Out, Sleeping Away ( que chega a ser pior que I´ll be there for you do Bon Jovi) e Chemistry são provas de que eles erravam e muito, mas não dá pra escutar If Only ( com o sampler da escapada do Jerry do desenho e seus shob pa pa birus....) ou Fire Tonight com a sua tendência de carrossel eletrônico, e não achar que eles tinham pelo menos um pouco de talento (pelo menos mais que o Latino hahahahahha).
O disco vendeu como remédio para gripe suína aqui no Brasil, músicas em trilhas de novela e tudo mais. Na gringa eles explodiram tanto que depois desapareceram. Nada mais que a banda fez conseguiu fazer o mesmo estrago desse disco. Hoje eles vivem de turnês caça-níqueis como a que vem ao Brasil esse ano. O vocalista que no fim dos anos 80, começo dos 90 era o nerd sexy-symbol, hoje ostenta uma pança de dar inveja ao Fausto Silva. O Information Society era uma banda descartável como a história mostrou depois. Mas qual o problema?????? Já pensou como seria a vida sem Ploc????
No mínimo uma chatice caetanesca sem fim...............
(agora com licença que eu preciso escutar Dead Kennedy´s..........)


HACK
INFORMATION SOCIETY

FICHA:

Produção: Fred Maher, InSoc e Kevin Laffey
Mixagem: Bob Rosa, Fred Maher e Paul Robb
Músicas: Paul Robb, Kurt Harland e Fred Maher
Vocais: Kurt Harland e James Cassidy
Backing Vocals: Nocera e India
Midi: InSoc e Think Tank

MÚSICAS:
01.0. SEEK 200
02.0. HOW LONG
03.0. THINK
03.1. WENN WELLEN SCHWINGEN
04.0. A KNIFE AND A FORK
04.1. R.I.P.
05.0. NOW THAT I HAVE YOU
06.0. FIRE TONIGHT
07.0. CAN'T SLOW DOWN
07.1. T.V. ADDICTS
08.0. HARD CURRENCY
09.0. MOVE OUT
09.1. CP DRILL KKL
10.0. MIRRORSHADES
10.1. WE DON'T TAKE
11.0. HACK 1
11.1. CHARLIE X
12.0. IF ONLY
13.0. COME WITH ME
14.0. SLIPPING AWAY
14.1. HERE IS KAZMEYER


FRASES:

"...What makes 'Hack' such a fun surprise isn't so much pure energy as technological theft...."
Spin 2/91

"...Clever as the computer stuff is, where these guys really get brainy is in the songwriting...finding hooks in electronic abstractions like "R.I.P" or "CP Drill KKL" is pure genius...."
Musician 1/91, p.92

02 agosto 2009

GD 54.....O PODCAST MAIS MALDITO DE TODA A INTERNET......

Foram horas de trabalho árduo, canseira, olheiras.......e muito som. Depois de um sabático sábado, finalmente saiu o PODCAST DO GANGRENA DIÁRIO. Tic-tacs à parte, o programa dessa semana tem The Mae Shi, Art Brut, Friendly Fires, Arctic Monkeys......e outras coisas para você ouvir e correr atrás........



30 julho 2009

GD 53......FALTA MENOS DE UMA HORA............

Esse post é apenas para dizer que se você ainda não ouviu as músicas novas, ou se nunca assitiu à um show de uma banda no mundo virtual (coisa que eu acho muito pouco provável......), clique na foto e assista ao show de lançamento do novo disco dos Arctic Monkeys, o já mais do que esperado HUMBUG. Na semana que vem uma resenha sobre o mais novo petardo e no podcast inaugural algumas faixas. Aliás que bela semaninha para iniciar um podcast. O show acontece ao vivo em exatamente 46 minutos........Clique na foto e bom show. Durante a transmissão o twitter do blog que você acessa aqui, vai passar o set list...........


O show foi curto.....apenas cinco músicas, mas deu pra perceber que eles mudaram toda a sonoridade da banda sem deixar de ter a marca registrada dos Monkeys. Apenas acrescentaram um peso a mais.........
O set list:
Pretty Visitors
Crying Lightyning
Red Right Hand (cover)
Potion Approaching
Secret Door

29 julho 2009

GD 53.......OS SONS DO ANO PASSADO QUE VOCÊ NÃO OUVIU AINDA........A GRIPE SUÍNA?????? E O PODCAST DOS INFERNOS.......



E agora vai.....a semana que vem estréia em rede internacional (hahahahahaha), a mais nova empreitada desse blog sem vergonha e amoral. O podcast do Gangrena Diário.Provavelmente retirado do ar depois de algumas semanas por falta de ouvintes ou por falta de decoro parlamentar (palavra da moda essa....). Música, opiniões desconexas e provavelmente algumas furadeiras elétricas.......o endereço é esse aqui:
http://lullabiestoparalyze.podomatic.com/. Aguardem.....

Antes de mais nada, você já sabe????? Will Smith estava certo. Você já comprou seu pastor alemão?????? Já preparou as cargas de explosão nos arredores?????? Já estocou toda a manada de sucrilhos possível???? Já comprou seus aparelhos de malhação da Polishop, para manter-se em forma dentro de casa?????? E o seu Juicer da marca mais vendida para fazer suco de lápis de cor quando acabarem as frutas?????
Esse lance da gripe já deu o pé no meu testículo esquerdo.......e está quase chegando no direito. Primeiro porque ninguém trata isso do jeito que tem que ser tratado. Se uma morte já é suficientemente um fato chato imagine então as centenas já morreram.....e as centenas que virão. Sim eu sou o quinto cavaleiro do Apocalipse, eu sou a perplexidade diante da morte de centenas.....eu sou a fúria da incapacidade humana de se revoltar com isso........
Porque essa gripe não mostra apenas como o ser humano é o mamífero menos preparado para a vida no mundo selvagem do Animal Planet. Essa epidemia, mostra sim o lado mais podre do ser humano, a falta de consciência. Na verdade a gripe é uma amostra da natureza darwiniana de que somos inaptos a ter o mínimo de higiene possível. Explico.
Você já ouviu dizer em algum lugar informações dadas pelo "orgãos competentes", de que se tivermos o mínimo de zelo pela higiene a transmissão do vírus pode ser controlada, por um simples ato de lavar as mãos e mínimas noções de higiene. Sendo assim, lógico que quanto menos pessoas fazem isso, mais o vírus se espalha e mais pessoas infectadas = mais pessoas morrendo de maneira besta por causa de um ser unicelular mutante. Outra coisa, quantas pessoas que você já viu pela ruas nesses dias tem a decência de estar em um espaço público e espirrar ou tossir com as mãos tapando a boca???? Ou quantas pessoas você já viu carregando um lenço e tossindo dentro dele????? O que mais se vê nessas terras outrora leishimanióticas é um festival de falta de educação. Todo mundo tossindo na cara do outro, espirrando perdigotos do inferno por todo o ar e ainda pessoas que acham que podem estar com qualquer tipo de gripe circulando livremente por aí. Tudo bem, ninguém que trabalha e precisa do dinheiro para sobreviver na selva vai poder parar de trabalhar por causa de meia dúzia de espirrinhos, mas meu caro leitor tuberculoso....é o seguinte: você não precisa parar de viver se você desenvolver a consciência de que se por um acaso você estiver infectado com esse vírus, você se torna um homicida em potencial. Porque o que você carrega é sim letal à vida de outras pessoas. Por Alá, você anda com uma faixa inteira de dinamites dentro dos seus pulmões e está sim explodindo os outros. Por isso tenha a boa vontade de mostrar apreço pela vida e procure ajuda. Tenha a boa educação de andar com lenços e máscaras, porque quem não tem nada não precisa, a não ser que queira virar uma placa histológica bípede e ambulante. Essa gripe mostra aquilo que é tapado pela peneira do mundo mágico de Sarneyóz, que o ser humano não tem capacidade de se preocupar com noções básicas de cidadania, educação, moral e higiene........Ah mas espere aí!!!!!! Você está sendo nazista demais!!!! Então todo mundo deve se trancar e isolar, e a culpa do governo???? Então judaico leitor, o governo tem culpa por não agir decentemente. Por não informar o real risco, por esconder dados do povo, por não investir em educação e saúde, por não controlar o espaço aéreo direito, enfim por tudo e mais um pouco. Quando um infectologista de renome na comunidade científica vem à público dizer que o remédio ministrado na fase inicial da doença pode ajudar a parar a epidemia e o governo insiste em dizer que está tudo bem quando não está, nossos governantes são sim culpados. Mas nenhuma grande mudança veio do governo, nenhuma. Não existe real transformação se não vier de dentro da população. Enquanto estivermos encobertos pelo próprio rabo e não conseguirmos enxergar que para cada lixo que não recolhemos, por cada ação baseada na falta de educação e gentileza, por cada falta de consideração pelo próximo cada minuto um vírus diferente pode se tornar um matador em potencial. Seja ele o vírus da gripe A, o da indiferença, a falta de higiene, enfim seja ele qualquer um relacionado com a nossa incapacidade e impotência diante de um simples fato: o ser humano de hoje não se importa com o outro. Não somos feitos pra viver pacificamente em sociedade, porque simplesmente não respeitamos nada, nem a formiga que passa pela janela da sua casa e é morta por um golpe mortal da sua mão, muito menos aquele cara que está dormindo no ponto de onibus e é queimado vivo por um bando de playboys. Enquanto isso acontecer, essa gripe é só o começo. Aliás acho que essa gripe se chama suína, não por causa do quadrúpede lamacento, mas sim porque o ser humano não deixa de ser um porco também.......evidenceeeeeeee...evidenceeeee.....got to take this evidenceeeeeee.......

Mas então antes do mundo acabar, você precisa ouvir certas coisas, ou não. E por favor vai tossir para lá........
Esses caras estão há dez anos na estradinha. Há dez anos mostrando que o País de Gales é o produtor de gente mais louca desse planeta suíno. Na certa você já ouviu os caras pelo menos uma vez e aqui eles são um dos favoritos. SUPER FURRY ANIMALS. Do disco novo Dark Days/Light Years, Inaugural Trams. O cara que faz a voz robótica "zero, zero, zero.... bus stop" é o Nick MacCarthy (guitarrista do Franz Ferdinand) que aparece nesse vídeo.


Esses outros cidadãos também estão na estrada há algum tempo, e lançaram já um sensacional disco LET IT BEEP em 2008. Os tenessianos do ROYAL BANGS, são a alquimia mais clara de som e fúria que você já ouviu em muito tempo.E essa música de 2008, lançada em uma coletânea da revista Clash no mês passado apenas comprova isso. Dá uma olhada nessa apresentação dos caras o tocando a já famigerada Brother.


O folk não morre, é isso.Pelo menos não será nesse biênio...... a banda de canadenses do THE ACORN, prova que o gênero ainda tem muita calça jeans suja para gastar. Esse som que saiu no disco de 2008 Glory Hope Moutain, mostra que apesar de já estar ficando mais do que batido, ainda tem bandas que podem fazer a diferença.

GD 53......ANTES DOS SONS OS SHOWS......

Repassada rápida na lista e shows desse ano, algumas mudanças e outras perguntas sem respostas.....
Rolando por aí que......o Green Day pode ser o head line do Planeta Terra, e isso me leva a uma questão evolucionista lamarkiana:
O ano passado aconteceu o show do Offspring.Punk californiano meio calabresa meio farofa. Dessa vez talvez o Green Day, que além de servir para trilha sonora da Malhação, é dispensável. Tudo bem que eles foram bacanas fazendo o tapa na cara da sociedade americana com American Idiot e que se posicionaram e coisa e tal.Mas o Green day nada mais é que uma máquina bem azeitada de fazer hits punks digestíveis.Então estará o Planeta Terra esse ano concretizando a sua vocação emo??????? Ou mais uma vez eles vão trazer atrações que formem um mosaico ainda maior, porque também o ano passado é que pode-se ver ao mesmo tempo uma banda para a galera dos 80 (Jesus and Mary Chain), Foals e Offspring.Tudo no mesmo royale with cheese.........
Mas enquanto a gente não sabe o que vai acontecer a lista fica assim......


THE ATARIS.................................26/07 Hangar 110

CACHORRO GRANDE..................08/08 Sesc Pompéia (lançamento do cd novo)

LITLLE JOY...................................15/08 VIA FUNCHAL (NOVO)

CHUCK BERRY..............................19/08 Via Funchal

GAROTAS SUECAS.......................27/08 Sesc Pompéia

FRIENDLY FIRES.........................17/08

COPACABANA CLUB....................17/08 os dois no Studio SP no festival Poploaded Gig 2

BROLLIES & APPLES...................17/08 No Popload Gig 2.

JERRY LEE LEWIS........................18/09 Credicard Hall

THE KILLERS.................................21/11 (local à definir)??????

FAITH NO MORE..........................07/11 não será mais no Planeta Terra

THE TING TINGS..........................21/11 Festival Planeta Terra palco indie

GRIZZLY BEAR.............................se ainda vier.....depois de novembro

PRODIGY.......................................Outubro Festival 80,90,2000

THE PRIMAL SCREAM.............. Outubro no mesmo festival do Prodigy

FRANZ FERDINAND.......................em 2010


Hoje à noite......músicas do mês passado e a sociedade informatizada...........

27 julho 2009

GD 53........OUÇA ANTES QUE ALGUÉM FIQUE CHATO DEMAIS.......

Ninguém vai salvar o mundo do rock ou da música indie, mas de vez em quando surgem coisas que fazem você perder mais que três minutos escutando, o que diga-se de passagem já é alguma coisa.


Já fazendo um barulho desde o ano passado entre os meios de comunicação especializados (eu acho esse termo cafoníssimo hahahaha), as irmãs Jennifer e Katherine O´Neil acompanhadas do comparsa Matt Bick nas baquetas, fazem do BLEECH uma das coisas boas que andam circulando por aí......som por assIm dizer honesto, trabalhador, seguro e por que não dizEr até seguro demais. Mas mesmo assim eles são de Londres e uma banda que foge ao esteriótipo do britpop é sempre bem vinda. Você já deve ter visto, se não viu aqui estão eles.....




Mais um cara que está na ativa faz tempo, mas estava a seis anos sem gravar, volta com um incrível disco chamado COPE. Seu nome ALEX FREELAND. Nesse disco há mês rodando por aí e com dois videoclips bacanas já soltos, os convidados são um caso à parte.Nomes como Tommy Lee, Twiggy Ramirez, Brody Dalle e Joey Santiago são apenas alguns que passaram pelo projeto.Além do vocalista Kurt Baumann de uma voz um pouco estranha demais, quase beirando o fantsmagórico....tem uma pegada bem LCD Soudsystem, mas beirando mais a praia do NIN.



Cabaret, punk, rockabilly, coreografias vintage. Tudo isso dentro de uma banda que está de disco novo na praça, sucesor de Lullabies seu primeiro trabalho. O som da banda MISS DERRINGER está diretamente ligado ao que você vê nas fotos, quase sendo tudo auto explicativo. Duvida??? então veja a foto deles:

E mesmo assim não ficou claro toda a mistura de sons dos anos 40 e 60 junto com punk na mesma linha dos Desdren Dolls, veja o vídeo. E descubra o porque da vocalista Liz MacGrath se tornar a primeira na lista de homicídios de qualquer namorada ciumenta pelo seu jeito Debbie Harry de ser.....

26 julho 2009

GD 53......1.21 GIGAWATTS?????????? 1.21 GIGAWATTS?????????


Antes de começar, o forum sobre o Arctic Monkeys, está a toda hora vazando as músicas novas do disco Humbug pela internet e não é de hoje. Pra quem ainda não ouviu (e tem gente que disse que dessa vez os caras da banda conseguiram segurar as músicas antes do lançamento......) aqui vão duas que sairam por esses dias.....







Mas não é sobre o AM que iremos discutir hoje, vamos falar da família Brown.......
A família se formou após 1908, quando a árvora genealógica dos Von Brauns juntou-se à de Sarah Lathrop, na cidade de Hill Valley. A família de Sarah já morava na cidade desde 1808. Os Von Brown mudaram seu sobrenome para Brown na época da primeira guerra mundial, por causa da perseguição aos nazistas. E dessa união entre a família americana e a hungara-austríaca (existem versões em que a família Von Braun era na verdade alemã da gema....), nasceu Emmet Brown.
Emmet era uma criança inteligente, sempre demonstrando um talento nato para as ciências. Durante toda a infância a efervescência cerebral o levava a descobrir coisas novas, mas foi em Julio Verne que encontrou seu mentor e escritor predileto. Existem relatos que em 1932, o Dr. Brown (como viria a ficar conhecido), tentou sem sucesso descer até o centro da terra. E nos anos 40 participou do Projeto Manhattan, mas foi apenas em 1983 que ele conseguiu atingir o pico de sua carreira ao colocar em prática uma idéia que teve em 1955, o capacitor de fluxo, dando origem assim a primeira e única maquina do tempo.......
E é essa invenção que acabou de entrar no mundo indie. Os indícios de que ela estaria sendo usado no mundo da música já eram evidenciados por bandas como Mars Volta, Fleet Foxes entre outras. Mas dessa vez a locomotiva foi longe demais.




THE PHENOMENAL HANDCLAP BAND, combo formado pelos DJ's Daniel Collás e Sean Marquand, mais os músicos experientes como Jaleel Bunton (TV on the Radio), Aurelio Valle’s (Calla), The Lady Tigra’s (L’Trimm) e Carol C (Sí Se). Com um detalhe: os dois DJs que começaram o projeto se auto intitulam The Wicth Doctor e Medicine Man...... Se você ainda não se convenceu que eles são de outra época então ouça o primeiro disco deles que leva o nome da banda como título.
Desde os primeiros acordes de The Journey To Sierra Da Estrela, uma quase suíte instrumental com ventos sonoros no início e descambando para um funk aonde você só consegue enxergar as botas de plataformas prateadas batendo em cima de uma pista de dança iluminada. Cabelos grandes, fitas amarradas na testa das meninas quase hippies, quase dancing days. É temático e é imaginário.
Provavelmente você deve se lembrar daqueles discos da época dos seus pais ou dos seus avós, que eram coletâneas de músicas pops dos anos 70, que tinham nomes como Disco Dynamite, Hits Explosion, essas coisas.....Pois bem, a massacrante dançante All From Above é exatamente uma músicas dessas, mas com muito mais talento que a maioria daquelas coisas que haviam nesses discos......a guitarra suingada a lá Benjor (e calma que o Brasil tem uma parte importante nesse disco todo....), os teclados intergaláticos e os backing vocals sussurrados trazem uma tensão grande. Funciona tão bem quanto qualquer música do Jackson 5, numa pista. Sem contar a gaita blueseira do fim.....


Testemony é clímatica, lembrando a linha que anda uma outra banda sensacional o TV ON THE RADIO, de uma pegada punk pop infernal. Um funk barroco com pitadas lisérgicas. Cores imaginárias dentro de uma letra pra lá de viajante. Logo de início a letra diz que a crueldade satisfaz as necessidades, se prepare. Nesse exato momento você já está a 88 milhas por hora próximo a 1.21 gigawatts.
Como se não bastasse balançar a estruturas todas da pista com esse início, a faixa a seguir Give A Rest, faz você perceber que eles estão indo cada vez mais para trás no quesito tempo. As influências dos primórdios aonde o rock começava a ficar perigoso estão em todas as partes dessa faixa, mas ela quase que dá uma acalmada no clima do disco. Se fosse duas rotações mais lenta seria uma balada. Mas ela é perfeita assim.



Se você já não está se sentindo John Travolta com a faixa You´ll Desappear, posso te dizer que você realmente é doente do pé. Climas de video game antigo com linhas de bateria com quebradas sutis e bem marcadas e os vocais femininos ajudam no clima ranchão psicodélico do Tio Thomas. Tudo lembra o funk, tem um cheiro de mofo irresistível. E com essas credencias, chega o poderoso hit 15 to 20. Com a voz marcante feminina, é impossível não se mexer junto com a levada suingada da bateria. A guitarra novamente remete a música brasileira, mesmo porque você se lembrará do CSS. Mas isso é explicado por um motivo muito simples. Há oito anos Sean Marquand promove uma festa de música do Brasil em Nova Yorke, e também porque ele é fanático por Jorge Ben Jor, fora os outros artistas como Erasmo Carlos, Tim Maia, Elis Regina, ou seja, gente maluca influenciando o manicômio. Quer coisa melhor que isso..........
E essa influência do suingando suingando é latente nas pulsantes Dim The Light e I Been Born Again, nessa última o refrão chiclete misturado aos woah woah woah na guitarra definitivamente te levam sem volta aos tempos das meias coloridas e da cocaína no Studio 56.
O disco ganha clima de rock de arena com The Martyr e Tears , e tome mais influências do funk, mas com pitadas daquelas bandas que eram formadas por famílias e cantavam em programas da televisão. Mas é com Baby que você se sente dentro de um disco da Motown, todo o clima de música de seriados policias do Shaft está lá. E procure a homenagem subliminar á uma música que se chama Kung Fu Fighting..........
Os quase nove minutos da climática The Circle Is Broken, fecha a noite de baladinhas dançantes de maneira suave e sossegada, afinal de contas é necessário fazer o De Lorean chegar a lugares nunca antes visitados pelo homem..........

Ah....e antes que eu me esqueça.....