30 julho 2009

GD 53......FALTA MENOS DE UMA HORA............

Esse post é apenas para dizer que se você ainda não ouviu as músicas novas, ou se nunca assitiu à um show de uma banda no mundo virtual (coisa que eu acho muito pouco provável......), clique na foto e assista ao show de lançamento do novo disco dos Arctic Monkeys, o já mais do que esperado HUMBUG. Na semana que vem uma resenha sobre o mais novo petardo e no podcast inaugural algumas faixas. Aliás que bela semaninha para iniciar um podcast. O show acontece ao vivo em exatamente 46 minutos........Clique na foto e bom show. Durante a transmissão o twitter do blog que você acessa aqui, vai passar o set list...........


O show foi curto.....apenas cinco músicas, mas deu pra perceber que eles mudaram toda a sonoridade da banda sem deixar de ter a marca registrada dos Monkeys. Apenas acrescentaram um peso a mais.........
O set list:
Pretty Visitors
Crying Lightyning
Red Right Hand (cover)
Potion Approaching
Secret Door

29 julho 2009

GD 53.......OS SONS DO ANO PASSADO QUE VOCÊ NÃO OUVIU AINDA........A GRIPE SUÍNA?????? E O PODCAST DOS INFERNOS.......



E agora vai.....a semana que vem estréia em rede internacional (hahahahahaha), a mais nova empreitada desse blog sem vergonha e amoral. O podcast do Gangrena Diário.Provavelmente retirado do ar depois de algumas semanas por falta de ouvintes ou por falta de decoro parlamentar (palavra da moda essa....). Música, opiniões desconexas e provavelmente algumas furadeiras elétricas.......o endereço é esse aqui:
http://lullabiestoparalyze.podomatic.com/. Aguardem.....

Antes de mais nada, você já sabe????? Will Smith estava certo. Você já comprou seu pastor alemão?????? Já preparou as cargas de explosão nos arredores?????? Já estocou toda a manada de sucrilhos possível???? Já comprou seus aparelhos de malhação da Polishop, para manter-se em forma dentro de casa?????? E o seu Juicer da marca mais vendida para fazer suco de lápis de cor quando acabarem as frutas?????
Esse lance da gripe já deu o pé no meu testículo esquerdo.......e está quase chegando no direito. Primeiro porque ninguém trata isso do jeito que tem que ser tratado. Se uma morte já é suficientemente um fato chato imagine então as centenas já morreram.....e as centenas que virão. Sim eu sou o quinto cavaleiro do Apocalipse, eu sou a perplexidade diante da morte de centenas.....eu sou a fúria da incapacidade humana de se revoltar com isso........
Porque essa gripe não mostra apenas como o ser humano é o mamífero menos preparado para a vida no mundo selvagem do Animal Planet. Essa epidemia, mostra sim o lado mais podre do ser humano, a falta de consciência. Na verdade a gripe é uma amostra da natureza darwiniana de que somos inaptos a ter o mínimo de higiene possível. Explico.
Você já ouviu dizer em algum lugar informações dadas pelo "orgãos competentes", de que se tivermos o mínimo de zelo pela higiene a transmissão do vírus pode ser controlada, por um simples ato de lavar as mãos e mínimas noções de higiene. Sendo assim, lógico que quanto menos pessoas fazem isso, mais o vírus se espalha e mais pessoas infectadas = mais pessoas morrendo de maneira besta por causa de um ser unicelular mutante. Outra coisa, quantas pessoas que você já viu pela ruas nesses dias tem a decência de estar em um espaço público e espirrar ou tossir com as mãos tapando a boca???? Ou quantas pessoas você já viu carregando um lenço e tossindo dentro dele????? O que mais se vê nessas terras outrora leishimanióticas é um festival de falta de educação. Todo mundo tossindo na cara do outro, espirrando perdigotos do inferno por todo o ar e ainda pessoas que acham que podem estar com qualquer tipo de gripe circulando livremente por aí. Tudo bem, ninguém que trabalha e precisa do dinheiro para sobreviver na selva vai poder parar de trabalhar por causa de meia dúzia de espirrinhos, mas meu caro leitor tuberculoso....é o seguinte: você não precisa parar de viver se você desenvolver a consciência de que se por um acaso você estiver infectado com esse vírus, você se torna um homicida em potencial. Porque o que você carrega é sim letal à vida de outras pessoas. Por Alá, você anda com uma faixa inteira de dinamites dentro dos seus pulmões e está sim explodindo os outros. Por isso tenha a boa vontade de mostrar apreço pela vida e procure ajuda. Tenha a boa educação de andar com lenços e máscaras, porque quem não tem nada não precisa, a não ser que queira virar uma placa histológica bípede e ambulante. Essa gripe mostra aquilo que é tapado pela peneira do mundo mágico de Sarneyóz, que o ser humano não tem capacidade de se preocupar com noções básicas de cidadania, educação, moral e higiene........Ah mas espere aí!!!!!! Você está sendo nazista demais!!!! Então todo mundo deve se trancar e isolar, e a culpa do governo???? Então judaico leitor, o governo tem culpa por não agir decentemente. Por não informar o real risco, por esconder dados do povo, por não investir em educação e saúde, por não controlar o espaço aéreo direito, enfim por tudo e mais um pouco. Quando um infectologista de renome na comunidade científica vem à público dizer que o remédio ministrado na fase inicial da doença pode ajudar a parar a epidemia e o governo insiste em dizer que está tudo bem quando não está, nossos governantes são sim culpados. Mas nenhuma grande mudança veio do governo, nenhuma. Não existe real transformação se não vier de dentro da população. Enquanto estivermos encobertos pelo próprio rabo e não conseguirmos enxergar que para cada lixo que não recolhemos, por cada ação baseada na falta de educação e gentileza, por cada falta de consideração pelo próximo cada minuto um vírus diferente pode se tornar um matador em potencial. Seja ele o vírus da gripe A, o da indiferença, a falta de higiene, enfim seja ele qualquer um relacionado com a nossa incapacidade e impotência diante de um simples fato: o ser humano de hoje não se importa com o outro. Não somos feitos pra viver pacificamente em sociedade, porque simplesmente não respeitamos nada, nem a formiga que passa pela janela da sua casa e é morta por um golpe mortal da sua mão, muito menos aquele cara que está dormindo no ponto de onibus e é queimado vivo por um bando de playboys. Enquanto isso acontecer, essa gripe é só o começo. Aliás acho que essa gripe se chama suína, não por causa do quadrúpede lamacento, mas sim porque o ser humano não deixa de ser um porco também.......evidenceeeeeeee...evidenceeeee.....got to take this evidenceeeeeee.......

Mas então antes do mundo acabar, você precisa ouvir certas coisas, ou não. E por favor vai tossir para lá........
Esses caras estão há dez anos na estradinha. Há dez anos mostrando que o País de Gales é o produtor de gente mais louca desse planeta suíno. Na certa você já ouviu os caras pelo menos uma vez e aqui eles são um dos favoritos. SUPER FURRY ANIMALS. Do disco novo Dark Days/Light Years, Inaugural Trams. O cara que faz a voz robótica "zero, zero, zero.... bus stop" é o Nick MacCarthy (guitarrista do Franz Ferdinand) que aparece nesse vídeo.


Esses outros cidadãos também estão na estrada há algum tempo, e lançaram já um sensacional disco LET IT BEEP em 2008. Os tenessianos do ROYAL BANGS, são a alquimia mais clara de som e fúria que você já ouviu em muito tempo.E essa música de 2008, lançada em uma coletânea da revista Clash no mês passado apenas comprova isso. Dá uma olhada nessa apresentação dos caras o tocando a já famigerada Brother.


O folk não morre, é isso.Pelo menos não será nesse biênio...... a banda de canadenses do THE ACORN, prova que o gênero ainda tem muita calça jeans suja para gastar. Esse som que saiu no disco de 2008 Glory Hope Moutain, mostra que apesar de já estar ficando mais do que batido, ainda tem bandas que podem fazer a diferença.

GD 53......ANTES DOS SONS OS SHOWS......

Repassada rápida na lista e shows desse ano, algumas mudanças e outras perguntas sem respostas.....
Rolando por aí que......o Green Day pode ser o head line do Planeta Terra, e isso me leva a uma questão evolucionista lamarkiana:
O ano passado aconteceu o show do Offspring.Punk californiano meio calabresa meio farofa. Dessa vez talvez o Green Day, que além de servir para trilha sonora da Malhação, é dispensável. Tudo bem que eles foram bacanas fazendo o tapa na cara da sociedade americana com American Idiot e que se posicionaram e coisa e tal.Mas o Green day nada mais é que uma máquina bem azeitada de fazer hits punks digestíveis.Então estará o Planeta Terra esse ano concretizando a sua vocação emo??????? Ou mais uma vez eles vão trazer atrações que formem um mosaico ainda maior, porque também o ano passado é que pode-se ver ao mesmo tempo uma banda para a galera dos 80 (Jesus and Mary Chain), Foals e Offspring.Tudo no mesmo royale with cheese.........
Mas enquanto a gente não sabe o que vai acontecer a lista fica assim......


THE ATARIS.................................26/07 Hangar 110

CACHORRO GRANDE..................08/08 Sesc Pompéia (lançamento do cd novo)

LITLLE JOY...................................15/08 VIA FUNCHAL (NOVO)

CHUCK BERRY..............................19/08 Via Funchal

GAROTAS SUECAS.......................27/08 Sesc Pompéia

FRIENDLY FIRES.........................17/08

COPACABANA CLUB....................17/08 os dois no Studio SP no festival Poploaded Gig 2

BROLLIES & APPLES...................17/08 No Popload Gig 2.

JERRY LEE LEWIS........................18/09 Credicard Hall

THE KILLERS.................................21/11 (local à definir)??????

FAITH NO MORE..........................07/11 não será mais no Planeta Terra

THE TING TINGS..........................21/11 Festival Planeta Terra palco indie

GRIZZLY BEAR.............................se ainda vier.....depois de novembro

PRODIGY.......................................Outubro Festival 80,90,2000

THE PRIMAL SCREAM.............. Outubro no mesmo festival do Prodigy

FRANZ FERDINAND.......................em 2010


Hoje à noite......músicas do mês passado e a sociedade informatizada...........

27 julho 2009

GD 53........OUÇA ANTES QUE ALGUÉM FIQUE CHATO DEMAIS.......

Ninguém vai salvar o mundo do rock ou da música indie, mas de vez em quando surgem coisas que fazem você perder mais que três minutos escutando, o que diga-se de passagem já é alguma coisa.


Já fazendo um barulho desde o ano passado entre os meios de comunicação especializados (eu acho esse termo cafoníssimo hahahaha), as irmãs Jennifer e Katherine O´Neil acompanhadas do comparsa Matt Bick nas baquetas, fazem do BLEECH uma das coisas boas que andam circulando por aí......som por assIm dizer honesto, trabalhador, seguro e por que não dizEr até seguro demais. Mas mesmo assim eles são de Londres e uma banda que foge ao esteriótipo do britpop é sempre bem vinda. Você já deve ter visto, se não viu aqui estão eles.....




Mais um cara que está na ativa faz tempo, mas estava a seis anos sem gravar, volta com um incrível disco chamado COPE. Seu nome ALEX FREELAND. Nesse disco há mês rodando por aí e com dois videoclips bacanas já soltos, os convidados são um caso à parte.Nomes como Tommy Lee, Twiggy Ramirez, Brody Dalle e Joey Santiago são apenas alguns que passaram pelo projeto.Além do vocalista Kurt Baumann de uma voz um pouco estranha demais, quase beirando o fantsmagórico....tem uma pegada bem LCD Soudsystem, mas beirando mais a praia do NIN.



Cabaret, punk, rockabilly, coreografias vintage. Tudo isso dentro de uma banda que está de disco novo na praça, sucesor de Lullabies seu primeiro trabalho. O som da banda MISS DERRINGER está diretamente ligado ao que você vê nas fotos, quase sendo tudo auto explicativo. Duvida??? então veja a foto deles:

E mesmo assim não ficou claro toda a mistura de sons dos anos 40 e 60 junto com punk na mesma linha dos Desdren Dolls, veja o vídeo. E descubra o porque da vocalista Liz MacGrath se tornar a primeira na lista de homicídios de qualquer namorada ciumenta pelo seu jeito Debbie Harry de ser.....

26 julho 2009

GD 53......1.21 GIGAWATTS?????????? 1.21 GIGAWATTS?????????


Antes de começar, o forum sobre o Arctic Monkeys, está a toda hora vazando as músicas novas do disco Humbug pela internet e não é de hoje. Pra quem ainda não ouviu (e tem gente que disse que dessa vez os caras da banda conseguiram segurar as músicas antes do lançamento......) aqui vão duas que sairam por esses dias.....







Mas não é sobre o AM que iremos discutir hoje, vamos falar da família Brown.......
A família se formou após 1908, quando a árvora genealógica dos Von Brauns juntou-se à de Sarah Lathrop, na cidade de Hill Valley. A família de Sarah já morava na cidade desde 1808. Os Von Brown mudaram seu sobrenome para Brown na época da primeira guerra mundial, por causa da perseguição aos nazistas. E dessa união entre a família americana e a hungara-austríaca (existem versões em que a família Von Braun era na verdade alemã da gema....), nasceu Emmet Brown.
Emmet era uma criança inteligente, sempre demonstrando um talento nato para as ciências. Durante toda a infância a efervescência cerebral o levava a descobrir coisas novas, mas foi em Julio Verne que encontrou seu mentor e escritor predileto. Existem relatos que em 1932, o Dr. Brown (como viria a ficar conhecido), tentou sem sucesso descer até o centro da terra. E nos anos 40 participou do Projeto Manhattan, mas foi apenas em 1983 que ele conseguiu atingir o pico de sua carreira ao colocar em prática uma idéia que teve em 1955, o capacitor de fluxo, dando origem assim a primeira e única maquina do tempo.......
E é essa invenção que acabou de entrar no mundo indie. Os indícios de que ela estaria sendo usado no mundo da música já eram evidenciados por bandas como Mars Volta, Fleet Foxes entre outras. Mas dessa vez a locomotiva foi longe demais.




THE PHENOMENAL HANDCLAP BAND, combo formado pelos DJ's Daniel Collás e Sean Marquand, mais os músicos experientes como Jaleel Bunton (TV on the Radio), Aurelio Valle’s (Calla), The Lady Tigra’s (L’Trimm) e Carol C (Sí Se). Com um detalhe: os dois DJs que começaram o projeto se auto intitulam The Wicth Doctor e Medicine Man...... Se você ainda não se convenceu que eles são de outra época então ouça o primeiro disco deles que leva o nome da banda como título.
Desde os primeiros acordes de The Journey To Sierra Da Estrela, uma quase suíte instrumental com ventos sonoros no início e descambando para um funk aonde você só consegue enxergar as botas de plataformas prateadas batendo em cima de uma pista de dança iluminada. Cabelos grandes, fitas amarradas na testa das meninas quase hippies, quase dancing days. É temático e é imaginário.
Provavelmente você deve se lembrar daqueles discos da época dos seus pais ou dos seus avós, que eram coletâneas de músicas pops dos anos 70, que tinham nomes como Disco Dynamite, Hits Explosion, essas coisas.....Pois bem, a massacrante dançante All From Above é exatamente uma músicas dessas, mas com muito mais talento que a maioria daquelas coisas que haviam nesses discos......a guitarra suingada a lá Benjor (e calma que o Brasil tem uma parte importante nesse disco todo....), os teclados intergaláticos e os backing vocals sussurrados trazem uma tensão grande. Funciona tão bem quanto qualquer música do Jackson 5, numa pista. Sem contar a gaita blueseira do fim.....


Testemony é clímatica, lembrando a linha que anda uma outra banda sensacional o TV ON THE RADIO, de uma pegada punk pop infernal. Um funk barroco com pitadas lisérgicas. Cores imaginárias dentro de uma letra pra lá de viajante. Logo de início a letra diz que a crueldade satisfaz as necessidades, se prepare. Nesse exato momento você já está a 88 milhas por hora próximo a 1.21 gigawatts.
Como se não bastasse balançar a estruturas todas da pista com esse início, a faixa a seguir Give A Rest, faz você perceber que eles estão indo cada vez mais para trás no quesito tempo. As influências dos primórdios aonde o rock começava a ficar perigoso estão em todas as partes dessa faixa, mas ela quase que dá uma acalmada no clima do disco. Se fosse duas rotações mais lenta seria uma balada. Mas ela é perfeita assim.



Se você já não está se sentindo John Travolta com a faixa You´ll Desappear, posso te dizer que você realmente é doente do pé. Climas de video game antigo com linhas de bateria com quebradas sutis e bem marcadas e os vocais femininos ajudam no clima ranchão psicodélico do Tio Thomas. Tudo lembra o funk, tem um cheiro de mofo irresistível. E com essas credencias, chega o poderoso hit 15 to 20. Com a voz marcante feminina, é impossível não se mexer junto com a levada suingada da bateria. A guitarra novamente remete a música brasileira, mesmo porque você se lembrará do CSS. Mas isso é explicado por um motivo muito simples. Há oito anos Sean Marquand promove uma festa de música do Brasil em Nova Yorke, e também porque ele é fanático por Jorge Ben Jor, fora os outros artistas como Erasmo Carlos, Tim Maia, Elis Regina, ou seja, gente maluca influenciando o manicômio. Quer coisa melhor que isso..........
E essa influência do suingando suingando é latente nas pulsantes Dim The Light e I Been Born Again, nessa última o refrão chiclete misturado aos woah woah woah na guitarra definitivamente te levam sem volta aos tempos das meias coloridas e da cocaína no Studio 56.
O disco ganha clima de rock de arena com The Martyr e Tears , e tome mais influências do funk, mas com pitadas daquelas bandas que eram formadas por famílias e cantavam em programas da televisão. Mas é com Baby que você se sente dentro de um disco da Motown, todo o clima de música de seriados policias do Shaft está lá. E procure a homenagem subliminar á uma música que se chama Kung Fu Fighting..........
Os quase nove minutos da climática The Circle Is Broken, fecha a noite de baladinhas dançantes de maneira suave e sossegada, afinal de contas é necessário fazer o De Lorean chegar a lugares nunca antes visitados pelo homem..........

Ah....e antes que eu me esqueça.....

25 julho 2009

GD 52......BARRY JIVE AND THE UPTOWM FIVE.....A VOLTA.....

Pra entrar no climão de sábado.....com essa chuva e esse frio de matar qualquer um de gripe suína.......videoclips com tudo que o sábado precisa ter:

05) Um pouco de romance no sofá....ou no estábulo...



04) Você querendo aquela menina acompanhada daquele cara chato.....



03) Todo mundo saindo junto......



02) As drogas, o alcool lisergicamente comedidos dentro do teu corpo, te fazem sorrir mais forte a ponto de explodir.......



01) Você volta para casa na manhã de domingo acompanhado de Sid e Nancy (muitas vezes mais Sid do que Nancy......)

24 julho 2009

GD 52....É PLANTÃO DE NOTÍCIAS MESMO.......




Navios?????
Fundo verde????
Cabelos grandes???
HUMBUG??????

23 julho 2009

GD 52........... ANTES DAS LISTAS.........A CULTURA DO INTOCÁVEL......O KKK DO MUNDO INDIE



Sim o Depeche Mode não vem mais (atualização dos shows mais tarde......), e agora como ficam o Prodigy e o Ting Tings?????? Eles não ficam, eles vem de verdade mesmo em outubro. E o Faith No More e The Killers no Planeta Terra em novembro.
Não quero saber o amanho da confusão e de toda a polêmica envolvendo a frase: "Tá vendo......país de terceiro mundo só se fode!!!!!!!!". Todo mundo paga o maior pau pros gringos e eles apenas colocam no seu cofrinho..........moedas rústicas de pedra polida...........Mas isso é uma outra coisa.......aliás isso são várias outras coisas....ou não........
Mas o que eu estou querendo dizer não é isso........mas esses últimos dias de tempestade aonde Karen O. parece ser a musa mais alternativa possível e os acordes de outrora já não satisfazem mais, tem ocorrido o mais famoso embate da cultura nacional, os desprezadores contra os associados dos intocáveis. Já faz tempo que isso acontece nas entrelinhas e em qualquer linha de jornal ou qualquer linha de 0 e 1 da internet. Isso mostra apenas aquilo que já se sabe. No nosso país as patrulhas ideológicas ainda são o maior resquício da ditadura que se pode ver nos dias atuais.
E elas estão de todos os lados, não são apenas privilégio da região direita. O ex-mundo indie vive cheio dessas patrulhas. Você lembra da Klu Klux Klan????? Aquela que roubou a namorada do Joey!!!!!! Pois bem são delas mesmo que eu estou falando.
Esse tipo de Hummos Unsapiens é reconhecido facilmente quando escuta alguma idéia negativa daquilo que ele gosta. Ao receber em seu estribo primitivo as informações negativas de seus falsos ídolos gênios (porque Oswald estava certo quando dizia que a idolatria dos gênios é uma coisa burra.....), começam a ter reações adversas, como por exemplo aceleração da pressão sanguínea, vermelhidão da face e trimiliques compulsivos. No campo da eferência as reações são mais violentas ainda. Brigam, xingam, vociferam contra tudo e todos em um raio de um metro quadrado por polegada cúbica. Quando não são violentos fisicamente contra terceiros. Eu mesmo já sofri com essa patrulha ideológica quando caí na enorme bobagem de durante um show de uma banda cover simplesmente dizer que uma versão de Tears Of The Dragon do Bruce Dickson era cagar uma segunda vez no mesmo lugar. Esse ser que estava ao meu lado só faltou prometer matar a minha família toda. Senti toda a genética Lee Harvey Oswaldiana de dentro daquele cidadão que de pacato não tinha nada, dizendo o quanto eu era uma merda de pessoa por não gostar de Bruce Dickson..........
E aí eu te pergunto:
E se eu não gostar de BD????? QUAL É O PROBLEMA PORRA!!!!!!!!!!!!!!!!????????????????
Eu não sou obrigado a gostar do cara.......não sou obrigado a ter que aguentar os agudos e graves de gralha que ele tem apenas porque ele canta sobre Ícaro numa música do Iron Maiden. É meu direito achar que o som que ele faz não passa de nada para mim......que me afeta tanto quanto um flatos........é meu direito.......está lá, artigo um.......é meu ninguém tasca.
Esse pressuposto é o mesmo usado pelas pessoas que não podem ouvir outras dizendo que Caetano Velloso é ruim.......como assim????? Não pode.......não gostar do Caetano é sacrilégio........ele é intocável como o Dalai Lama.........você não entende de cultura se não gostar de Caetano, você é alienado....paga pau (estou mano demais hoje hahahahahahahah) de gringo......não lê livros e não entende de história.......não gostar de Caetano e dizer abertamente é quase como ter alguma doença venérea que passa pelo ar. Pior que ter a gripe do Sarney (ops........quer dizer porco.......foi mal hein........porco!).
Meu nazista leitor, o Dalai Lama não é intocável.......intocável é o monge que ateou fogo no próprio corpo lá no Vietnam, esse cara sim é foda.........e nada mais nada menos que isso. Lado B é o cara que parou o tanque no peito na Praça da Paz, esses caras são intocáveis. Não é o Caê, não sou eu e não é você.

Essas vozes do não ter direito a discordar para mim (guardadas as devidas proporções), tem o mesmo modus operandi de grupos como a KKK. Você não se pode ser diferente, não pode não gostar. Cuidado se você de ter um opinião contrária. Nada é mais precioso que ter 40 anos andar de rockabilly por aí brigando por figurinhas da Betty Page e morar com a mãe...........provavelmente você será enforcado e ficará jorrando suas próprias fezes em cima de um carvalho centenário..........se pensar diferente do que pensa a geração ariana. Nunca fale que o Caê não canta nada perto dos intelectuais de peças sem sentido, porque provavelmente você terá sua casa queimada com cruzes flamejantes na entrada............Mas me responde uma coisa.......
Não é proibido proibir?????????
Não ocorreu uma luta armada aqui nessa terra do pau -brasil pela liberdade de expressão??????
Herzogs não foram mortos por causa disso???????
Não ocorreu um sequestro gaberiano contra a ditadura??????
Não foi isso o que aconteceu companheiro??????
A Holga morreu à toa então??????
Será esse o golpe mais mortal da ditadura, fazer com que a esquerda se tornasse seu reflexo e que no futuro as pessoas que não gostassem das coisas, sejam elas indies ou mpbísticas fossem considerados subversivos??????
Não estou dizendo que é legal difamar nada, não acho a cultura do desprezo seja válida. Acho que as pessoas tem o direito de não gostar. Tem o direito de ser diferentes, e de acharem que eu só escrevo merda........tem o direito de gostar de grind e achar O Massacre da Serra Elétrica do Tobby Hopper um clássico e Cidadão Kane uma obra menor.........estou farto de patrulhas......estou farto desse Ubber Alles às avessas...........estou cheio desses nazistas de All Star...................................................................................................................................Labo B meu caro é isso aqui, esses caras é que são intocáveis..............





22 julho 2009

GD 52......AGORA É OFICIAL THE KILLERS.......NA COLÔMBIA........HAHAHAHAHAHA (calma aqui também....)

Rapidinha mesmo, o show dos The Killers está confirmadíssimo na Colômbia, no dia 15 de novembro no Parque Jaime Duque.......estarão eles entrando na lista vermelha?????



continua???????

Sim, a data talvez dia 21 de novembro.....e outra banda que pode vir é Ting Tings, lá de Manchester para tocar junto com o Depeche Mode e o Prodigy....
então a lista ficaria assim:

THE ATARIS.................................26/07 Hangar 110

CACHORRO GRANDE..................08/08 Sesc Pompéia (lançamento do cd novo)

LITLLE JOY...................................15/08 VIA FUNCHAL (NOVO)

CHUCK BERRY..............................19/08 Via Funchal

GAROTAS SUECAS.......................27/08 Sesc Pompéia

FRIENDLY FIRES.........................17/08

COPACABANA CLUB....................17/08 os dois no Studio SP no festival Poploaded Gig 2

JERRY LEE LEWIS........................18/09 Credicard Hall

DEPECHE MODE............................24/10 Arena Anhembi (chamar lá de arena é piada né?????)

THE KILLERS.................................21/11 (local à definir)??????

FAITH NO MORE..........................07/11 Festival Planeta Terra

GRIZZLY BEAR.............................07/11 Festival Planeta Terra palco indie

THE TING TINGS........................Outubro

PRODIGY.......................................Outubro, provavelmente no mesmo festival do DM e TTT

FRANZ FERDINAND.......................em 2010

21 julho 2009

GD 52....... IT´S EVOLUTION BABY........ESSE ESTÁ VIRANDO UM BLOG BALADEIRO???? OS GANHADORES DA PROMOÇÃO.....!!!!!

Muita coisa acontecendo nessa terça feira. Desde a notícia de que Adam Yauch está com um tumor na glândula parótida esquerda, anunciada pelo próprio MCA em um vídeo no You Tube.
As gravações do disco novo e a turnê estão canceladas até segunda ordem. Com isso os YEAH YEAH YEAH´S substituirão os BB no Lolapalooza ainda esse semestre. Nossos heróis estão tendo o mesmo destino dos Vigilantes??? Mas o pior é saber que dessa vez nem os Watchman estão por perto.
Mas nem só de tragédias estamos vivendo. A crise mundial, passeatas da UNE patrocinada pela Petrobás entre outras zilhares de coisas que nos deixam de cabelos (ou os restos deles) em pé. Ainda existe alguma luz, nem que ela seja de um fósforo.
Uma boa dose de luz pode vir a partir de 6 de outubro, é quando a banda dinamarquesa THE RAVEONETTES lançará seu álbum novo que já tem até nome IN AND OUT OF CONTROL (alguma semelhança com os tempos atuais?????). A banda começa uma turnê no dia 14 de outubro. Aguardamos mais um disco com pop da melhor qualidade, por enquanto tem a sensacional LOVE IN A TRASHCAN:


Mais uma baladinha?????
Na sessão Amauri Júnior de hoje (aliás você conhece alguém mais insano que esse cara?????), nesse sábado no clube Praga, aqui em Gotham City mais exatamente na Rua Turíassu 483, próximo ao Parque Antártica vai rolar uma noite com a discotecagem (essa palavra é sensacional) do DJ Abbud Mairena. Os trabalhos que incluem rock alternativo dos anos 90 e 2000 começam á partir das 23 horas. O fim de semana de abertura do Alley está movimentado, mesmo.
Essa semana foram anunciados os possíveis ganhadores do Mercury Prize, mas o que é que tem de importante nisso??? Simples, esse prêmio tem a grande mania de não fazer o óbvio, é só lembrar que o ano passado a banda ELBOW levou o prêmio quando todo mundo dava como certa a vitória do Radiohead.E nesse ano, uma pequena lista foi solta hoje na imprensa sobre os possíveis ganahadores, já a completa ainda não saiu totalmente. Aqui está ela e por favor Bozolina solte a cancela.......

Bat for Lashes: Two Suns
Florence and the Machine: Lungs
Friendly Fires: Friendly Fires
Glasvegas: Glasvegas
Lisa Hannigan: Sea Sew
The Horrors: Primary Colours
The Invisible: The Invisible
Kasabian: West Ryder Pauper Lunatic Asylum
La Roux: La Roux
Led Bib: Sensible Shoes
Speech Debelle: Speech Therapy
Sweet Billy Pilgrim: Twice Born Men

Nessas horas eu tenho a nítida impressão que as pessoas sabem ou não ficar velhas. E na maioria das vezes a resposta é não. Por exemplo no documentário sobre o Caetano Velloso a primeira cena tem ele quase com todo seu membro exposto. Aí eu me pergunto, é necessário mesmo??? Quem é que quer pagar pau para o pau de Caê??? Sabe é bacana um tributo aos "grandes nomes da MPB", porque não temos a mania de fazer documentários sobre isso, mas é duro (sem trocadilho....) saber que quando eles aparecem é necessário uma maneira caetanesca de se promover. O documentário até que é bom, mas existem maneiras de envelhecer e maneiras de envelhecer. Aliás a próxima promoção até poderia ser como é que o Caetano chama seu bilauzinho na intimidade????? As resposta seriam hilárias.......
E os velhinhos do Pearl Jam (sim eles estão ficando velhos...) soltaram a música THE FIXER na internet, estou ficando meio louco, mas tem um pouco de The Killers da época de Sam´s Town????? Tudo bem que a letra não é das melhores, e que o Caê escreve melhor que o Eddie Vedder (gosto muito de você leãozinho melhor que a letra de Black???? Realmente estou ficando louco hahahahahaha), mas o PJ mostra que não deve nada pra bandas mais novas. When something´s is low let me put a litlle HIGH on it.........I´ll dig your grave we dance and sing......é o Caê não escreve melhor hahahahahahahahah. Confere aí:



Sobre os prêmios do Fim de Semana Cat Power:
Já tenho os nomes das pessoas que ganharam os dvds. Uma pelo relato apaixonado e o a outra pela tese pscológica nos comentários. Quem levou o DVD da Cat Power foi a CAROLITA e quem levou o do The Killers foi a THAT GIRL. O setor de marketing deste blog (leia-se eu), está dando um jeito para entrar em contato com as ganhadoras, caso elas leiam esse post podem deixar um comentário com o e mail aqui.

20 julho 2009

GD 52......SHOWS......MAIS UMA BALADA.......O QUE VEM POR AÍ.....

Depois desse fim de semana cheio de cores cinzas e intensas, as coisas teimam e querer voltar ao normal, mas se tudo correr bem elas nunca chegarão perto disso.........
Mas por partes........primeiro sobre os shows desse ano, mais um que com certeza acontecerá, e apesar de estar meio atrasado para se postar vai para a listinha vermelha.

Litlle Joy dia 15 de agosto no Via Funchal em São Paulo. Depois da presepadinha de fazer três shows em um lugar aonde cabem apenas 500 pessoas (e será que era necessário mais que isso??????), a choradeira de muita gente por não conseguir ingressos eles voltam para São Paulo pra mais esse show. A pergunta que não quer calar é: mas então o que aconteceu com o cd novo dos Strokes????? Afinal de contas a banda estava em estúdio já começando as gravações do sucessor de FIRST IMPRESSIONS ON EARTH. Mas quando ninguém esperava Julian Casablancas lançou um teaser de seu disco solo e Fabrizio Moretti vem de novo pra cá. Bom se você não pode ter Strokes, então fique com uma Litlle Joy mesmo (piadinha Fratellis).
E The Killers vem mesmo, só falta a definição das datas. E como sempre deve demorar aquela famosa eternidade. Então a tabelinha de shows mudou pra ficar assim:

THE ATARIS.................................26/07 Hangar 110


CACHORRO GRANDE..................08/08 Sesc Pompéia (lançamento do cd novo)


LITLLE JOY...................................15/08 VIA FUNCHAL (NOVO)


CHUCK BERRY..............................19/08 Via Funchal


GAROTAS SUECAS.......................27/08 Sesc Pompéia


FRIENDLY FIRES.........................17/08


COPACABANA CLUB....................17/08 os dois no Studio SP no festival Poploaded Gig 2


JERRY LEE LEWIS........................18/09 Credicard Hall


DEPECHE MODE............................24/10 Arena Anhembi (chamar lá de arena é piada né?????)


FAITH NO MORE..........................07/11 Festival Planeta Terra


GRIZZLY BEAR.............................07/11 Festival Planeta Terra palco indie


THE KILLERS................................entre 21 e 26/11 (quase virando vermelho)


FRANZ FERDINAND.......................em 2010




De todos os da tabelinha azul o menos provável que acontece parece ser mesmo o do Grizzly Bear, aliás diga-se de passagem infelizmente. Na agenda de shows da banda não existe sequer uma menção à qualquer data na América do Sul. E corrigindo o esquecimento a agenda anterior adicionado o quase show do além do Depeche Mode em outubro. Os ingressos do DM serão colocados à venda à partir do dia 14 de agosto.

Mais uma balada indie na Barra Funda. Como se já fosse pouco todas as baladas que existem em São Paulo de música "muderninha", nesse fim de semana abre o ALLEY CLUB. Boteco, baladinha que pode também virar casa de shows, dependendo do que se pede. Quase em frente à um outro bar, o Clash Club, no mesmo bairro a balada nova promete além de esquentar a concorrência se tornar um ponto de referência mais especificamente de rock, já que a levada do Clash é bem mais eletrônica..................entra no site por aqui e confere ver se te apetece.

É rapidinho mesmo, mas antes e ir durante a semana um certo combo vindo da Terra de James Brown, que acidentalmente caiu nessa Modern Age meio sem querer vai dar uma parada por aqui..........não entendeu nada, pelo menos guarde a capa então:



19 julho 2009

GD 52....A MENINA DE CABELOS CRESPOS E SAIA PRETA..........


O dia todo passou com uma sensação estranha de domingo. Havia um clima mais que bucólico no ar de São Paulo nesse dia 18. Talvez fosse por causa das mudanças de clima ocorridas, afinal de contas o sol que nasceu pontualmente as seis horas da manhã, acabou se escondendo depois. Teimando voltar a dar as caras durante toda a tarde, mas com uma leveza de energia que quase não era percebido. E quando no início da noite se despediu sendo levado pelo vento gelado de inverno, foi como se estivesse dizendo a todas as pessoas que iria começar um cataclisma sonoro em alguma parte da cidade. E assim se fez.
Nas horas que antecederam a apresentação de Cat Power no Via Funchal, o céu desandou a chorar copiosamente, e a chuva acabou castigando quem não havia levado guarda-chuvas ou estava ainda tentando retirar seu ingresso comprado pela internet. Diante das reclamações de sempre quanto à organização do evento, e contra o departamento de meteorologia do firmamento, os primeiros passos de todos naqueles metros quadrados eram de espera. Em todos os rostos havia uma expressão de pré-Katrina, como se todos lá já esperassem algum tipo de acidente bíblico ou de alguma tormenta imparavel. Mas mesmo assim a entrada seguiu-se sem tropeços. Nem a famigerada exigência de Chan de não permitir câmeras dentro do recinto estava sendo levada às últimas consequências, com você pode perceber pelas fotos tiradas do show, aqui postadas. E por falar em fotos, isso é mérito exclusivo de Karina. Além da dedicatória deste blog, ela merece muito mais beijos depois dessas fotos e desses dois filmes que mostraremos por aqui. Porque tirar uma foto ou fazer um vídeo sem que Chan Marshall furtivamente se escondesse atrás da bateria, ou virasse as costas foi quase uma missão herculínea. E como se viu depois captar à emoção dela foi uma tarefa para poucos e que apenas no final do show foi feito sem força ( mas isso é apenas pro fim).
De entrada fácil, as acomodações mais fáceis ainda. Mas aquele clima de tormenta teimava em não passar. As reclamações de como é pssível se fazer um show "indie", com cadeiras e mesas mostraram-se desnecessárias devido ao que se viu depois.
Palco simples demais. Baixo, bateria, guitarra e um teclado quase que se fundindo em posição, invertendo Newton completamente. Apenas as luzes da casa faziam sombra nas pessoas que ainda se acomodavam. Alguém se aproxima dos instrumentos e coloca dois incensos (um na bateria e outro no vibrafone) e sai, retornaria ao palco depois para colocar uma vela em cima do piano e sairia assim calado de lado, quase se desculpando por entrar, mas com passos firmes de quem está lá para realizar uma missão importante para a formação dessa tempestade.
Alguns minutos depois das dez horas, as luzes da casa vão lentamente morrendo. Pronto, já era possível perceber a formação de pesados cúmulos em torno do céu do palco. Os primeiros raios começam quando entram em cena THE DIRTY DELTA BLUES. O guitarrista Judah Bauer (do Blues Explosion), o tecladista Gregg Foreman (do Delta 72), o baixista e vibrafonista Erik Paparazzi (da Lizard Music) e o baterista Jim White (do Dirty Three) se posicionam, os aplausos crescem em intensidade e a tempestade se precipita. Quando de repente todos esperavam um raio dos mais poderosos, entra em cena uma menina pequena, quase frágil a ponto de se quebrar por completo com um sopro. Tímida, calçando seus sapatos masculinos brancos, seu jeans apertado e uma camisa levemente desabotoada com uma gravata no pescoço. Ela olha ao redor, sorri timidamente, um aceno.....mais nada. Ela parece não entender o tamanho das coisas, e talvez isso se deva pela sua própria estatura pequena. Por um momento eu tenho a impressão que ela vai correr de tudo aquilo. De repente, os acordes de THE HOUSE OF THE RISING SUN iniciam-se. Ela abre a boca e solta a primeira nota, um silêncio mortal invade o lugar. Você consegue perceber que a voz da menina começa a preencher o espaço......as notas vocais descem pela beirada do palco e se misturam as mesas e cadeiras. Funde-se com os ouvidos e corpos de todos...um a um....nossos cérebros são tomados pelo timbre, e ele se espalha. No segundo verso é possível sentir a vibração da garganta de Cat Power tomando o quarteirão inteiro da casa de shows. A voz dela se fundiu e costurou uma amarra dentro de todos presentes. Era como se uma onda que começa pequena fosse tomando proporções jurássicas e arrebentasse de uma vez inundando o lugar. É incrível ver como é possível uma menina tão frágil aparentemente cantar com uma força capaz de fazer desabar um estádio inteiro. Em vários momentos nessa primeira parte do show não haveria explicação lógica para saber de onde é que saía toda aquela voz. Mas a cada clima dissonante, a cada nota e a cada expressão a única certeza era que a tempestade havia chegado.



O show percorreu climas, passou por camadas cada vez mais densas. Foi baseado muito em todos os covers dela dos dois discos THE COVERS RECORD e JUKEBOX, versões assombrosas de Don´t Explain (gravada por Nina Simone e Billie Holiday), Fortunated Son, Lost Someone, Lord Help The Poor And Need, Rambling (Wo) Man e Sea Of Love (que merece uma observação por ter ficado melhor que a versão açucarada que Robert Plant fez), estavam mostrando a todo mundo presente que não havia como sair daquele sensacional furacão pesado. Mas havia junto com isso uma sensação de desapego maior ainda. As poucas palavras de Cat para a platéia que urrava a cada música, eram mais exacerbadas ainda quando ela passava a maior parte do tempo imersa dentro do seu mundo. Cat Power canta em transe. Muitos dos momentos em que ela se colocava na lateral do palco (onde passou a maior parte do show), pode-se ver claramente que ela cantava em outro planeta. Ela estava em algum lugar muito longe onde ela captava sua voz e a despejava, cada vez mais poderosa pelo público. Mesmo a toda hora fazendo obsevações quanto ao volume do seu microfone (a briga pessoal dela com o som era uma das tiradas á parte no show....). Estava tudo se encaminhando para apenas um show aonde o artista canta, deixa marcas e se vai. Mas como se fosse mandada pelos céus para acalmar a tormenta, surge a garotinha de saia preta e cabelos crespos.........
Foi um lance daqueles que você só vê se acompanhar desde o começo. Chan estava na lateral direita do palco em seu mundo. E essa menina audaciosa se aproxima, com a vontade e força de chegar perto de Cat Power inesgotáveis. Seria um embate entre duas grandes forças da natureza. De um lado uma voz rouca de trovão do outro uma inabalável determinação. A menina se aproxima e encara Cat, a cantora que até então fugia de todas as câmeras para e olha de volta. A menina se aproxima com um pacote escuro em suas mãos e o leva na direção da cantora. Cat Power ainda meio que sem jeito se aproxima e pega o embrulho, você podia sentir um raio de força cortar as duas meninas pequenas na beirada daquele palco. A menina fala alguma coisa para Cat, ela não ouve e se aproxima dela. Por um momento acontece aquele fenômeno em que o tempo corre mais devagar dentro da matrix e Chan Marshall delicadamente coloca sua mão no ombro da menina que lhe fala algumas palavras. Cat sorri e acaricia a garota de cabelos crespos, nesse exato momento a densidade cai por terra. Não existe mais exigências de não se filmar, não existem mais amarras para toda a força de sentimento que foi delicadamente surrada dentro do coração e alma de todos os presentes. A menina de cabelos crespos dobrou Cat Power, a partir daí a cantora que já estava despejando a alma no palco, deixava seu coração cair pela primeira vez ao lado da caixa de retorno. E depois disso ela distribuiu tudo que que tinha de alma e coração por notas cada vez mais bem tocadas pela banda, que é um espetáculo à parte tamanha a competência musical e de improviso que eles despejam.
Seguiram-se as músicas do disco The Greatest, como The Moon, Greatest, Live on Bars. Todas num clima de bar sujo de jazz e blues, fazendo a voz rouca de Cat se destacar cada vez mais. Mas ela já estava com a alma em comunhão no palco. Visivelmente emocionada, continuou despejando as notas num crescente absurdamente impalpável.



E tudo se aglutinou para o fim apocalíptico, nem mais nem menos. Quando os primeiros acordes de Anjelitos Negros começaram a inundar o espaço da casa de shows. Podia-se ouvir o barulho da água escorrendo pelos cantos das pias do banheiros. E a música final do show foi massacrante. Numa versão tão longa quanto a do disco, mas nada igual (aliás todas as músicas tocadas estavam com arranjos diferentes ) a banda e Cat Power entregaram-se de vez, não havia como diferenciar quem era quem porque o amálgama era sólido demais, era coeso demais. E ninguém saiu ileso dessa música. Foi certamente a que deu mais vontade de se matar com faquinha de bolo Pulmann, a música que mais emocionou a platéia e a que tirava de Chan a cada nota um pedaço de alma mais profundo. Ao final dela tudo dentro do Via Funchal era uma coisa só. Não havia mais diferenças entre os rostos, não havia mais separação entre o palco e o povo. E quando Cat se aproximou no melhor estilo Roberto Carlos com um balde de rosas brancas e com várias folhas de papel aonde estava o set list do show para mais perto do público, foi catarse pura. Ela ficou pelo menos dez minutos recebendo e doando sentimentos à beira do palco com as pessoas que a tocavam, pediam autógrafos (em vinis inclusive), levavam camisetas, levavam carinho. Era palpável e visível o quanto de esforço que ela fazia naquele momento para não descanbar num choro latente. Emocionada deixou o palco, mas levou com ela metade do coração de todos. Uma troca mais do que justa, já que naquele dia ela tinha deixado sua alma em cada um de nós.............




OBS: os prêmios do sorteio que será feito nessa segunda feira ou terça feira serão, um DVD do show da Cat Power na França de 2007 para o primeiro lugar e para o segundo comentário mais bacana um show do The Killers da turnê de Sam´s Town (quando a banda era bacana ainda hahaha)

18 julho 2009

GD 51 FIM DE SEMANA CAT POWER PARTE 3.......trilhas sonoras e as vindas.

Após todo o sucesso de YOU ARE FREE , as coisas não pareciam ter se acertado para ela. Os shows continuavam imprevisíveis, alguns nem chegavam até o fim, outros duravam horas intermináveis de lamento e loucuras. Tudo isso culminando com o lançamento do DVD SPEAKING FOR TREES , aonde o cineasta Mark Borthwick faz uma espécie de show ao ar livre aonde Chan passa quase duas horas cantando e tocando sozinha dentro de uma floresta com planos em sua grande maioria estásticos. E como loucura pouca é bobagem ainda nessa época ela acaba chegando ao fundo do quadro de depressão e surgem as primeiras tentativas de suicídio. Nesse mesmo tempo ela decide que está na mais do que na hora de dar um fim nisso tudo e começa um processo de cura, aonde foi incluída uma semana no Centro Médico Psiquiátrico Monte Sinai em Miami para uma checadinha no cerebelo. Após essa semana, ela sai dizendo que lá dentro ela não era ela.Mas depois de uma tempestade dessas, nada que não fosse grande poderia surgir.


THE GREATEST, foi lançado em 2006, e é até hoje o disco de maior sucesso de Cat Power. Usado para iniciar pessoas no mundo da cantora e referência como obra primordial para qualquer um que compra seu primeiro par de All Star e óculos de aro preto de acrílico, o disco é uma obra mais que coesa. Co-arranjado pelo guitarrista de All Green, Tennie Hodgers, esta coleção de grandes músicas é e uma suavidade incrível. Apesar da fase turbulenta da cantora na época (mais álcool e mais suicídio), a voz de Chan consegue ser de uma violência doce incrível. Músicas como Willie, Where is my love, The Moon, Greatest, Love and Communication e Hate fazem com que esse disco seja cravado na memória de quem o ouve.Os arranjos são magistrais e a banda é de uma afinação absurda. E é desse disco esse som que você vê agora:








Nesse meio tempo Chan Marshall ainda achou algumas atividades extras como por exemplo fazer alguns comerciais para GAP e estrelar ao lado de Norah Jones e Jude Law o filme MY BLUEBERRY NIGHTS de Wong Kar Wai, aonde fazia o papel de namorada de Law. E também acabou embalando os beijos de Jones e Jude com duas músicas na trilha sonora. E nesse contexto de entrar numa fase mais limpa que ela reenconttrou o Brasil em 2007 no finado TIM Festival.
Neste ano, o festival já era evento certo em qualquer agenda do tal mundo "muderninho", e aquele ano poderia ser muito melhor que o ano anterior aonde Strokes e Kings Of Leon bateram de frente com a Scania que foram os shows do Arcade Of Fire. Havia Arctic Monkeys, The Killers, Bjork, ou seja briga de cachorro grande e qualquer show com adjetivo de bom seria um desperdício.
Foi na primeira noite antes de Anthony and The Johnsons, que as pazes com o público foram feitas, com a banda Dirty Three Delta, que fluia do blues para o rock parando no jazz com a facilidade de quem abre de quem abre uma bala, ela iniciou o show com nada mais nada menos que uma canção imortalizada por ninguém mais que Billie Holliday, Don´t Explain. Pronto não precisava mais nada. A versão de She´s Got You (um clássico do country americano), foi de cortar o coração e todas as músicas de The Greatest foram quase que levadas pelo público como mantra. Saiu do palco debaixo de uma tormenta de aplausos, e a metade de sua alma que ficou no palco, grudou permanentemente em cada uma das pessoas que assitiram a apresentação, o que explica os ingressos esgotados nos shows de 2009. Esses dois videos são da apresentação no Tim:





Após o disco e a vinda ao Brasil, ela em 2007 ganhou o prêmio Shortlist Music Prize, por The Greatest se tornando a primeira artista feminina solo a recebe-lo. Em 2008 lança o segundo disco de covers JUKEBOX, aonde faz interpretações de canções mais antigas ainda do que no primeiro disco de covers, aonde aparece novamente Metal Heart e a música Song For Bobby em homenagem à Bob Dylan ídolo da cantora de longa data. Logo após em dezembro veio o EP DARK SIDE OF THE STREET com sobras de estudio do álbum.
Atualmente ela está trabalhando no próximo disco, com algumas músicas já prontas como Mountaintops e Leopard para o sucessor de Jukebox.
Hoje à noite à partir das dez da noite, Chan Marshall volta ao Brasil. Se pedaços de alma serão despejados no palco, isso ninguém sabe, mas a única certeza é que corações serão tocados de uma maneira irremediável essa noite..........


17 julho 2009

GD 51 FIM DE SEMANA CAT POWER....... PARTE 2 Do pesadelo à redenção


Quando deixamos nossa heroína moderna, ela estava a meio caminho de uma colapso nervoso. Ansiosa por não ser compreendida em seus trabalhos, caminhando em círculos sem achar a saída do circo da fama ao qual havia sido catapultada pelo seu mais recente disco.Isolada em uma fazendo na distante terra do nunca Cat Power continuou fazendo aquilo que ela achava no momento ser a saída para todas as suas dúvidas.Pinturas, poemas, álcool, droguinhas e depressão grande.......como se estivesse presa dentro de seu próprio pesadelo. E foi por causa de um desses pesadelos que ela voltou ao mundo da música.
Segundo ela em rara entrevista, o pesadelo era assim: ela sonhava que alguém lhe dizia que seu passado seria apagado se ela encontrasse essa pessoa que falava com ela (quem quer que fosse....), ela acordava gritando que não queria conhecer essa pessoa, porque ela sabia quem era: uma serpente traiçoeira. E esse pesadelo cercava a casa dela como um tornado.
Ela ficava apavorada e tinha que correr para seu violão para poder distrair-se e passava os próximos 60 minutos gravando alguma coisa.E dessas gravações longas sairiam seis canções.E foi assim que nasceu o disco dela, gravado na Austrália em companhia da banda Dirty Tree (que tocam com Nick Cave também). Esse disco intitulado MOON PIX é um dos melhores discos dos anos 90 (ele é de setembro de 1998), e trazia a já famosa desde sempre Metal Heart, mas foi com Cross Bone Style que ela mais uma vez caiu nas graças do público e fez (para desespero dela mesma), seu rosto ficar conhecido ainda mais. Aqui você confere as duas faixas e ainda a capa do disco.





Mas mesmo com todas as honrarias e felicitações alguma coisa parecia um pouco fora do lugar, mesmo porque meninas que não gostam de aplausos talvez estejam sendo mal interpretadas (obrigado pelo comentário....). E Chan continuava mais ainda dentro do círculo vicioso que entrou.E mesmo assim logo após a explosão de Moon Pix, ela resolveu fazer o primeiro disco de covers de sua carreira.E o nome não poderia ser mais inteligente: THE COVERS RECORD. Nesse disco ela mostra de uma vez por todas que ela não era apenas mais uma cantora indie qualquer, e se você não acredita dá uma olhada nesse videoclip e tente não chorar copiosamente. Nesse disco Cat Power se supera como interprete e como artista, simplesmente fazendo versões estonteantes para Rolling Stones (Satisfaction), Bob Dylan(Paths of Victory) e Velvet Underground(I Found a Reason). E foi com esse disco que ela veio ao Brasil pela primeira vez em 2001, fazendo shows em São Paulo, Rio e Curitiba. Mas se pudessemos ser parentes de Emett Brown provavelmente iríamos dizer que estávamos próximos de uma Amy Whinehouse do passado. Ela mal conseguia cantar as músicas, errou demais e com direito à uma apresentação Kobainiana no Hollywood Rock ela deixou quem gostava dela aqui a ver navios cargueiros. Mas a redenção e o caso de amor com os fans brazucas viria em 2007 (mas isso é uma outra história.....já já chegamos nela.). Por enquanto fiquem com ela em uma das mais maravilhosas covers de todos os tempos:





Mas como na música, ela acabou achando uma razão para não ir embora de uma vez da face da Terra, e quando todo mundo imaginava as manchetes em tablóides sensacionalistas, eis que surge em 2003 depois de três anos sem gravar nada YOU ARE FREE. Essa capinha bucólica já dava a impressão de paz que ela parecia ter atingido.
E apesar da calma aparente esse é um disco de rock regado à baladas simples mas fortes. Produzido por Adam Kasper que fez trabalhos com Pearl Jam, Foo Fighters e Queens Of The Stone Age, Cat Power parecia ter atingido a maturidade. De início pesado com a música I Don´t Blame You, que apesar de jurar que não era para Kurt Cobain (no início da letras ela canta sobre um músico que a última vez que tinha visto, ele estava com sua guitarra na mão com uma sensação de que não queria estar lá........o que vocês acham????), e com as participações de Dave Grohl na bateria em 3 faixas e o baixo em Speak For Me, ainda com Eddie Vedder nos vocais em Good Woman e Evolution.
Um fato bacana é que os convidados foram apenas identificados com as inicias dos nomes, então no encarte apenas estão colocados assim: D.G., E.V. e ainda um misterioso T.H. (que poderia ser o baterista Taylor Hawkins do FF). Vale a pena ouvir do começo ao fim, numa tarde de sábado no seu recanto rural. E é desse disco o próximo videoclip aqui: He War



E isso tudo mostra que realmente uma infância problemática, a mãe sofrendo de esquizofrênia, drogas, depressão, loucura e tentativas de suicídio, podem até não ser parâmetro de normalidade, mas com certeza é matéria prima de genialidade.

Quando o post do inferno voltar:

o disco mais The Greatest, a redenção no Brasil e mais covers de se matar com faca de bolo Pullman.

GD 51......FIM DE SEMANA CAT POWER PARTE 1.....


Como todo mundo já sabe Chan Marshall ou Cat Power, (como preferirem) retorna ao Brasil nesse sábado para um show em São Paulo e domingo no Rio de Janeiro. Com a esperança dos fans que nesse ano ela faça um pouco melhor do que em 2001, quando dentro de seu mais terrível pesadelo enterrada até a cabeça dentro de um litro de whyskie e drogas ela mal conseguia cantar as músicas. Atualmente recuperada de toda a manguaça, depois de lançar mais um disco de covers (JUKEBOX de 2008), que foi abraçado muito bem pela crítica especializada senhorita Chan volta as nossas terras. Enquanto aguardamos o sábado, bolando uma missão nos moldes Tom Cruisianos de ter as fotos do show e alguns vídeos, já que a moçoila que é avessa aos aplausos e mandou um recadinho que não vai querer saber de câmeras no seu show (como se ninguém fosse levar nem celular!!!!!), começaremos a postar uma biografia com videoclips, capas de discos e historinhas.......tudo será bem dividinho e colocado por partes para que você leitor possa acompanhar. A cobertura do show sairá logo após o retorno desse que vos escreve para casa, ainda na madrugada de sábado para domingo. E como estamos iniciando alguns testes no quesito mídia internética (alguém aí falou programa de rádio??????), vai rolar um sorteio pros melhores comentários sobre Cat Power.........dentro do blog. Nos comentários deixe seu e mail para que possa entrar em contato. Posto isso vamos ao que interessa.
Nascida no dia 21 de janeiro de 1972, com o nome de Charlyn Marie Marshall, filha de pai músico. Desde cedo já acompanhava o velho dentro dessse mundo então a transição não foi muito demorada para acontecer. Depois da separação dos pais, quando tinha 17 anos, Chan muda-se para morar com a mãe em Atlanta. Nessa mesma época larga o colegial e começa a procurar coisas mais interessantes para fazer (mesmo porque colegial pode ser sacral demais às vezes). Nessa procura muda-se para Nova Yorke aonde começa os primeiros ensaios daquilo que ela se tornaria anos mais tarde. Em 1992 ela funda o Cat Power (nome que surgiu depois que ela viu um adesivo de carro aonde estava escrito Cat Diesel Power), junto com um baterista seu amigo. E em 1994 lança seu primeiro single HEADLIGHTS,essa música entraria no primeiro disco dela de 1995 DEAR SIR, esse aqui:


Nesse mesmo ano Cat Power, já estava abrindo vários shows da cantora Liz Phair. Um tempo antes do lançamento desse disco ela conheceu o baterista do Sonic Youth (Steve Shelley) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar) e com eles gravou várias músicas de Dear Sir e do segundo álbum intitulado MYRA LEE, lançado apenas alguns meses depois do primeiro e pelo selo de Steve Smells Like a Record.







Desse segundo disco que você vê a capa logo abaixo, saiu a música Enough, primeiro vídeo dela em nossa videobiografia.






Mas foi em 1996 que ela começou a despontar no cenário através do primeiro disco seu pela Matador Records, WHAT WOULD THE COMUNITY THINK, de levada bluseira constante, mas de melancolia à flor da pele esse disco além de projetar Cat Power mundialmente, mostrava que a menina tinha certas perturbações depressivas importantes. Toda a influência de seu pai se apresentava nas faixas que lembravam muito o sul norte americano como Knights Ride By e In This Hole. Mas o hit que foi Nude At The News fez com que toda essa fumacinha deprê se escondesse um pouco para todos que a ouviam, menos para ela mesma. O disco é esse aqui:



E o vídeo que mostrava quase tudo é esse:




E é depois desse disco que as coisas se complicam. Senhorita Marshall entrou em uma depressão das bravas, muito pelo fato de não gostar em nada de seus primeiros discos e por achar que estava sendo explorada pelos seus amigos de gravadora. Some-se à isso o fato dela não conseguir compreender nem aceitar muito a idolatria de seus fans (coisa que até hoje ela tem consigo, visto que ela não gosta de aplausos). Fez o que todo mundo faria, se isolou do mundo dentro de uma fazenda, junto com o seu namorado e alí ficou pintando, escrevendo poesia quase desistindo da música de uma vez. Foi nessa época que começou a descida pelo álcool, as drogas e algumas tentativas de suicídio. Mas depois de um pesadelo no meio da noite, ela resolveu voltar.........

No próximo bloco:

O pesadelo de Cat, a volta pela Lua, Eddie Vedder e Dave Grohl, a vinda ao Brasil e a trilha sonora dos beijos de Norah Jones........

16 julho 2009

GD 51......DON´T BELIEVE THE HYPE........O MUNDO INDIE IT´S FUCKING BORING TO DEATH.........

Estou de saco cheio do mundo indie.
Essa eterna procura pela melhor banda de todos os tempos da última semana, nenhum trabalho titânico vale tanto a pena. Pessoas de All Star com cabelos estrategicamente desgrenhados não me agradam......"mudernets" com sainhas e face blasé são a coisa mais cafona do planeta. Pseudo intelectuais mais vazios que veia de cadáver em aula de anatomia 1 proliferam por toda uma rede mundial que em síntese seria usada para captar mais informações e despeja-las para o mundo. Mas o que se vê nas listas de discussão em qualquer post de qualquer jornalista indie é uma conglomerado de xingamentos, disputinhas bairristas sobre quem é melhor (normalmente sobre Rio e SP), pessoas que não sabem metade do teorema de pitágoras ou qual a melhor estória da Mônica e passam por predadores das teclas, despejando seu ódio por dentro das veias abertas pela tecnologia. É tanta maledicência, tanto português gasto com fofoquinhas que parece que eu estou preso dentro de uma versão mais bizarra ainda da cidade aonde eu nasci. Às vezes me parece um bando de carolas de Converse falando pelos cotovelos sobre quem é mais indie ou não.......despejando seu ódio em quem é diferente ou em quem é menos popular. Tudo bem que ninguém da imprensa ajuda muito, afinal de contas boataria sempre rendeu muito, ainda mais em um país aonde o índice de analfabetismo é maior que a própria população. Mas popularizar o banal também não ajuda muito.
Será que é verdade então?
O independente está morto desde a primeira vez que Kurt usou um All Star sujo?????? Nevermind abriu os grilhões e soltou a mega empresa que se tornou o mundo indie para os leões?????
Acho que no fundo não......Nevermind é apenas um disco, All Star é apenas um tênis e uma camiseta de banda desconhecida sempre será uma camiseta bacana. Mas é necessário que se repense urgente e emergencialmente sobre à que custas está sendo construída a tal da indústria do cool.......estamos todos dentro de um tempo aonde tudo é rápido demais, aonde tudo é dragado fundo demais e quase não sobra mais nada de areia para poder erguer qualquer dique de emergência. Os anos 60 foram os anos dos hippies, os 70 dos punks (saudades de algo......), anos 80 foram quase uma década para ser esquecida, nos 90 a geração camisa de flanelas e cabelo sujo mostrou aquilo que todo mundo escondia, mas e os 2000????......Uma revolução tecnológica que levou todo mundo a procurar ser o mais hypado possível.......uma era dos indie carolas????? Temos tempo até a copa do Brasil........
Pelo menos podemos escolher, mais dessa vez será que estamos preparados para todo esse poder que a força nos deu????????
E eu fico com a.......(você achou que ia encontrar uma citação brega do Gonzaguinha né????? hahahahahahahahhaha).
Ao que interessa então.........bandinhas bacanas que estão começando ou não algo um pouco mais do mesmo.....

A) Phoenix
Parece Strokes, mas citar Mozart e Liszt num mesmo disco, não é para qualquer um. Banda francesa que há dez anos na estrada mostra que é possível sim fazer pop rock usando mais do que o homúnculo de Penfield.



B) The Phenomenal Handclap Band
Não é sempre que você pode descrever uma banda que mistura Blondie, Talking Heads e James Brown como original, mas nesse caso se você gosta de música que te faz deslocar-se de um ponto a para o ponto b realizando movimentos rotatórios com os pés, essa é a sua banda. Confere aqui embaixo......



C) I Am Vexed
Letras faladas, refrões pegajosos e músicas tão digeríveis quanto um prato de carambolas ao molho de jiló. Parece indigesto, mas é uma das bandas que fazem um som inteligente, mais que a média das coisas que andam tocando nas FMs de sua vida.



D) Koko Von Nopoo
Anos 80 regados à bep-bop e shubeduba. Canções que lembram os bons tempos das Pippetes misturados à um New Order aqui e acolá. Pode ser que não dê em nada e todas as francesinhas acabem virando musas de algum Truffaut modernoso, mas vale à pena uma conferida.



Mas alto lá.......você não acabou de fazer um quase manifesto contra o mundo "muderninho", sobre as pessoas que buscam o mais novo sucesso do planeta indie e tem a cara de pau de mostrar quatro bandas novas que estão causando uma febrezinha neste mesmo mundo que acabou de ir contra???????
Calma lá bakuniniano leitor........isso são apenas portas, se você vai ou não adentrar e fazer disso um fato importante a ponto de deflagar uma discussão sobre quem tem a camiseta mais bacana ou que som é mais importante isso não é comigo. Cabe a você atravessar ou não.....lembra lá em cima as tais escolhas?????? Agora é com você padwan!!!!!
Quanto à mim, voltarei para Cat Power, o show desse sábado promete e ainda quero fazer uma cobertura descente disso.
Fiquem bem seres.............

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